sábado, 4 de agosto de 2012

Batalhão de Choque apreende ecstasy e maconha em Ponta Negra



Droga foi apreendida após denuncia de que local era usado como deposito de motos roubadas. Polícia ainda procura por fornecedor da droga.

Por Tiago Medeiros

 


De acordo com o oficial de operações do BPChoque, o local foi descoberto após denúncia anônima. “Recebemos a informação de que a casa era usada como depósito de motos roubadas e ao realizar buscas no local encontramos as pílulas de ecstasy e cerca de 3,5 Kg de maconha”.

Além da droga também foi apreendida na residência, duas balanças de precisão e 870 reais, em cédulas de pequeno valor. Um jovem, identificado apenas como Rodolfo, acabou preso após admitir propriedade da droga.

Após a prisão do jovem, os policiais descobriram o endereço do fornecedor do entorpecente e diligenciaram no sentido de prendê-lo, entretanto ele não foi localizado até o momento. Na residência apontada, os militares apreenderam 20Kg de maconha, cerca de 100g de cocaína, uma balança de precisão e outra maior.

O acusado e o material apreendido foram levados para delegacia de plantão Zona Sul para ser autuado.

Oito detentos conseguem fugir de Alcaçuz





O presídio de Alcaçuz registrou a fuga de oito presos ontem à noite após uma apagão. Não se sabe ainda o que teria causado o problema no fornecimento.
 
A pane que atingiu a unidade prisional aconteceu por volta das 20h da sexta-feira (3). Em pouco tempo, nove detentos fizeram duas teresas, uma espécie artesanal de escada, para pular o muro do pavilhão e o do presídio. No entanto, um dos detentos não conseguiu pular o muro da prisão e acabou sendo recolhido de volta à sua cela. Após o retorno da energia, foi verificado, através da contagem dos presos, que oito detentos conseguiram escapar. A fuga ocorreu entre as guaritas 3 e 4 e os fugitivos eram de celas diferentes.

A atual diretora da penitenciária, Dinorá Simas Lima Teodoro, disse que essa foi a primeira fuga em Alcaçuz após ela ter assumido o comando. Ela também não soube precisar se as duas guaritas onde ocorreram a fuga estavam com policiais ou não durante o período noturno.

O evento ocorreu em um período turbulento para a unidade prisional. O Juiz da Vara de Execuções Penais do Rio Grande do Norte, Henrique Baltazar, afirmou na tarde de ontem (3) que Alcaçuz pode ser interditada na semana que vem, não recebendo mais nenhum preso. A decisão se deve à reabertura do Pavilhão Rogério Coutinho Madruga, o Pavilhão 5, que se encontra atualmente interditado por falta de condições.

As buscas pelos fugitivos se iniciaram ainda na noite de ontem. A PM, juntamente com a Delegacia Especializada Capturas (Decap), montou barreiras na região de lagoas, próximo a Alcaçuz. A Polícia Rodoviária Federal monitora as BRs e a Polícia Rodoviária Estadual monitora as RNs em busca de algum preso. O comandante da operação, o coronel Jair Júnior, faz um apelo à população para que, caso encontre alguma pessoa em atitudes suspeitas, ligue ao 190. 

Apesar das intensas buscas, nenhum preso foi recapturado.
Júnior Santos/Arquivo TNDiego Branco é acusado de ter cometido homicídio contra um escrivão da Polícia Civil no ano passado.
Diego Branco é acusado de ter cometido homicídio contra um escrivão da Polícia Civil no ano passado.


OS FUGITIVOS

- Marcos Aurélio Amador Alves (assalto à mão armada)
- Francisco Damião Virgílio de Oliveira (homicídio)
- Antônio Gilvan dos Santos (homicídio)
- Gilmar da Cruz Silva (homicídio)
- Diego Silva Alves, também conhecido como "Diego Branco" (porte de armas e homicídio; é reincidente em fugas)
- Marco Gomes da Silva (assalto à mão armada)
- Igor Alves do Nascimento (homicídio)
- Pedro Lucas da Silva Alves (assalto à mão armada; é reincidente em fugas)

Informações adicionadas às 11h01.

CARTILHA DE ARMAMENTO E TIRO


ORIGINALMENTE PUBLICADO: TERÇA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2011


CARTILHA DE ARMAMENTO E TIRO
APRESENTAÇÃO
Esta cartilha foi elaborada pelo Serviço de Armamento e Tiro da Academia Nacional de Polícia, tendo como objetivo principal fornecer os ensinamentos que serão cobrados em exame para a comprovação de capacidade técnica aos interessados em adquirir e/ou portar arma de fogo de uso permitido, de que trata o inciso III do Art. 4º e o inciso II do Art. 10, ambos da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, bem como o parágrafo 3° e o inciso VI do Art. 12, e o Art. 22 do Decreto nº 5.123, de 1º de julho de 2004.
O comprovante de capacitação técnica deverá atestar, necessariamente, que o pretendente demonstre ter conhecimento da conceituação e normas de segurança pertinentes à arma de fogo, conhecimento básico dos componentes e partes da arma de fogo e habilidade do uso da arma de fogo demonstrada, pelo interessado,
em estande de tiro.
1. ARMA DE FOGO


1.1. CONCEITODispositivo que impele um ou vários projéteis através de um cano pela pressão de gases em expansão produzidos por uma carga propelente em combustão.1.2. CLASSIFICAÇÃO1.2.1. Quanto à alma do canoA alma é a parte oca do interior do cano de uma arma de fogo, que vai desde a culatra até a boca do cano, destinada a resistir à pressão dos gases produzidos pela combustão da pólvora e outros explosivos e a orientar o projétil. Pode ser lisa ou raiada, dependendo do tipo de munição para o qual a arma foi projetada.ALMA LISA
ALMA RAIADA
A alma é raiada quando o interior do cano tem sulcos helicoidais dispostos no eixo longitudinal, destinados a forçar o projétil a um movimento de rotação.
1.2.2. Quanto ao tamanho

Armas Curtas:


Pistolas – Termo originalmente aplicado a todas as armas de mão, mas agora limitado às armas de um só tiro (geralmente com “alma” lisa) e às semi-automáticas. Arma para ser disparada apenas com uma mão. Seu nome provém de Pistoia, um velho centro de armeiros italianos.
Revólveres – Arma curta de repetição, na qual os cartuchos são colocados num tambor atrás do cano, podendo o mecanismo de disparo ser de ação simples ou dupla.

Armas Longas – Raiadas:

Rifles – Termo muito comum, de origem inglesa, que significa o mesmo que fuzil.
Arma longa, portátil que pode ser de uso militar/policial ou desportivo; de repetição,
semi-automática ou automática. Dentro desta classificação ainda temos as seguintes
subdivisões:

Fuzil de Assalto –
 Fuzil Militar de fogo seletivo de tamanho intermediário entre um fuzil propriamente dito e uma carabina.

Carabina (Carbine) – Geralmente uma versão mais curta de um fuzil de dimensões compactas, cujo cano é superior a 10 polegadas e inferior a 20 polegadas (geralmente entre 16 e 18 polegadas).

Submetralhadora – Também conhecida no meio Militar como metralhadora de mão, é classificada assim por possuir cano de até 10 polegadas de comprimento e utilizar cartuchos de calibres equivalentes aos das pistolas semi-automáticas.

Metralhadora – Arma automática, que utiliza cartuchos de calibres equivalentes ou superiores aos dos fuzis semi-automáticos; geralmente necessita mais de uma pessoa para sua operação.

Armas Longas – Alma Lisa:

Espingardas – Arma longa, de “alma” lisa, que utiliza cartuchos de projéteis múltiplos ou de caça.

1.2.3.Quanto ao sistema de funcionamento
Antecarga – Qualquer arma de fogo que deva ser carregada pela boca do cano.

Retrocarga – Arma de fogo carregada pela parte de trás ou extremidade da culatra. Repetição – Arma capaz de ser disparada mais de uma vez antes que seja necessário recarregá-la. Apresenta um carregador cuja função é alimentar munição à câmara de tiro, embora os revólveres (que não têm carregadores mas sim várias
câmaras independentes) sejam classificados como armas de repetição.

Ação simples – Termo que se refere a revólveres que precisam ser engatilhados a cada vez que se dispara, ou a pistolas semi-automáticas que necessitam armas o cão ou puxar o ferrolho antes do primeiro tiro.

Ação dupla – Capacidade de uma arma portátil de atirar cada vez que o gatilho é puxado, sem que seja preciso armas manualmente o cão ou o percussor entre os disparos.

Ferrolho –
 Componente que se movimenta para trás e para frente a fim de abrir ou fechar o mecanismo ou ação. Vários tipos de armas de fogo utilizam diferentes tipos de ferrolho, inclusive fuzis automáticos, metralhadoras, fuzis e espingardas semi-automáticos e pistolas.

Semi-automático – Sistema pelo qual a ação faz a arma atirar, ejeta o cartucho, inserindo outro e rearma o mecanismo de disparo, apenas com um acionamento da tecla do gatilho, necessitando da liberação e do posterior acionamento do gatilho para um novo disparo.

Automático –
 Sistema pelo qual a arma, mediante o acionamento da tecla do gatilho e enquanto esta estiver premida, atira continuamente, ejetando e realimentando a arma até que esgote a munição de seu carregador ou cesse a pressão sobre o gatilho.

2. PARTES E COMPONENTES DA ARMA DE FOGO


REVÓLVER
PISTOLA

ESPINGARDA PUMP



ESPINGARDA DOIS CANOS MOCHA



ESPINGARDA COMUM



CARABINA PUMA



RIFLE SEMI-AUTOMÁTICO



RIFLE DE FERROLHO (BOLT ACTION)


3. NORMAS DE SEGURANÇA
1. Jamais aponte uma arma, carregada ou não, para qualquer coisa ou alguém que você não pretenda acertar, mesmo por brincadeira, a não ser em legítima defesa;
2. Nunca engatilhe a arma quando não tiver a intenção de atirar;
3. A arma jamais deverá ser apontada em direção que não ofereça segurança quanto a um disparo acidental;
4. Trate a arma de fogo como se ela estivesse permanentemente carregada;
5. Antes de utilizar uma arma, obtenha informações sobre como manuseá-la com um instrutor competente;
6. Mantenha seu dedo longe do gatilho até que você e esteja realmente apontando para o alvo e pronto para o disparo;
7. Ao sacar ou coldrear uma arma, faça-o sempre com o dedo fora do gatilho;
8. Certifique-se de que a arma esteja descarregada antes de qualquer limpeza;
9. Nunca deixe uma arma de forma descuidada;
10. Guarde armas e munições separadamente e em locais fora do alcance de crianças;
11. Evite testar sistematicamente as travas de segurança da arma após acionálas;
12. As travas de segurança da arma são apenas dispositivos mecânicos e não substitutos do bom senso;
13. Certifique-se de que o alvo e a zona que o circunda sejam capazes de receber os impactos de disparos com a máxima segurança;
14. Nunca atire em superfícies planas e duras ou em água, porque os projéteis podem ricochetear.
15. Nunca puxe uma arma em sua direção, pelo cano;
16. Carregue e descarregue a arma com o cano apontado para uma direção segura;
17. Caso a arma “negue fogo”, mantenha-a apontada para o alvo por alguns segundos. Em alguns casos, pode haver um retardamento de ignição do cartucho;
18. Sempre que entregar uma arma a alguém, entregue-a descarregada;
19. Sempre que pegar uma arma, verifique se ela está realmente descarregada;
20. Verifique se a munição corresponde ao tamanho e ao calibre da arma;
21. Quando a arma estiver fora do coldre e empunhada para o tiro, esteja absolutamente seguro de que não a está apontando para qualquer parte de eu corpo ou de outras pessoas ao seu redor;
22. Armas de fogo desprendem lateralmente gases e alguns resíduos de chumbo na folga existente entre o cano e o tambor. Quando estiver atirando, mantenha as mãos livres dessas zonas e as pessoas afastadas;
23. Tome cuidado com possíveis obstruções do cano da arma quando estiver atirando. Caso perceba algo de anormal com o recuo ou o som da detonação, interrompa imediatamente os disparos; verifique cuidadosamente a existência de obstruções no cano; um projétil ou qualquer outro objeto deve ser imediatamente removido, mesmo em se tratando de lama, terra, excessiva quantidade de graxa, etc., a fim de evitar danificações à arma;
24. Sempre trate a arma como instrumento de precisão, o que ele realmente é;
25. Não tente modificar a tensão do acionamento da arma sem a ajuda de um armeiro qualificado, uma vez que isso afeta o engajamento da armadilha e do cão, facilitando o disparo acidental;
26. Não faça uso de álcool ou qualquer tipo de drogas quando estiver portando arma;
27. Nunca transporte uma arma no bolso ou no cós da calça. Use a embalagem apropriada ou o respectivo coldre com fecho de segurança;
28. A arma deve ser transportada no coldre, salvo quando houver a consciente necessidade de utilizá-la;
29. Munição velha ou recarregada pode ser perigosa e seu uso não é recomendável;
30. Jamais transporte ou coldreie sua arma com o cão armado;
31. Utilize óculos protetores e abafadores de ruídos quando estiver praticando tiro real.
4. CONDUTA NO ESTANDE
1. Obedeça sempre ao comando do instrutor avaliador, fazendo aquilo que for ordenado;
2. Os deslocamentos do candidato no estande deverão ser feitos com a arma desmuniciada no respectivo coldre ou na embalagem apropriada à mesma até o início da prova;
3. Todo procedimento de carregar, sacar, descarregar, inspecionar e colocar a arma no coldre deverá ser feito com o cano apontado para o alvo e para o chão no ângulo de 45º;
4. O silêncio é fator preponderante para segurança e deverá ser observado rigorosamente na linha de tiro;
5. Em caso de incidente com a arma, o permaneça com a arma apontada em direção ao alvo e levante o braço oposto para que o instrutor avaliador possa atendê-lo;
6. No caso de haver mais de um candidato realizando a prova ao mesmo tempo, mantenha sempre o alinhamento com os outros atiradores, não se situando avançado nem recuado em relação aos demais.
5. DEMONSTRAÇÃO, EM ESTANDE, DO USO CORRETO DE ARMA DE FOGO CURTAS
1. O ALVO: Deverá ser silhueta humanóide, padrão DPF/ANP (em anexo), com pontuação de 05 (cinco) pontos no garrafão, 04 (quatro) pontos na área próxima do garrafão, demarcada no alvo, três pontos no braço direito e 02 (dois) no braço esquerdo;
2. DISTÂNCIA DO ATIRADOR AO ALVO: 7 (sete) metros;
3. QUANTIDADE DE TIROS: Duas séries de (5) cinco tiros;
4. TEMPO DE DURAÇÃO: Trinta (30) segundos para cada série;
5. SISTEMA DE ACIONAMENTO:
a) Para revólver – ação dupla.
b) Para pistola – O primeiro em ação dupla e os demais em ação simples, ou de acordo com a sua especificidade (IMBEL ação simples).
6. DA MUNIÇÃO: Nova (não será permitido o uso de munição recarregada);
7. DA APROVAÇÃO: Será aprovado o candidato que obtiver, no mínimo, 60% da pontuação máxima do alvo, ou seja 30 (trinta) pontos do total dos 50 (cinqüenta) pontos possíveis;
8. DA REPROVAÇÃO: O candidato dará ciência de sua reprovação em campo próprio do formulário de aferição de habilidade em tiro real.
OBSERVAÇÕES:
a) O candidato iniciará a prova na posição de retenção. As armas que contenham travas de segurança deverão ficar travadas até que seja dado o comando de início da prova pelo policial avaliador;
b) Caso o candidato venha a infringir as normas de segurança e/ou conduta no estande de tiro, a critério do avaliador responsável, dada a gravidade do fato, o candidato poderá ser reprovado no exame, devendo ser
observado o item 8 acima.
7. SÃO CONSIDERADAS ARMAS DE USO PERMITIDO, CONFORME LEGISLAÇÃO EM VIGOR:
1. Armas de fogo curtas, de repetição ou semi-automáticas, cuja munição comum tenha, na saída de cano, energia de até trezentas libras-pé ou quatrocentos e sete joules e suas munições, como por exemplo os calibres: 22 LR, 25 AUTO, 32 AUTO, 32 S&W, 38 SPL e 380 auto.
2. Armas de fogo longas raiadas, de repetição ou semi-automáticas, cuja munição comum tenha, na saída de cano energia de até mil libras-pé ou mil trezentos e cinqüenta e cinco joules e suas munições, como por exemplo os calibres: 22 LR, 32-22, 38-40 e 44-40;
3. Armas de fogo de alma lisa, de repetição ou semi-automática, calibre 12 ou inferior, com comprimento de cano igual ou maior do que 24 polegadas ou seiscentos e de milímetros e suas munições de uso permitido;
4. Armas de pressão por ação de gás comprimido ou por ação de mola, com calibre igual ou inferior a 6 milímetros e suas munições de uso permitido;
5. Armas que tenham por finalidade dar partida em competições desportivas, que utilizem cartuchos contendo exclusivamente pólvora.
8. PROVA ORAL
O comprovante de capacitação técnica deverá atestar, necessariamente, que o pretendente demonstrou ter conhecimento da conceituação e normas de segurança pertinentes à arma de fogo e conhecimento básico dos componentes e partes da arma de fogo.
Questões a serem respondidas:
- Conceituação (1);
- Nomenclatura externa e componentes da arma (4);
- Regras de segurança (4);
- Conduta no estande (1).
Perfazem 10 (dez) questões que deverão ter acerto de no mínimo 60% de
acertos (6 no total de 10).

ARMAS VINCULADAS AO CR DE COLECIONADORES E ATIRADORES NÃO PODEM SER UTILIZADAS COMO ARMAS DE PORTE. SENDO ASSIM, NÃO É PERMITIDA A EMISSÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA PORTE DAS MESMAS.

Funcionamento do Revólver Calibre 38


Originalmente publicado: SEGUNDA-FEIRA, 1 DE AGOSTO DE 2011


Como funciona o revólver?
por Fernando Tió Neto
O princípio básico não tem segredo: quando alguém puxa o gatilho, entra em cena um sistema de alavancas e molas para fazer a pólvora da bala explodir. Impulsionada por esse estouro, a bala sai do cano a quase 700 km/h, causando muito estrago no alvo. Dá para dizer que a invenção do revólver foi um dos mais antigos processos de miniaturização. Afinal, a base de qualquer revólver é a mesma que a dos antigos canhões, em que uma bola de ferro era arremessada com a explosão da pólvora dentro de um tubo. Os primeiros revólveres eram realmente pequenos canhões - inclusive com o problema de ter de se recarregar a pólvora e a bala de metal a cada disparo. Para acabar com esse perrengue, o americano Samuel Colt, então com apenas 21 anos, patenteou em 1835 um novo tipo de arma com tambor - uma peça cilíndrica que armazena as balas e gira a cada disparo, deixando a arma pronta para o tiro seguinte. Surgia o revólver moderno. No final do século 19, a invenção evoluiu e deu origem a modelos mais práticos, as pistolas. Mais precisas e sensíveis, as pistolas disparam de sete a 20 tiros sem precisar de recarga - em vez do tambor, elas usam um pente, em que as balas ficam alinhadas umas sobre as outras. Abaixo, montamos uma galeria com os revólveres e as pistolas mais conhecidas do mundo.
Click, clack, bum!Explosão da pólvora lança a bala a quase 700 km/h

1.          O funcionamento do revólver é todo mecânico. O disparo de cada tiro depende de um sistema de alavancas e molas que interliga e muda a posição de três peças essenciais: o gatilho, omartelo ou cão, e o tambor. O primeiro passo, você sabe, é apertar o gatilho

2.          Quando alguém puxa o gatilho, duas alavancas são acionadas: a primeira, na parte de trás da peça, empurra o martelo (cão) do revólver para trás. A segunda, na parte de cima, faz girar o tambor que guarda as balas, deixando uma delas na posição de disparo


3.          Depois que uma das alavancas empurrou o martelo para trás, uma mola (mola real) na parte de baixo da peça faz o movimento inverso, jogando o martelo novamente para a frente — desta vez com grande velocidade —, em direção ao tambor

4.          No final do movimento, a parte mais pontuda do martelo bate em outra peça, chamada de agulha (percutor ou percursor). A agulha, por sua vez, aproveita o impulso e choca-se com o fundo da bala (projétil ou projetil), chamada espoleta . Esse impacto na espoleta faz a pólvora dentro da bala explodir, empurrando o projétil


5.          No cano, o gás da explosão da pólvora segue impulsionando a bala (muniçao) e faz o tiro ganhar velocidade. Ranhuras internas em forma de espiral fazem a bala sair girando, reduzindo o atrito com o ar e aumentando ainda mais a velocidade do disparo

6.      Um revólver 38 — que você vê aqui em tamanho real — lança balas a 650 km/h. Se acertarem um homem, elas podem perfurar tecidos e até quebrar ossos. Quanto maior o calibre (diâmetro) da bala e a velocidade do tiro, mais graves os ferimentos




Quinteto matador
Revólveres (e pistolas) do século 19 ainda estão entre os mais vendidos

PISTOLA - GLOCK 380
FABRICANTE - Glock
LANÇADA EM - 1979
A 380 é a versão pistola do calibre 38. Outro modelo dessa arma é a PT (Pistola Taurus) 380. Compacta, mede 17 centímetros — pela forma, ganhou o apelido de "quadrada", sendo fácil de esconder em roupas folgadas. Pesa 680 gramas, pouco para um pistola

REVÓLVER - MAGNUM 44
FABRICANTE - Smith & Wesson
LANÇADO EM - 1956
Imortalizado em Hollywood nos filmes de Dirty Harry, o revólver Magnum 44 é pesado — tem 1,2 quilo — e possui cano mais longo que outras armas (até 29 centímetros), aumentando a precisão e a potência do tiro

PISTOLA - 9 MM
FABRICANTE - John Browning
LANÇADA EM - 1923
Outra versão em pistola do calibre 38. Usada pelos nazistas na Segunda Guerra, é uma das preferidas da polícia paulista. É mais pesada que um 38 — tem 900 gramas, em média —, mas seu disparo potente destroça uma melancia. Imagine os danos ao corpo humano

REVÓLVER - 450
FABRICANTE - Colt
LANÇADO EM - 1873
Esse revólver com calibre de 0,45 polegadas foi projetado a pedido do governo dos Estados Unidos para a invasão das Filipinas, no fim do século 19. Como os filipinos seguiam lutando mesmo depois de atingidos pelo calibre 38, os americanos pediram uma arma mais potente

REVÓLVER - CALIBRE 38 (TAURUS)
FABRICANTE - Colt
LANÇADO EM - 1873
Criado pela Colt, mas produzido por diversas companhias, o 38 é líder de vendas no Brasil. Apelidado de "três-oitão", seu calibre (diâmetro interior do cano) equivale a 0,38 polegadas ou, aproximadamente, 9 milímetros. A arma não possui muita massa (não é muito pesada) , chegando a 650 gramas

Manda bala!Projétil tem cinco partes principais
CÁPSULA
É onde a pólvora explode
BALA METÁLICA
Parte disparada pelo revólver
PÓLVORA
Combustível do tiro
DETONADOR (Espoleta)
Parte onde a agulha bate para explodir a pólvora
BASE
Fundo da bala. Indica o fabricante e o calibre

A falácia da extinção da Polícia Militar



Quem se inicia na leitura de Filosofia logo é orientado a detectar uma falácia quando estiver diante de uma: raciocínios que, embora pareçam válidos, possuem inconsistências lógicas entre premissas e conclusão, tornando-a falsa. Um tipo comum de falácia é a conhecida como “non causa pro causa“, ou, em bom português, falácia da falsa causa. Diz o estudioso de lógica Irving Copi: “a fálacia da falsa causa indica o erro de tomar como causa de um efeito algo que não é sua causa real”. Para Copi, “o mero fato de coincidência ou sucessão temporal não basta para estabelecer qualquer relação causal”.
Invocamos esta peculiaridade lógica em virtude da última moda entre nossos intelectuais de esquerdapedir o fim das polícias militares brasileiras. Para eles, a natureza militar das corporações que realizam policiamento ostensivo no Brasil (nossas PM’s) é fator causal dos abusos aos Direitos Humanos cometidos por policiais. No Brasil em que vivem nossos pensadores, policiais civis não torturam ou matam presos, guardas municipais nãoagridem jovens, agentes penitenciários não cometem abusos.
Naturalmente, não se pode reduzir o problema a uma defesa corporativista, o que parece ser a intenção de muitos desses defensores de uma “desmilitarização” das PM’s. Ao contrário, estamos sugerindo uma ampliação do foco, que vai além do ressentimento ideológico de alguns. Mesmo porque, os maiores interessados na mudança do atual modelo de polícia são os próprios policiais, que já não compreendem muito bem certas normas e regulamentosque, embora tenham alguma utilidade nas Forças Armadas, são contraproducentes e inadequados à realidade das Polícias Militares.
O professor Vladimir Safatle afirmou recentemente em artigo à Folha de São Paulo o seguinte:
No resto do mundo, uma polícia militar é, normalmente, a corporação que exerce a função de polícia no interior das Forças Armadas. Nesse sentido, seu espaço de ação costuma restringir-se às instalações militares, aos prédios públicos e aos seus membros.
Apenas em situações de guerra e exceção, a Polícia Militar pode ampliar o escopo de sua atuação para fora dos quartéis e da segurança de prédios públicos.
No Brasil, principalmente depois da ditadura militar, a Polícia Militar paulatinamente consolidou sua posição de responsável pela completa extensão do policiamento urbano. Com isso, as portas estavam abertas para impor, à política de segurança interna, uma lógica militar.
Talvez por não ter se dado ao trabalho de fazer as contas, deixou de ver que na maior parte do mundo civilizado, onde os índices de homicídio possuem níveis toleráveis, as polícias possuem tradição militar: estética e simbólica. Sem falar que o Brasil ainda possui suas polícias militares federais – a Polícia do Exército é um exemplo.
Não há dúvida que as polícias militares estaduais precisam de reformas: é preciso caminhar em direção à desvinculação das Forças Armadas, ao ciclo completo, entre outros tantos fatores. Porém, precisamos indagar simultaneamente o quanto o termo “militar”, com suas implicações estéticas e simbólicas, é associado a certa nostalgia por alguns dos nossos pensadores. Se não refletirmos sobre isto, talvez confundamos o ressentimento contra algumas instituições com algumas práticas que repudiamos, presentes em várias instâncias do Estado brasileiro. Uma coisa é pôr fim em nosso ímpeto ideológico, outra é diminuir abusos de agentes públicos contra os Direitos Humanos.

PS: Este post é ilustrado por uma foto da Gendarmerie, Polícia Militar francesa.



Autor:  - Tenente da Polícia Militar da Bahia, associado ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública e graduando em Filosofia pela UEFS-BA. | Contato: abordagempolicial@gmail.com

COMBATE VELADO | SAQUE VELADO | LADO R FT ANDRADE COMBAT | PARTE 1-25

Veja:  https://papamikejanildo.blogspot.com/2022/07/combate-velado-saque-velado-lado-r-ft.html https://papamikejanildo.blogspot.com/