terça-feira, 17 de agosto de 2010

O COLAPSO DA POLÍCIA CIENTÍFICA



O colapso da polícia científica - O Estado de S.Paulo - 17 de agosto de 2010 | 0h 00

Enquanto no plano político dirigentes governamentais acenam com a possibilidade de construção do trem-bala e de outros projetos de duvidosa prioridade que exigem investimentos vultosos da União e dos governos estaduais, no cotidiano de algumas áreas da administração pública a situação é de carência de recursos humanos, de infraestrutura adequada e de equipamentos modernos. Isso pode ser visto nas escolas públicas, na rede médico-hospitalar e na área de segurança.

Reportagem publicada domingo no Estado mostra que, em matéria de perícia criminal, o quadro é sombrio. Em quase todo o País, a polícia científica não dispõe de maletas com kit de varredura de locais de crime e acidentes. Os peritos carecem de notebook, trena a laser, máquina fotográfica digital e até de material para exame de DNA e exame de balística com microcomparador. Sem esses equipamentos, é quase impossível produzir provas documentais para esclarecimento de homicídios e latrocínios. Muitas vezes, os peritos são obrigados a trabalhar somente com lápis e papel.

Em vários Estados, a polícia científica também não conta com laboratórios nem com reagentes químicos para fazer os exames mais elementares com o objetivo de identificar causas de mortes e produzir provas materiais. Faltam ainda cromatógrafos gasosos, luz forense, luminol e laboratório de fonética.

Por falta de veículos, há municípios em que os corpos de vítimas de acidentes de trânsito ficam até dez horas à espera de remoção. E as câmaras frias para a conservação de corpos têm mais de 30 anos de funcionamento e vivem quebrando. E, como também não há geladeiras em número suficiente, muitas vezes os corpos têm de ser sepultados às pressas, sem a realização de autópsia - e depois, havendo necessidade de apurar se a morte derivou de crime, acidente e causas naturais, é preciso exumar o corpo.

Para atender os 5.560 municípios brasileiros, existem somente 60 Institutos de Criminalística e Institutos de Medicina Legal. Segundo os especialistas, seriam necessárias, no mínimo, mais 300 unidades. A média considerada adequada é de um instituto para cada 15 cidades.

Para atuar nas 32 especialidades de perícia criminal adotadas pelo Brasil, conforme a legislação penal, existem cerca de 12 mil peritos. Como pelas recomendações dos organismos internacionais a média adequada é de 1 perito para cada 5 mil habitantes, o País tem uma carência de 26 mil peritos.

Os serviços mais precários estão no Norte e Nordeste e os mais eficientes, no Sul e Sudeste. E as deficiências mais graves estão nos Estados de Sergipe, Rio Grande do Norte, Maranhão e Roraima, nos quais a maioria dos equipamentos para a realização de perícias e exames científicos está faltando.

Na falta de câmaras frigoríficas, por exemplo, os IMLs do Maranhão utilizam geladeiras comuns para guardar corpos. Em vez de luz forense multiespectral, a polícia científica sergipana utiliza nas análises uma precária luz ultravioleta - e ela está queimada. Em Pernambuco, o Instituto de Criminalística não está preparado para fazer exame de DNA e as poucas maletas de perícia não dispõem de notebook digital. Já o Rio Grande do Norte conta com laboratório de DNA, mas não tem funcionários para operá-lo. Em Roraima, como faltam equipamentos laboratoriais e reagentes químicos, determinadas perícias somente são concluídas se houver empréstimo de material pela iniciativa privada. Embora não disponha de laboratório de DNA, câmaras frias no IML, cromatógrafos e luz forense, o Piauí conta com um microcomparador balístico, que compartilha com o Maranhão e o Ceará.

A consequência inevitável do sucateamento da polícia científica no País é o baixo índice de esclarecimento de homicídios. A média nacional é de 25 crimes esclarecidos a cada 100. Mas nos Estados onde a perícia criminal praticamente inexiste, o índice cai para 2,8%.

Para reduzir a violência não basta só a repressão - acima de tudo, é preciso inteligência, equipamentos de ponta e uma polícia científica preparada e devidamente equipada. Sem isso, não há como debelar a crise de segurança pública. 

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Já tenho dito aqui neste blog, no site e nas minhas opiniões que o segmento pericial jamais deveria sair dos quadros da polícia investigativa. A perícia é parte do aparelho policial, pois é vital para a investigação das ilicitudes e só funciona plenamente se estiver integrada às investigações de campo. A polícia federal foi feliz e diligente na sua decisão de não aceitar a separação da perícia dos seus quadros. As autoridades das unidades federativas deveriam se aconselhar com os policiais federais antes de adotarem medidas absurdas, politiqueiras, eleitoreiras e corporativistas.


http://blogdainseguranca.blogspot.com/2010/08/o-colapso-da-policia-cientifica.html

PEC 300 NA PAUTA PARA VOTAÇÃO HOJE (17)

Câmara dos Deputados - Plenário
Ordem do Dia no plenário - 17/8/2010
PLEN
PAUTA DE SESSÃO EXTRAORDINÁRIA EM 17/8/2010 às 19h30 - C O N F I R M A D A
53ª Legislatura - 4ª Sessão Legislativa Ordinária
Urgência Art. 62, § 6º da CF

Discussão em 2º Turno
4 - PEC 446/2009 - do Senado Federal - Renan Calheiros - (PEC 41/2008) - 
que "institui o piso salarial para os servidores policiais". 
(Apensados: PEC 340/2009 (Apensados: PEC 356/2009, PEC 414/2009 e PEC
425/2009) e PEC 300/2008) Explicação: Altera a Constituição Federal de 
1988.
ACOMPANHE TUDO AO VIVO - http://www.camara.gov.br/internet/tvcamara/default.asp?lnk=ASSITA-A-TV-CAMARA-PELA-INTERNET&selecao=VIVO
- Sgt Wellington - Colaborador

http://blogdainseguranca.blogspot.com/2010/08/o-colapso-da-policia-cientifica.html

Omar Osama Bin Laden: "Amava meu pai, mas nunca o seguiria"



O filho de Osama Bin Laden conta por que abdicou de ser seu sucessor no comando da Al-Qaeda. Confira as entrevistas que ele e a autora do livro 'Sob a sombra do terror', que narra a história de Omar, concederam a ÉPOCA
JULIANO MACHADO
O garoto Omar Osama Bin Laden não podia sorrir. Se o fizesse, seu pai, Osama, o repreendia de acordo com o número de dentes à mostra. Qualquer manifestação de alegria era considerada ofensiva aos preceitos islâmicos. Omar é o quarto dos 21 filhos conhecidos de Osama Bin Laden. Assim como todos os seus irmãos, não tinha brinquedos, não podia tomar refrigerantes, só saía de casa sob vigilância. Mesmo sendo de uma das famílias mais ricas da Arábia Saudita, vivia em casas sem geladeira, ventilador, sem nada que indicasse “modernidade”. Isso quando sua moradia não foi o alto de uma montanha em Tora Bora, no Afeganistão. A vida dura, na visão do pai, seria uma preparação para Omar suceder-lhe à frente da Al-Qaeda, que organizou os ataques do 11 de setembro.
Elisabetta Villa




QUEM É 
Omar Osama Bin Laden nasceu em Jidá, na Arábia Saudita. Tem 29 anos. Divorciado duas vezes, tem um filho, Ahmed, de 6 anos

O QUE FEZ 
Depois de abandonar o pai no Afeganistão, tornou-se crítico das atividades do pai
O QUE FAZ 
Vive entre Catar, Síria e Arábia Saudita, sempre em endereços não divulgados. É empresário na área de reciclagem. Publicou Sob a sombra do terror(editora BestSeller)





Mas Omar ousou recusar esse caminho. Fugiu do Afeganistão e decidiu contar sua vida ao lado do terrorista mais procurado do mundo. As histórias dele e de Najwa, sua mãe e primeira mulher de Osama, são narradas pela escritora americana Jean Sasson no livro Sob a sombra do terror (editora BestSeller, R$ 34,90, 434 páginas), que chega às livrarias nesta semana. Por e-mail, de um local não divulgado por questões de segurança, Omar concedeu a Época esta entrevista. “Meu pai me fez um homem ciente de que há melhores meios que a guerra”, diz.
ÉPOCA - O senhor fugiu de seu pai no Afeganistão meses antes dos atentados de 11 de setembro de 2001. Por que decidiu contar sua história tanto tempo depois? 
Omar Osama Bin Laden- 
Havia muitas histórias sobre mim e meu pai que não eram verdadeiras. Eu queria contar a verdade da minha vida e decidi que um livro seria a melhor opção. Mas precisava de alguém em quem pudesse confiar.


ÉPOCA - Por que o senhor procurou justamente uma mulher americana para escrever o livro? Não parece irônico diante do ódio de seu pai pelos Estados Unidos? Bin Laden - Ouvi falar que Jean Sasson era uma mulher que cumpria com sua palavra. Li três livros dela: Princesa, Mayada e outro sobre mulheres curdas (Amor em terra de chamas). Em todos ela falava da vida de mulheres no Oriente Médio com respeito. Você só pode acreditar nisso ( em ser uma ironia) se não conhecer a obra de Jean.


ÉPOCA - Ao longo do livro, o senhor diz que o “mundo louco” de Osama deixou marcas negativas em todos os filhos. Como Osama afetou sua vida? 

Bin Laden - É complicado. Meu pai podia ser ao mesmo tempo um homem tranquilo e severo, difícil de lidar. Ele seguiu um caminho do qual eu discordei assim que tive idade suficiente para entender que a violência não era o melhor caminho. Acho que meu pai me fez um homem pensativo e ciente de que há melhores meios que a guerra, como sentar e conversar sobre os problemas.


ÉPOCA - O senhor e seus irmãos foram sempre ensinados a odiar o Ocidente. Em algum momento o senhor se imaginou dentro da guerra santa, como seu pai queria? 
Bin Laden - Não. Nunca pensei em ser um guerreiro. Nenhum de meus irmãos chegou a se integrar à Al-Qaeda. Isso mostra que não apoiávamos seu modo de resolver os problemas.


ÉPOCA - Quando Osama o levou no avião em que fugiu do Sudão, em 1996, ele já via o senhor como seu sucessor na Al-Qaeda. O senhor chegou a pensar em aceitar? 

Bin Laden - Eu era muito jovem, tinha só 15 anos. Eu amava meu pai. Também o temia, mas nunca quis seguir seus passos em nenhum momento de minha vida.


ÉPOCA - O senhor só se convenceu de que Osama planejara o 11 de setembro quando ele confessou a participação nos atentados, quase três anos depois. O que o fazia acreditar que ele não fosse capaz daquilo? 

Bin Laden - Não sei por que era tão difícil, para mim, acreditar nisso. Mas era. Parecia algo muito grande para que meu pai pudesse fazer. E eu não queria que fosse assim.


ÉPOCA - Sua família é uma das mais ricas da Arábia Saudita, mas sua infância foi cheia de privações. Osama proibia geladeira, refrigerante, brinquedos. Que lembrança o senhor tem daquela época? 

Bin Laden - Eu odiava a vida que a gente levava. Meu pai não nos deixava ter quase nada, a não ser o chão sob nossos pés. Hoje eu gosto de ter bens sofisticados, como meus parentes tinham desde a infância. Meu pai era austero com tudo, menos com armas e carros. Ele gostava que esses bens fossem os mais modernos. É complicado tentar entender como ele pensava...


ÉPOCA - O senhor ressalta no livro a ascendência do médico egípcio Ayman al-Zawahiri, o número dois da Al-Qaeda, sobre seu pai. Sem Zawahiri, ele não teria se tornado um terrorista? 

Bin Laden - Se meu pai não tivesse sido rodeado por algumas pessoas, especialmente Zawahiri, ele não teria se tornado uma pessoa obsessiva com a guerra. Ele foi muito mal influenciado. Esses homens pioraram muito uma situação que já era ruim.


ÉPOCA - Sua mãe, Najwa, prima de Osama, relata vários momentos de insatisfação com a vida imposta pelo marido, mas nunca se indispôs com ele. Por quê? 

Bin Laden - Não falo sobre minha mãe. Ela disse o que tinha de dizer no livro. Quem quiser saber sobre suas vontades tem de ouvir as palavras dela.


ÉPOCA - Osama triunfou ao lutar pela expulsão dos soviéticos do Afeganistão. Depois, definiu como missão varrer qualquer presença ocidental no mundo islâmico. Ele ainda pode ter sucesso? 

Bin Laden - O que é ter sucesso nesse caso? Apesar de a Al-Qaeda ainda estar pelo mundo e alguns dizerem que ela está crescendo, não me parece que boas coisas vêm ocorrendo para a organização de meu pai.
Eu odiava a vida que a gente levava. Meu pai não nos deixava ter quase nada, a não ser o chão sob nossos pés


ÉPOCA - O senhor viveu no Afeganistão e conheceu as áreas mais críticas do país. A estratégia dos Estados Unidos de enviar mais tropas pode derrotar os talebans? 

Bin Laden - Não. Pelo que conheci dos talebans, nada vai fazê-los parar. Eles podem estar quietos agora, mas não vão desistir. Não importa quantos inimigos terão de combater.


ÉPOCA - O relato de sua infância mostra um pai cruel, mas também um guerreiro islâmico obstinado. Isso não acaba incentivando quem quer lutar na guerra santa? 

Bin Laden - Algumas pessoas no mundo islâmico realmente seguem amando meu pai. No entanto, não acho que a história de minha vida vai mudar a opinião deles de um modo ou de outro.


ÉPOCA - Como está sua vida hoje? 
Bin Laden - Estou divorciado (Bin Laden casou-se em 2006 com a britânica Jane Felix Browne, que mudou seu nome para Zaina Mohammed Al-Sabah, e se divorciou há pouco mais de um mês), não tenho nenhuma esposa no momento (no islamismo, o homem pode ter até quatro mulheres). Estou tentando abrir um negócio, mas ainda está incerto (Omar mantinha uma empresa de coleta de sucata). Meu filho, Ahmed, de 6 anos, está muito bem e mora com a mãe (a primeira mulher de Omar) na Arábia Saudita.


ÉPOCA - Jornais britânicos afirmaram que o senhor teria sido hospitalizado por “problemas mentais” em junho. Especulou-se que pudesse ser transtorno bipolar ou esquizofrenia. Poderia falar sobre isso? 

Bin Laden - Essas notícias foram distorcidas. Eu tomo remédios contra depressão. Mas um dos medicamentos estava sendo mal administrado e meu quadro piorou. Foi isso o que aconteceu. Todas as outras coisas ditas sobre mim são falsas, mas não me incomodo.

ÉPOCA - O senhor já disse ter interesse em ser embaixador da boa vontade das Nações Unidas. Continua com essa ambição? 
Bin Laden - Sempre acreditei que poderia trabalhar para as Nações Unidas em missões pela paz. Talvez um dia eu consiga fazer isso, mas até agora não há nada em andamento.

ÉPOCA - O senhor acha que seu pai pode planejar um ataque do mesmo porte do 11 de setembro? 

Bin Laden - Não posso responder. Só Deus sabe. Ele está muito longe de mim e não sei como se encontra.


ÉPOCA - Com que frequência o senhor recebe notícias dele? Vocês se falam? 

Bin Laden - Nunca recebo notícias dele. Eu ouço falar de meu pai pela mídia, assim como qualquer pessoa. Ele nunca mais se comunicou comigo desde que eu deixei o Afeganistão em 2001 (segundo Jean Sasson, autora do livro de Omar, ele acredita que seu pai esteja vivo. Isso porque geralmente reconhece a voz de Osama em gravações de áudio que ele recebe da mídia árabe e de pessoas conhecidas de vez em quando).


ÉPOCA - Que tipo de sentimento prevalece quando o senhor pensa em seu pai? 
Bin Laden - Tristeza, mais do que tudo.


ÉPOCA - No livro, o senhor se lembra do dia em que o jornalista inglês Robert Fisk foi entrevistar seu pai. Fisk perguntou se o senhor, ainda criança, era feliz. E o senhor afirma ter se arrependido de dizer “sim”. E hoje? O senhor é feliz? 

Bin Laden - Às vezes, sim, mas quase sempre sou uma pessoa triste. Tento viver uma vida de alegrias, mas há muitas coisas que me causam tristeza.


ÉPOCA – O senhor deixou muitos irmãos para trás ao sair do Afeganistão. Qual é a situação deles? 
Bin Laden – Depois do 11 de Setembro, sem conhecimento do meu pai, seis deles cruzaram a pé a fronteira com o Paquistão. De lá foram para o Irã, que os expulsou, mas eles voltaram para lá. Na segunda vez, os iranianos os colocaram numa espécie de prisão domiciliar. Só saíam de lá uma ou duas vezes ao ano, sob supervisão, para fazer compras. Numa dessas saídas, minha irmã Iman fugiu e conseguiu ir para a Síria, onde mora minha mãe. Depois, o Irã permitiu a saída de Bakr e Mohammed para a Síria. Mas Osman, Fatima e Hamza (este, meio-irmão de Omar) ainda estão no Irã, com as famílias que formaram. Peço a qualquer país do Oriente Médio que dê abrigo a eles. Nenhum tinha documentos, o que torna o processo mais difícil.




No primeiro programa de TV, Marina Silva à la Al Gore



O primeiro programa de TV de Marina Silva, que irá ao ar na próxima quarta-feira, será ao estilo do ambientalista e ex-vice-presidente americano Al Gore no documentário “Uma verdade inconveniente”.
Dirigido pelo cineasta Fernando Meirelles, o programa terá uma sucessão de imagens sobre o dilema ambiental (como as clássicas cenas de derretimento de geleira) e sustentabilidade. Tudo narrado por Marina Silva, cujo rosto aparecerá apenas nos momentos finais do programa. O mote da propaganda é “a questão que nos ameaça”, o tom de Marina será de urgência.
Ao contrário do que deverão fazer seus adversários, Marina não usará a própria biografia no primeiro programa de TV. Sua tentativa é de quebrar com as expectativas, surpreender e causar repercussão. “Vai ser um programa bastante conceitual”, define o publicitário da candidata, Paulo de Tarso Santos. “Nossa ideia foi fazer um programa de impacto, para marcar território.”

Dilma na luta armada (trecho)




Entre 1967 e 1970, a estudante Dilma Rousseff combateu a ditadura militar. O que os processos da Justiça Militar revelam sobre a jovem que se tornou líder de uma das organizações que pegaram em armas contra o Governo
LEANDRO LOYOLA, EUMANO SILVA E LEONEL ROCHA
Confira a seguir um trecho dessa reportagem que pode ser lida na íntegra na edição da revista Época de 14/agosto/2010.



 Assinantes têm acesso à íntegra no Saiba mais no final da página.

  Reprodução
Em outubro de 1968, o Serviço Nacional de Informações (SNI) produziu um documento de 140 páginas sobre o estado da “guerra revolucionária no país”. Quatro anos após o golpe que instalou a ditadura militar no Brasil, grupos de esquerda promoviam ações armadas contra o regime. O relatório lista assaltos a bancos, atentados e mortes. Em Minas Gerais, o SNI se preocupava com um grupo dissidente da organização chamada Polop (Política Operária). O texto afirma que reuniões do grupo ocorriam em um apartamento na Rua João Pinheiro, 82, em Belo Horizonte, onde vivia Cláudio Galeno Linhares. Entre os militantes aparece Dilma Vana Rousseff Linhares, descrita como “esposa de Cláudio Galeno de Magalhães Linhares (‘Lobato’). É estudante da Faculdade de Ciências Econômicas e seus antecedentes estão sendo levantados”. Dilma e a máquina repressiva da ditadura começavam a se conhecer.
Ilustração: Sattu
Durante os cinco anos em que essa máquina funcionou com maior intensidade, de 1967 a 1972, a militante Dilma Vana Rousseff (ou Estela, ou Wanda, ou Luiza, ou Marina, ou Maria Lúcia) viveu mais experiências do que a maioria das pessoas terá em toda a vida. Ela se casou duas vezes, militou em duas organizações clandestinas que defendiam e praticavam a luta armada, mudou de casa frequentemente para fugir da perseguição da polícia e do Exército, esteve em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, adotou cinco nomes falsos, usou documentos falsos, manteve encontros secretos dignos de filmes de espionagem, transportou armas e dinheiro obtido em assaltos, aprendeu a atirar, deu aulas de marxismo, participou de discussões ideológicas trancada por dias a fio em “aparelhos”, foi presa, torturada, processada e encarou 28 meses de cadeia.
Hoje candidata do PT à Presidência da República, Dilma fala pouco sobre esse período. ÉPOCA pediu, em várias ocasiões nos últimos meses, uma entrevista a Dilma para esclarecer as dúvidas que ainda existem sobre o assunto (leia algumas delas no quadro abaixo). Todos os pedidos foram negados. Na última sexta-feira, a assessoria de imprensa da campanha de Dilma enviou uma nota à revista em que diz que “a candidata do PT nunca participou de ação armada”. “Dilma não participou, não foi interrogada sobre o assunto e sequer denunciada por participação em qualquer ação armada, não sendo nem julgada e nem condenada por isso. Dilma foi presa, torturada e condenada a dois anos e um mês de prisão pela Lei de Segurança Nacio-nal, por ‘subversão’, numa época em que fazer oposição aos governos militares era ser ‘subversivo’”, diz a nota.
  Reprodução

Confira documentos dos processos de Dilma Rousseff: 

Jogue fora o controle remoto
O game do futuro obedece aos movimentos do seu corpo. E esse futuro já está aí
REDAÇÃO ÉPOCA
  Divulgação
GINGA
Modelos mostram o funcionamento de um protótipo do Xbox com Kinect. Os personagens do jogo respondem ao movimento do corpo


































A Microsoft (X-BOX)e a Sony (PLAYSTATION) vão lançar no Brasil dois produtos que prometem alterar a forma como vemos os games. O Kinect, da Microsoft, funciona com o console Xbox 360. O Move, da Sony, se liga ao PlayStation 3. São aparelhos com câmeras instaladas no alto da TV, ligados aos consoles de games. Os dois usam uma tecnologia que reconhece movimentos do corpo dos jogadores.
É a realidade aumentada. Com ela, seu corpo substitui o controle (ou joysticks) que acompanha os consoles desde os tempos do Atari, lançado no Brasil no início dos anos 80. Câmeras instaladas sobre a TV acompanham seus gestos e sua movimentação no tapete da sala e movimentam os personagens dos jogos na tela. Essa realidade aumentada poderá ser combinada com outra tecnologia, que também está sendo lançada agora: a terceira dimensão nos jogos.
A combinação gera um envolvimento total de quem joga. A sensação é de estar dentro do universo fantástico do game. Pode ser a luta com um monstro em que você usa a mão como se tivesse segurando uma espada. Num jogo de futebol, uma bola que parece sair pela tela de seu televisor e você defende, com os movimentos reais do corpo. As possibilidades são empolgantes. O único jogo que já foi apresentado, e ainda em versão demonstrativa, é o EyePet, da Sony. Ele funciona com o PlayStation Eye, uma câmera que reconhece o movimento do corpo. O personagem principal do jogo é um macaquinho virtual que circula pela sua casa e responde a seus movimentos como se estivesse deitado no colo. Quando você coloca os óculos 3-D, o macaquinho parece sair da tela e ganha ares ainda mais reais. Por enquanto, o que se vê são apenas algumas demonstrações em demos como essa, realizadas em feiras de games. Mas não vai demorar para que as produtoras criem seus primeiros jogos com as duas tecnologias.
A Sony está na frente. Seu console atual, o PlayStation 3, já pode ler gráficos em 3-D – a empresa soltou uma atualização do software do aparelho que permite isso. Ao baixá-la, o jogador já tem um videogame apto a rodar qualquer jogo 3-D. Também pode tocar filmes 3-D em Blu-ray, de alta definição. Na semana passada, a Sony anunciou que começará a vender oficialmente o PlayStation 3, de 120 GB, no Brasil. O console chega por R$ 1.999, valor bem acima do praticado hoje pelo varejo, que até agora trazia o PS3 importado, de R$ 1.299. Segundo Anderson Gracias, gerente-geral da divisão PlayStation no Brasil, são os custos de impostos e da atualização de cabos, caixas e manuais para o português. Ele diz que o preço real para o mercado brasileiro seria de R$ 2.500, mas a Sony vai subsidiar o valor do console e ganhar na venda de games. O Move chegará em setembro. “O Move é um divisor de águas em relação ao público-alvo da Sony”, diz Gracias. “Não vamos mais ser conhecidos apenas por criar um aparelho voltado a entusiastas.” Os usuários do Xbox, da Microsoft, poderão ligar o Kinect, que chegará ao Brasil antes do Natal. Mas, para jogar em 3-D, só quando a empresa lançar a nova versão, mais potente, do console. O esperado Xbox 720 deve ser lançado entre 2011 e 2012.
Num dos games, de corrida em 3-D, tomei um susto e desviei o corpo do estilhaço virtual
A diversão também tem versão portátil. A japonesa Nintendo (Wii) anunciou que até março de 2011 lançará o Nintendo 3-DS, seu novo console de bolso. É parecido com o atual Dsi, mas as duas telas poderão mostrar imagens em três dimensões, sem a necessidade de óculos especiais. Isso é possível por meio de um software que altera a posição das sombras dos desenhos para simular o efeito 3-D.
Os novos consoles e jogos prometem uma experiência sem igual para os consumidores. Quem testou se empolgou. “O Kinect Adventures pareceu tão bobo na conferência da Microsoft há apenas dois dias”, disse Mark Wilson, editor do blog de tecnologia Gizmodo, sobre o demo do Xbox 360, da Microsoft. “Mas agora estou aqui pulando e me mexendo como uma minhoca epiléptica para vencer. É divertido demais.” Um dos principais roteiristas de games do mundo, o americano Matt Costello, disse que, com mais de 20 anos de carreira dedicada a games, era difícil que alguma nova tecnologia conseguisse realmente surpreendê-lo, mas o 3-D fez seus olhos brilhar na primeira vez que jogou. “As duas tecnologias casadas terão um impacto tremendo. Você vai pirar com esses jogos”, disse Costello a EPOCA. “Vai além da experiência que James Cameron mostrou em Avatar.”
Na semana passada, experimentei alguns jogos 3-D no PlayStation 3. Você presta muito mais atenção aos detalhes. Num dos games, de corrida, pedaços do carro voaram “em cima” de mim quando bati de frente em uma mureta. Tomei um susto e, intuitivamentre, desviei o corpo do estilhaço virtual. O 3-D também melhora a perspectiva do jogo, pois você vê em primeiro plano os elementos mais importan-tes, como seu carro ou o que vem bater em você. É melhor que um filme em 3-D porque você tem controle dos movimentos.
É possível que a junção de realidade aumentada com 3-D tenha um impacto maior que a chegada dos movimentos com o Wii, da Nintendo. O Wii, lançado em 2006, foi o primeiro videogame que respondia aos movimentos do jogador, feitos por meio de um controle e captados por meio de um sensor sem fio. O lançamento significou uma ruptura tecnológica e de mercado. O Wii colocou a Nintendo novamente na liderança dos games e transformou em consumidores fiéis gente que tinha preconceito contra games em geral. Famílias inteiras começaram a se interessar por jogos que variavam entre o lúdico, o casual e de apelo para a saúde – como o Wii Fit. Quatro anos depois, os fãs de games (que deixaram de ser uma maioria de adolescentes sedentários e passaram a crianças, jovens e adultos ligados ao entretenimento eletrônico) estão novamente ávidos por uma grande novidade.
A nova forma de interação trazida pela realidade aumentada pode ir além dos jogos. Os consoles já têm outras funções, como guardar vídeos, fotos e músicas. Já se especula que os movimentos do corpo serão usados para manipular esses arquivos. Você vai poder mexer nas fotos movimentando as mãos, como se as agarrasse no ar. Ou dar pausa num vídeo com um movimento do braço (lembra de Tom Cruise no filme Minority report?). Também se especula que a Microsoft pode adaptar os comandos de movimento do corpo do Kinect para o sistema Windows. Como nos games, a brincadeira só está começando.
  Divulgação
Clique na imagem para ampliá-la






COMBATE VELADO | SAQUE VELADO | LADO R FT ANDRADE COMBAT | PARTE 1-25

Veja:  https://papamikejanildo.blogspot.com/2022/07/combate-velado-saque-velado-lado-r-ft.html https://papamikejanildo.blogspot.com/