quinta-feira, 25 de julho de 2013

Jardineiro que matou mãe e filha pode ser sentenciado ainda hoje

Desde o início da manhã desta quinta-feira (25) acontece na 2ª Vara Criminal de Parnamirim o julgamento do jardineiro João Batista Caetano Alves, acusado de assassinar mãe e filha dentro de casa em Nova Parnamirim. O crime aconteceu no dia 7 de maio de 2012 e na época o acusado assumiu o crime. A audiência de instrução está sendo realizada pelo juiz Ricardo Cabral, que decidirá a sentença do acusado a partir de depoimentos e provas contidas em processo. 
Adriano Abreu
O jardineiro João Batista Caetano Alves é assassino confesso de Olga Cruz e Tatiana CristinaO jardineiro João Batista Caetano Alves é assassino confesso de Olga Cruz e Tatiana Cristina

A secretaria do Fórum de Parnamirim confirmou o pedido de reforço ao 3º Batalhão da Polícia Militar, já que o crime causou grande comoção popular. No entanto, ao contrário do que se especulou, os acusados não irão a Juri Popular, por se tratar de um crime, a princípio, de latrocínio - o roubo seguido de morte.

O caso

O jardineiro João Batista Caetano Alves confessou a autoria dos assassinatos de Olga Cruz de Oliveira Lima e Tatiana Cristina Cruz de Oliveira Lima. Ele foi preso pela Polícia Civil em São Gonçalo do Amarante no dia 16 de maio de 2012. Na residência onde estava, foram localizados os diversos objetos e equipamentos levados da residência 464, da rua Antônio Lopes Chaves, em Nova Parnamirim.


A investigação apontou, e João Batista corroborou, que a execução dos crimes contaram com o auxílio da sua companheira Marlene Eugênio Gomes. Ódio e desejo de roubar motivaram os assassinatos registrados com marcas de tortura e crueldade. 

Tatiana foi amarrada e torturada para que cedesse a senha da conta bancária à dupla criminosa. A filha de Tatiana, de 10 anos de idade, que assistia a tudo, foi alvo de ameaças para que a mãe repassasse as informações. O casal realizou um verdadeiro arrastão na casa após a morte das mulheres: som, televisor, liquidificador, micro-ondas, joias e outros equipamentos foram levados no carro das vítimas. 

Cronologia do crime

12h do dia 7 de maio - Olga Cruz e João Batista iniciam uma discussão. Ele reclama de ser menosprezado e que Olga o acusava de pequenos roubos. Durante a discussão, Olga teria arranhado seu pescoço, o que motivou a fúria do jardineiro. Ele pegou uma faca na cozinha da residência e passou a atacar a mulher. Foram contabilizadas pelo Instituto Técnico-científico de Polícia (Itep) que foram desferidas mais de 50 facadas.

12h30 - João Batista, assustado com as consequências do crime, chama a companheira para lhe ajudar. Marlene Eugênio Gomes chega à residência, acompanhada do seu filho de 13 anos, enteado do jardineiro. O corpo de Olga é levado da cozinha para a despensa. O jardineiro, sua mulher e o adolescente passam a aguardar Tatiana Cruz, filha de Olga, que chegaria em instantes.

13h30 - Tatiana Cruz chega de carro na residência de número 464, na rua Antônio Lopes Chaves, acompanhada da filha de 10 anos de idade. Pergunta por Olga e acha estranho a resposta dada pelo jardineiro e seus parentes. A partir daí, é abordada, rendida e alvo de violência.

14h - Tem início a sessão de tortura. Marlene rende a criança e a utiliza como instrumento de ameaça para a colaboração da sua mãe Tatiana, que não esboça reação no sentido de chamar atenção da vizinhança. É amarrada a uma cadeira no quarto e amordaçada. Sofre facadas e pancadas. O casal de criminosos quer que ela revele a senha da conta bancária.

14h30 - Pressionada pela filha, Tatiana anota a conta e a senha do Banco do Brasil para que os criminosos sacassem o dinheiro. O casal rouba equipamentos como computador, som, televisão e joias e os colocam no carro das vítimas.

15h - No momento de deixar a casa, João relatou que ouviu Tatiana pedir socorro. Foi então quando a atingiu fatalmente. Ele disse que não poderia deixar testemunha e sufocou a filha de Tatiana, uma criança de 10 anos, com um travesseiro. Pensou que ela havia morrido e fugiu.

17h - A menina acorda, sai da casa e é encontrada por vizinhos. Machucada, a criança é levada para atendimento no Hospital Walfredo Gurgel. Moradores acham estranho a mãe não estar em casa, mas não conseguem encontrá-la.

9h do dia 8 de maio - Vizinhos entram na casa para pegar roupas para a criança e se deparam com os corpos. A Polícia Militar é acionada e constata a ocorrência. Itep e Polícia Civil comparecem ao local para dar início às investigações do caso.


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