Marcileide Enedino morreu nesta terça-feira, no Hospital Walfredo Gurgel. Ela é uma das mães das crianças desaparecidas no Planalto.
Foto: Reprodução/Thyago Macedo
Marcileide era mãe de uma das crianças raptadas no Planalto.
A família da feirante Marcileide Enedino da Silva, de 34 anos, clama por justiça depois que ela morreu no início da noite desta terça-feira (13), vítima de facadas. Marcileide, inclusive, era vítima de outro drama. Desde 2001, ela procurava pela filha Marilia Silva Gomes, de dois anos, uma das crianças raptadas no Planalto.
A feirante foi atingida por duas facadas na segunda-feira da semana passada (5), quando tentava impedir uma briga de marido e mulher. De acordo com a irmã dela, Maria Lucia, Marcileide estava em Arenã, município de São José de Mipibu.
“Ela estava na casa dessa amiga, quando o vizinho, que ela já conhecia, estava brigando com a mulher. Minha irmã, então teria pedido que ele parasse de zoada e deixasse a mulher em paz”, relata.
Com isso, o homem, identificado como Antonio, teria puxado uma faca tipo peixeira e desferido dois golpes contra Marcileide Enedino da Silva. A mulher foi socorrida e encaminhada ao Hospital Walfredo Gurgel.
Marcileide passou uma semana internada na unidade. “Quando foi ontem a noite, por volta das 6h, nos ligaram do hospital dizendo que ela tinha morrido”, lamenta a irmã Maria Lucia.
Na manhã desta quarta-feira, o corpo de Marcileide estava sendo velado no Planalto e os familiares e moradores pediam justiça. A feirante, que morreu sem ter notícias da filha de dois anos raptada em 2001, deixa outro filho.
Segundo informações dos próprios familiares, o homem acusado de matar Marcileide chegou a ser preso dias depois de desferir as facadas na vítima. No entanto, ele foi posto em liberdade por falta de flagrante. Agora, o homem identificado como Antonio está foragido.
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