sábado, 17 de julho de 2010

Cemitério do Bom Pastor I sofre com descaso e usuários de drogas

Emanuel AmaralTúmulos sofrem com o descaso no cemitérioTúmulos sofrem com o descaso no cemitério
Roberta Trindade -
Repórter


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que acontece pós morte ainda é um incógnita. Há quem acredite em vida eterna e quem duvide de tudo isso. No cemitério Bom Pastor I, em Natal, o que se vê é um descaso tão grande aos mortos que chega a assustar quem sepulta familiares naquele local. A reportagem da Tribuna do Norte, durante cerca de uma hora, percorreu parte do cemitério público e se deparou com cenas lamentáveis. Em um dos túmulos o esqueleto quase completo de uma pessoa. O crânio,  a dentadura e inúmeros ossos. Na quadra sete, no terceiro túmulo, o caixão estava completamente descoberto. Quem passa e olha com cuidado consegue visualizar restos de um corpo.

Mas o cenário lamentável não está restrito somente a esses dois túmulos, na quadra 19, em um outro túmulo parte do caixão estava visível. Se continuar assim, em poucos dias também será possível enxergar o cadáver.

Como não existe mais espaço físico para enterrar os corpos, as covas estão sendo feitas em um cantinho aqui e em outro ali. Não é difícil encontrar familiares a procura da cova onde foi feita o sepultamento de um parente.   

Em um outro túmulo a reportagem encontrou diversas caixas de fósforos e até um cigarro. O local estaria sendo utilizado a noite para o consumo de maconha.  

No espaço onde deveria ser usado como trajeto de pessoas foi aberta uma vala e sepultada vários indigentes.

Se isso tudo não fosse o bastante, o descaso com os mortos chega ao limite. Os portões escancarados facilitam a entrada de quem quiser. Sem guardas municipais no local, o mais impressionante acontece. O cemitério é ponto de prostituição e também de consumo de drogas.

São inúmeros os relatos de pessoas que vão até o local para se prostituir. É ali mesmo que é consumado o ato entre o contratante e a contratada.

As pessoas falam, contam detalhes, mostram os lugares onde ocorrem as cenas de sexo e onde usam drogas, mas ninguém se identifica com receio de represálias.

A qualquer hora do dia ou da noite encontrar usuários de entorpecente não é difícil, pelo contrário, na manhã deste sábado um casal discutia dentro do cemitério.

“Você é um “noiado”, cagüeta. Vou te levar para a Delegacia”, dizia a mulher. O homem retrucou: “Vou te matar v......”.

Os dois foram apontados por pessoas que estavam no cemitério como drogados.   

Além de tudo isso, o mato cresce, o lixo se acumula e o descaso continua. 
 
 
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/cemiterio-do-bom-pastor-i-sofre-com-descaso-e-usuarios-de-drogas/154516

Situação nos presídios melhora, mas PM ainda toma conta de presos

Policial militar conta ao Nominuto que para vigiar presos precisa subir em telhado de delegacia. Além disso, falta alojamento e Diárias Operacionais.

Por Thyago Macedo
Foto: Thyago Macedo
No 7º Distrito Policial, nas Quintas, três policiais militares trabalham por dia, com ajuda de dois agentes penitenciários.
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A situação no sistema carcerário do Rio Grande do Norte apresentou uma melhora com a incorporação de 492 agentes penitenciários no mês passado. No entanto, ainda existe déficit e a responsabilidade de tomar conta de presos, que antes era atribuída a policiais civis, está com policiais militares.

Somente em Natal, três delegacias ainda têm PMs fazendo trabalho de guarda, além dos Centros de Detenção Provisória. A reportagem do portal Nominuto.com esteve em uma das unidades policiais e constatou a indignação por parte dos policiais.

Sem querer se identificar com medo de represálias, um deles declarou que desde janeiro se tornou “vigia”. “A Polícia Militar assumiu as delegacias em dezembro e eu estou aqui desde o início deste ano. De lá para cá, não trabalhei mais na rua, até gostaria, mas, não tenho como”, revela.
Foto:Thyago Macedo

No 7º Distrito Policial, nas Quintas, três policiais militares trabalham por dia, com ajuda de dois agentes penitenciários. “Aqui não há mínimas condições de trabalho. Para se ter uma ideia, como não existe guarita, temos que fazer a guarda em cima do telhado da delegacia”, revela o policial.

Ele critica também a falta de alojamento tanto para os policiais militares quanto para os agentes penitenciários. “Aqui tem que dormir em pé, igual a cavalo”, afirma. No 7º DP estão presos atualmente 57 homens. Além desta unidade, nas Quintas, os PMs também estão no 11º Distrito Policial, no Planalto, e no 14ºDP, em Felipe Camarão.

Foto: Arquivo Nominuto
Essas são unidades que funcionam como delegacia e ainda abrigam presos. Em outros pontos, a Secretaria Estadual de Justiça de Cidadania assumiu a carceragem, transformando a delegacia em Centro de Detenção Provisória, como no caso do prédio onde funcionava a Plantão Zona Sul, na avenida Ayrton Sena, em Pirangi.

Outra reclamação por parte dos policiais militares é o não pagamento de Diárias Operacionais. “Quando o PM trabalha como guarda em presídio ou delegacia, ele tem que receber DO. Mas, aqui no 7º DP e também no 14º não está sendo pago”, relata o policial.

A situação de presos em delegacias era uma reclamação antiga dos policiais civis do Rio Grande do Norte. No final do ano passado, a categoria realizou greve e conseguiu com que a Secretaria de Justiça assumisse as carceragens. Mesmo assim, o Sinpol ainda reclama a presença dos presos.

Em nota, a categoria destaca: “em algumas delegacias, mesmo os presos não estando mais sendo custodiados por policiais civis, continuam nas suas dependências, o que de uma forma ou de outra atrapalha o serviço”.
Foto: Divulgação

Nesses casos, a Secretaria de Justiça espera desafogar de vez as delegacias até o fim deste ano. Isso porque, a recém construída cadeia pública de Nova Cruz já tem 50 agentes penitenciários disponíveis e deverá começar a funcionar efetivamente nos próximos dias.

Em relação à presença de policiais militares, o problema ainda deve se estender por algum tempo. No entanto, o objetivo da Sejuc é diminuir cada vez a quantidade de PMs. Na distribuição feita entre os novos agentes recém formados, por exemplo, 115 deles foram designados para os Centros de Detenção Provisória (antigas carceragens de delegacias) da Grande Natal.
 
Fonte: http://www.nominuto.com/noticias/policia/situacao-nos-presidios-melhora-mas-pm-ainda-toma-conta-de-presos/56767/

Mulher é presa arrombando carros durante festa na Via Costeira


Lucineide França foi presa em flagrante delito, na noite desta sexta-feira (16). Ela quebrava o vidro dos veículos para furtar objetos de valor.

Por Thyago Macedo


De acordo com a Delegacia de Plantão da Zona Sul, a acusada foi presa em flagrante delito, quando arrombava um carro para furtar o aparelho de som. Lucineide quebrava o vidro dos veículos para, então, subtrair objetos de valor que encontrasse.

Ainda segundo informações da Plantão Zona Sul, a acusada foi presa pela Polícia Militar. Lucineide França, no entanto, não agia sozinha. Ela estava acompanhada de um homem que conseguiu fugir antes de ser alcançado pelos policiais.

Já Lucineide foi detida e ao chegar à delegacia, a polícia constatou que ela responde a processo na comarca de São Paulo do Potengi, também pelo crime de furto.

Na noite desta sexta-feira, ela estava arrombando carros que estavam estacionados em hotel da Via Costeira, onde acontecia uma festa. Agora, Lucineide deverá ser encaminhada à 2ª Delegacia de Parnamirim, onde aguardará julgamento
 
http://www.nominuto.com/noticias/policia/mulher-e-presa-arrombando-carros-durante-festa-na-via-costeira/56753/

IMPUNIDADE - Quem comete um crime tem 5,2% de chance de responder na Justiça

Em São Paulo, 95% dos crimes ficam impunes. Apenas 1 em cada 20 casos vira processo judicial na capital paulista. As chances de impunidade dobram se o criminoso não for pego em flagrante - Redação Época, com Agência Estado- 16/07/2010 - 12:59 - Atualizado em 16/07/2010 - 12:59

Quem comete um crime na capital paulista tem 1 chance em 20 de ter de responder na Justiça (5,2%). E mais da metade dos processos só é aberta porque o autor do crime foi pego em flagrante. Se isso não ocorrer, a chance de a investigação policial descobrir o criminoso é de apenas 1 em 40 (2,5%).

Esse mapa da impunidade é resultado do cruzamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo com os dos dados da produção do Ministério Público Estadual entre 2002 e 2009 com os crimes registrados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Os furtos registrados nas delegacias são o tipo de crime com menor número de denúncias no Judiciário: só 3,1% viram processos. No caso dos roubos, esse número sobe para 4,8%. Entre os crimes com maior índice de resolução estão os homicídios: 32% viram ação penal. Já o alto índice de resolução de estupros (41%) se deve ao fato de que os poucos casos denunciados pelas vítimas geralmente têm autoria conhecida.

A ineficiência no esclarecimento de crimes pode ser ainda maior. É que os dados levam em consideração só os casos registrados nas delegacias. Cerca de 70% dos crimes não são comunicados à polícia, segundo as três principais pesquisas de vitimização feitas entre 2001 e 2008 no Brasil.

Novas medidas

Levar o modelo da investigação dos homicídios para os delitos contra o patrimônio, como roubo e furtos, é a saída da Polícia Civil de São Paulo para tentar aumentar o índice de esclarecimento desses crimes. A Delegacia Geral prepara portaria para estabelecer um modelo de procedimentos que deverão ser adotados em casos de roubos a condomínios, por exemplo.

Com o novo esquema, a polícia vai mandar uma equipe para o local dos roubos. Os policiais terão a companhia de um perito que vai recolher possíveis pistas. Os investigadores vão ouvir as testemunhas e até o retrato falado deve ser feito na hora.

Violência terceirizada. Loja do Carrefour é acusada de pedir ajuda a traficantes de uma favela carioca para punir clientes. Marcelo Gigliotti, do Rio - 14/06/2010 - 10:47 - Atualizado em 14/06/2010 - 14:40

Os comerciantes estabelecidos próximos a favelas do Rio de Janeiro sempre foram suspeitos de fazer associações com traficantes de drogas para garantir a segurança de suas lojas. Os beneficiados seriam biroscas e pequenos armazéns. Na última semana a polícia carioca abriu inquérito para apurar denúncia desse tipo de proteção. Mas desta vez envolve o Carrefour – grupo francês, uma das maiores redes de supermercados do mundo, dona de um faturamento anual de US$ 34,4 bilhões.

Na loja da rede em Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade, duas mulheres foram surpreendidas furtando nove tubos de filtro solar. Não negam o delito, mas contam que uma delas foi levada por seguranças da casa ao encontro de traficantes da favela de Cidade de Deus, vizinha do hipermercado. Lá, teria sido espancada e ameaçada de morte. A polícia suspeita que o Carrefour esteja recorrendo ao poder do tráfico para coibir assaltos e furtos em suas dependências. Três funcionários estão presos.

Chamou a atenção do delegado Orlando Zaccone, de 36 anos, o fato de que, em dois anos de funcionamento, o Carrefour de Jacarepaguá nunca fez queixas à polícia. O supermercado da rede Sendas, vizinho de rua, registrou em quatro anos 19 furtos e 12 roubos.

Em nota oficial, publicada em jornais, o Carrefour diz que “repudia qualquer forma de violência” e que abriu uma sindicância interna para apurar os fatos. O presidente da empresa no Brasil, Frank Witek, esquivou-se da imprensa. O maior indício de irregularidade é justamente a prova que o Carrefour entregou à polícia como álibi: as fitas com a gravação das cenas do furto.

No dia 27 de janeiro, às 15h58, uma das 24 câmeras do sistema de vigilância eletrônica do hipermercado começou a acompanhar os passos de Geni Barbosa, de 27 anos, e Andréia dos Santos, de 30. Foram sete minutos de gravação até a dupla ser abordada por um funcionário. As fitas entregues à Polícia Civil mostram, em seguida, as ladras sendo levadas para uma sala, onde a mercadoria é retirada da bolsa de Andréia.

Eram 16h07. Nesse instante, há um corte e a imagem seguinte, registrada às 20h47, é de um cliente fazendo suas compras. Os seguranças sustentam que libertaram as mulheres logo após a reprimenda. Mas as fitas não exibem nada que comprove a versão. “A lacuna da gravação faz supor que houve manipulação das imagens”, diz Zaccone.

Segundo depoimento de Geni, os seguranças José Luís Ferreira e Flávio Augusto Grachet e o gerente de segurança Tadeu Luís Mendonça Pinto telefonaram para Telo, um dos chefes do tráfico em Cidade de Deus. Um traficante conhecido como Quinho foi buscar as mulheres. Tinha a missão de “ensiná-las a não roubar”. “Disseram que iam pendurar pneus em meu pescoço e tacar fogo”, contou Geni. Só foi libertada depois que Andréia, que ficara detida no supermercado, escapou e chamou a Polícia Militar. Os seguranças disseram à PM que a empresa tem como norma levar pessoas que furtam para uma sala, recuperar os objetos e liberá-las. “Por que não chamar a polícia? Se libera o ladrão, o supermercado está contribuindo para aumentar a criminalidade”, crê o delegado Orlando Zaccone.

O Carrefour agora terá de explicar, também, por que dois dos funcionários presos contratados como fiscais atuavam como segurança. A prática burla a lei federal que estabelece as normas para o exercício da profissão. “As empresas vêm contratando pessoas desqualificadas para cortar custos”, alerta o presidente do Sindicato dos Vigilantes, Fernando Bandeira.

O presidente da associação de moradores da favela, Alexandre Lima, defende o supermercado. Ele conta que o Carrefour mantém um trabalho social na comunidade, onde vivem 190 mil pessoas. “Ele emprega várias pessoas, todos os dias dá café da manhã a 60 garis comunitários e envia todos os meses sobras de mercadorias, que distribuímos para cerca de 200 famílias”, diz.

A antropóloga Alba Zaluar, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro – que estuda a violência nas favelas há 20 anos e desenvolveu pesquisas em Cidade de Deus –, percebe as mudanças na tese de que o tráfico cobra por dar proteção a pequenos comerciantes. “Agora, parece que o esquema chegou às grandes empresas”, observa. “O episódio rompe com o discurso de que os traficantes protegem as pessoas. Eles matam e torturam.” Para se dissociar do tráfico, o Carrefour tem de apresentar as imagens da liberação das clientes pela segurança da loja de Jacarepaguá.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - SENHORES GOVERNANTES. TIREM A VENDA DA CEGUEIRA. O PROBLEMA NÃO É LOCALIZADO. É O SISTEMA DE PRESERVAÇÃO DA ORDEM PÚBLICA QUE NÃO FUNCIONA. OS INSTRUMENTOS DE COAÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA TRABALHAM DE FORMA ISOLADAS, DISTANTES, BUROCRATIZADOS E DESAMPARADOS DA LEI. 


Fonte: Blog da Insegurança

COMBATE VELADO | SAQUE VELADO | LADO R FT ANDRADE COMBAT | PARTE 1-25

Veja:  https://papamikejanildo.blogspot.com/2022/07/combate-velado-saque-velado-lado-r-ft.html https://papamikejanildo.blogspot.com/