sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Fuzil Imbel MD97




Imbel MD97


Fuzil de assalto,5.56 mm, Imbel MD97L
Imbel md2.jpg

IMBEL MD97L
TipoAutomático/Semi-automático
Local de origemBrasil Flag of Brazil.svg
História operacional
Em serviço2008/2009 (Não Confirmado)
Histórico de produção
Criador{{{inventor}}}
Data de criação1997
Especificações
Peso3,71 kg
ComprimentoCoronha aberta: 1,01m
Coronha fechada: 0,77m
Comprimento
do cano
0,437m

Calibre5.56 x 45 mm
AçãoGás
Cadência de tiro950 Tiros por minuto (Dependendo do modelo)
Velocidade de saída(920 m/s) (MD97L)
Alcance efetivo600m (Maximo= 3800m)
Sistema de suprimento30 Cartuchos STANAG (M16/AR-15)



Imbel MD97L ou Imbel MD97LC, é um fuzil, fabricado no Brasil pela Imbel.

Etimologia
MD97L significa Modelo 97 Leve, já MD97LC significa Modelo 97 Leve e Curto que provavelmente poderá substituir o PARAFAL (Não está confirmado) e pode vir a equipar as polícias, também existe o MD97LM mas na prática é o mesmo MD97LC.


Descrição
O Brasil é o único utilizador desta arma até ao momento. A arma está aparentemente em fase de introdução e deverá substituir o fuzil 7.62 FAL também fabricado no Brasil pela IMBEL. Na seqüência da fabricação no Brasil do fuzil de assalto FN-FAL por parte da indústria Imbel, a mesma empresa desenvolveu o MD-97, como fuzil adaptado para o mais recente calibre 5.56 NATO. O MD-97 inclui as alterações que foram feitas no Brasil à FN-FAL original, conhecida como MD-2.
Trata-se de uma arma de assalto que deveria utilizar tantos componentes possíveis com a arma FAL de calibre 7.62 quanto possível e que tanto existe na versão de coronha fixa como de coronha rebatível.
A MD-97, como a FN-FAL de que deriva, é accionada por um pistão curto, que por sua ver utiliza a acção dos gases do disparo.
A arma pode ser utilizada em modo semi automático, ou em modo automático (rajada). Existe a opção para rajada completa ou rajada de três tiros.
Como outras armas do tipo, a MD-97L ou LC pode utilizar um lançador de granadas de calibre 40mm (M203).


IMBEL - FUZIL 5,56 MD97L
Apesar do advento das armas de destruição em massa, de bombas inteligentes, da guerra eletrônica e do incremento tecnológico dos materiais de emprego militar, o papel que o soldado desempenha no campo de batalha é insubstituível. Independentemente do posto ou graduação, o combatente é dotado de seu armamento individual. A arma básica no teatro de operações moderno ainda é o fuzil de assalto. No Brasil, essa classe de armamento é bem representada pelo Fuzil 5,56 IMBEL MD97L, desenvolvido e produzido pela IMBEL, na Fábrica de Itajubá(MG).

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Antecedentes históricos
Alemanha foi o primeiro país que buscou conjugar as dimensões reduzidas e o poder de fogo de uma metralhadora de mão a uma munição potente como a dos fuzis. Afinal, a guerra de trincheiras, com tiros à longa distância, tinha visto seus últimos dias com o fim da Primeira Guerra Mundial. Os combates saíram dos campos e tomaram as cidades, o que tornou necessário armas menores, mais leves e com grande poder de fogo. A metralhadora de mão mostrou-se então uma excelente resposta para os novos tempos. Entretanto, quando o embate era travado em campo aberto, as pequenas metralhadoras que usavam munição de arma curta perdiam efetividade e o velho fuzil, com sua munição de longo alcance, era a única alternativa. O equilíbrio foi obtido com a percepção de que, embora se necessitasse de uma arma que funcionasse com regime de fogo automático e semi-automático, a munição utilizada não precisaria considerar alcances tão longos como aqueles dos calibres dos fuzis da época. Com base na idéia de uma munição de mesmo diâmetro, mas com peso deprojétil e carga propelente proporcionalmente reduzidas, a indústria alemã desenvolveu dois novos conceitos: o cartucho curto (kurzpatrone) e o fuzil de assalto (sturmgewehr). Dessa forma, além dos benefícios advindos da redução de todo o mecanismo e do cano da arma, o infante alemão poderia levar mais cartuchos. Anos mais tarde, esses conceitos foram completamente assimilados pelos outros exércitos e passaram a balizar a grande maioria dos projetos de fuzis de assalto, tanto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) como do Pacto de Varsóvia.
A coexistência pacífica experimentada durante o subseqüente período pós-guerra não refreou o ímpeto das pesquisas. Os ensinamentos colhidos nos conflitos localizados, ocorridos durante esse período, apontavam para a necessidade de novas mudanças na arte da guerra e na ciência militar, principalmente em relação ao calibre dos fuzis de assalto. A tendência de uso de calibres menores foi, novamente, trazida à tona no início da década de 1960, tendo como principal ícone dessa fase o fuzil norte-americano M16 calibre 5,56x45 mm.
A história do calibre 5,56x45 mm é cercada de questionamentos e, ainda hoje, há muita controvérsia em torno dos reais motivos para essa mudança de conceito – fossem eles razões operacionais ou os interesses comerciais envolvidos.
FN Herstal, criadora do Fuzil Automático Leve (FAL), também realizou experimentos com o calibre 5,56. A base para esse projeto foi o FAL modificado e sua evolução inseriu a FN Herstal no disputado mercado de fuzis calibre 5,56. O domínio obtido pelo calibre 5,56x45 mm permitiu que a empresa propusesse, em 1980, algumas modificações na munição M193 a fim de melhorar sua performance. Essa nova versão, denominada SS109, era totalmente compatível com as armas em uso, mas, segundo o fabricante, sua eficiência era maior quando empregada em canos com passo de raiamento de 7 polegadas (178 mm).
Embora haja registro de novos tipos de munições, considera-se que a 5,56x45 mm represente grande evolução no campo da munição militar. Ela é empregada pela maioria dos exércitos ocidentais e permite o uso dos dois tipos de munições (M193 e SS109) em passos de raiamento variados, incluindo os passos intermediários de 9 e 10 polegadas.

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O calibre 5,56 no Exército Brasileiro
O início dos estudos que resultaram na adoção do calibre 5,56x45 mm pelo Exército Brasileiro remonta ao começo dos anos 80 e, assim como a evolução do armamento leve na Força Terrestre, está intimamente ligado à história da Fábrica de Itajubá (FI).
O objetivo, à época, era a obtenção de uma arma de concepção original, tanto quanto possível, e que guardasse analogias, notadamente de desempenho, com as similares estrangeiras de mesmo calibre. As dificuldades encontradas nos anos de 1981 e 1982 para a concretização de um protótipo fizeram com que o objetivo original do projeto fosse reavaliado em 1983. Essa decisão deu origem ao Fuzil 5,56 IMBEL MD1. O projeto desse fuzil previa uma caixa da culatra e carregador novos. Sua produção demandaria investimentos em processos, dispositivos, ferramentas e calibres, e o retorno do investimento estaria assegurado com um lote mínimo de 10.000 unidades comercializadas, meta improvável para aquela conjuntura.
A homologação dos Objetivos Básicos Operacionais (OBO) 39/86 foi decisiva para a definição de novo rumo. A previsão do Estado-Maior do Exército (EME) era dotar, inicialmente, apenas o Batalhão de Forças Especiais, que contava com 561 homens. Como a demanda prevista não justificava o desenvolvimento de projeto de uma arma nova, a FI optou por um fuzil que aproveitasse os carregadores do M16 e o máximo de peças e processos de fabricação do FAL, incluindo a caixa da culatra.
Dessa forma, em tempo relativamente curto, surgiram os modelos MD2 e MD3 – solução economicamente viável mas não ideal do ponto de vista técnico e operacional. O modelo MD2 era muito pesado se comparado aos outros fuzis de mesmo calibre. O protótipo, com a coronha rebatível, foi submetido à avaliação técnica no Campo de Provas da Marambaia como Material de Emprego Militar (MEM) tipo “E”, e seu desempenho foi considerado satisfatório. Apesar de nenhum dos protótipos ter sido submetido à avaliação operacional, o modelo MD2 passou a ser adotado por algumas Unidades do Exército e por diversas polícias. Para o mercado externo, continua sendo comercializado até os dias de hoje.
Em 1995, o EME reviu os Objetivos Básicos Operacionais para o Fuzil 5,56. Surgiu, daí, uma expectativa de demanda de um fuzil com diversas características não atendidas pela maioria das armas disponíveis no mercado internacional, incluindo o modelo IMBEL MD2 (ver Tabela 1). Na ocasião, os objetivos principais eram: desenvolver uma arma dentro dos limites de peso (3,8 kg) e inserir o mecanismo de rajada controlada (três tiros), colocando o protótipo com características próximas às de seus concorrentes.
Em dezembro de 1996, a FI solicitou ao Centro Tecnológico do Exército (CTEx) a avaliação técnica dos protótipos IMBEL. Esses protótipos não atingiram todos os requisitos absolutos, pois os Requisitos Técnicos Básicos (RTB) do projeto só foram homologados em setembro de 1997 com a Avaliação Técnica (AVALTEC) já em curso.
Em novembro do mesmo ano, a FI apresentou novos protótipos em conformidade com os requisitos absolutos e com algumas modificações de caráter operacional sugeridas pelo Centro de Instrução de Guerra na Selva, que realizou uma avaliação preliminar de alguns protótipos. A AVALTEC foi reiniciada com a nova arma, mas, em junho de 1999, as provas foram interrompidas, dada a inexistência de critérios objetivos para avaliação de alguns requisitos. Esse fato levou o CTEx a decidir pela interrupção da prova para revisão dos RTB.
O período decorrido até a homologação dos novos requisitos permitiu à FI conduzir diversos testes e introduzir mudanças maiores, baseadas nas ocorrências e observações colhidas durante as avaliações anteriores, em uma avaliação operacional realizada pela Força Aérea Brasileira com 30 protótipos e em diversas sugestões de usuários e colaboradores. O resultado permitiu ao Fz 5,56 MD97L atingir todos os requisitos absolutos e a grande maioria dos requisitos desejáveis e complementares estabelecidos pelo EME.


O Fuzil 5,56 MD97L
Para conhecermos o Fuzil 5,56 MD97L, vale detalhar um pouco mais o fato que impediu o aproveitamento do projeto do FAL. O FAL possui um sistema de trancamento por ferrolho basculante, que vincula seu trancamento à estrutura da arma. Dessa forma, essa estrutura tem que ser construída num material que suporte os esforços exercidos no momento do disparo. A maioria dos demais projetos de fuzis automáticos no calibre 5,56x45mm utiliza sistema de trancamento por ferrolho rotativo, que se tranca diretamente no cano feito emaço. A caixa da culatra, nesse modelo, passa a ser apenas a estrutura que abriga e relaciona os sistemas de alimentação, trancamento, disparo e extração/ejeção da arma. Pode, conseqüentemente, ser fabricada com materiais mais leves e menos resistentes que o aço, visto serem menores as forças ali exercidas.
Seguindo a tendência dos demais fabricantes, a equipe de projetistas da IMBEL desenvolveu projeto de ferrolho rotativo com trancamento diretamente no cano, montado sobre uma caixa da culatra feita em liga especial de alumínio.
Os fuzis e carabinas 5,56 IMBEL MD97 são armas que funcionam por ação da força expansiva dos gases resultantes da queima da carga de projeção. Para o aproveitamento de tal força, que irá atuar no destrancamento do ferrolho, existe uma tomada de gases no terço médio do cano. Um diferencial importante é que, diferentemente de alguns fuzis, em que parte dos gases é conduzida por um tubo até uma câmara no interior do ferrolho, nos fuzis IMBEL os gases atuam sobre um êmbolo situado próximo à tomada de gases. Esse fato evita o acúmulo de resíduos provenientes da queima dos gases propelentes na crítica região do ferrolho.
A posição do sistema de gases acima da linha geral da arma permitiu, ainda, manter o centro de gravidade sobre o eixo longitudinal do fuzil. Tal fato, aliado ao dimensionamento do sistema de trancamento, permite que o destrancamento e a abertura da arma, durante o ciclo de funcionamento, só se dê após o projétil ter ultrapassado a boca da arma. Dessa forma, a precisão do tiro não é comprometida pelo deslocamento de massas, como ocorre em algumas armas automáticas.
Seu funcionamento, conforme a versão, pode ser de repetição, para o lançamento de granada de bocal; semi-automático, para a realização do tiro intermitente; ou automático, para rajadas controladas de três tiros ou tiro contínuo. O tiro pode ser realizado com a coronha na posição normal ou rebatida.
O cano, fabricado pelo processo de martelamento a frio, possui alma raiada recoberta com uma camada de cromo duro, a fim de aumentar a sua vida útil e facilitar a limpeza interna. O passo de raiamento de 1:10" (1:254 mm) segue a tendência atual de se ter passos intermediários entre 1:12" e 1:7". Esse valor intermediário é a melhor solução para que os projéteis mais pesados se estabilizem, sendo, ainda, bastante adequada aos mais leves. Dessa forma, o MD 97 tem uma balística externa e terminal adequada, independentemente do tipo de munição utilizada.
A alimentação faz-se por intermédio de carregadores com interface STANAG (compatível com os carregadores Colt M16A2), com capacidade para 30 cartuchos. Em cada avanço do ferrolho, é carregado um cartucho e, durante o recuo, ele é extraído e ejetado da arma. Tais operações se repetem enquanto houver cartuchos no carregador. Uma vez esvaziado o carregador, o ferrolho é mantido à retaguarda pelo retém do ferrolho, indicando que o usuário deve realimentar a arma. A opção de fornecer os carregadores também em aço confere maior durabilidade e confiabilidade se comparado aos de outros fabricantes, que adotam somente a opção em alumínio.
Seguindo uma tendência mundial, buscou-se o desenvolvimento de variantes do modelo original, como, por exemplo, as carabinas 5,56 IMBEL MD97. Como a própria nomenclatura indica, trata-se de versão “cano curto” do fuzil 5,56 MD97L. Assim como o fuzil MD97L, as carabinas MD97 também foram avaliadas e aprovadas. Apresentada nas versões semi-automática (modelo LC) e com rajada de três tiros (modelo LM), possui dimensões e peso reduzidos. Suas características são ideais para emprego por tropas especiais e para o trabalho policial. Nesse contexto, a Secretaria Nacional de Segurança Pública elegeu o modelo MD97LM para o treinamento da recém-constituída Força Nacional de Segurança Pública.

De uma maneira geral, no modelo MD97 foram adotadas diversas soluções já existentes, inclusive algumas do próprio FAL 7,62. Outras, como o sistema de rajadas curtas, constituem projetos inéditos que podem, também, ser adotadas para o FAL.

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