quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Após o caso Donadon, deputados aprovam fim do voto secreto


PROPOSTA FOI APROVADA POR UNANIMIDADE E SEGUE AGORA PARA O SENADO

Folhapress

Numa resposta politicamente calculada ao dano de imagem gerado pela manutenção do mandato do deputado Natan Donadon, a Câmara aprovou na noite de hoje o fim completo do voto secreto no Congresso.

A proposta estava engavetada havia sete anos, depois de ter sido aprovada em primeiro turno em setembro de 2006.

O sigilo do voto é visto, pelos próprios parlamentares, como causa do resultado favorável a Natan Donadon, preso desde junho, condenado por desvio de dinheiro público.

A decisão, que também se aplica a assembleias legislativas e câmaras municipais, atinge votações de cassações de mandatos e análises de vetos presidenciais, entre outros pontos hoje votados de forma sigilosa.

A votação em plenário contou com folgada maioria após acordo de líderes pela aprovação do texto. Foram 452 votos a favor. Entre eles, o do deputado Pedro Henry (PP-MT), condenado no processo do mensalão e que poderá passar por processo de cassação na Casa. Os demais deputados condenados no escândalo, João Paulo Cunha (PT-SP), José Genoíno (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP), não votaram. Genoíno está em licença médica.

A proposta, contudo, ainda terá de passar pelo Senado antes de entrar em vigor.

No entanto, o efeito pode ser exatamente o contrário do declarado pelos deputados, em dois fatores: velocidade e conteúdo.

A proposta aprovada hoje é a PEC 349, apresentada em 2001 pelo ex-deputado Luiz Antônio Fleury (PTB-SP).

Desde 2006, aguardava ser pautada pela presidência da Câmara para ser votada em segundo turno. Com a falta de consenso sobre o tema, a proposta foi abandonada. Somente hoje, sua "ressurreição" foi discutida politicamente na Câmara. A decisão de colocá-la em votação foi anunciada pela manhã pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e ratificada pelos líderes partidários no início da tarde.

Com a aprovação, a PEC vai para o Senado, onde terá de tramitar por cerca de dois meses até poder ser ratificada pelos senadores e promulgada - isso num cenário de pleno acordo e vontade política.

No entanto, há uma outra proposta, a PEC 196, que também acaba com o voto secreto, mas apenas para cassações de mandatos. Sua vantagem é que ela já foi aprovada no Senado e agora tramita numa numa comissão especial da Câmara. Segundo o próprio presidente da Câmara, poderia ir a plenário em duas semanas, sendo definitivamente aprovada até o início de outubro.

Quem desenha o cenário provável diante da aprovação da PEC 349 é o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ).

"Se eu já votei voto aberto para tudo, eu não vou votar uma segunda. É redundante. É contraditório. Eu disse isso na reunião de líderes: essa parte eu não aceito", afirmou Cunha. "A gente pode até tentar votar [a PEC 196], mas vai ficar um discurso vencido aqui na Câmara."

A ponderação de Cunha vai contra o caminho declarado por Henrique Alves, que defende ação "em duas frentes".

A aprovação da PEC 349, portanto, pode significar o enterro político da outra proposta, fazendo com que a decisão sobre o fim do voto secreto fique com o Senado.

Outro problema é que a aprovação na Câmara não impede que o Senado modifique o texto. Assim, depois de uma tramitação mais lenta, os senadores poderão tirar o voto aberto para casos como a análise de vetos presidenciais, por exemplo.

Henrique Eduardo Alves diz que irá conversar com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que o texto seja mantido.

No entanto, líderes partidários, da base e da oposição, têm discurso semelhante: o Senado tem seu ritmo.

"A Câmara está fazendo sua parte. Ponto", disse Eduardo Cunha.

O líder do PT, José Guimarães (CE), vai na mesma linha: "O que o Senado fará depende dos entendimentos."

Carlos Sampaio (SP), líder do PSDB, disse que "o Senado tem seu tempo de apreciação".




Por medida de segurança, desfile cívico será reduzido



O tradicional desfile da Independência do Brasil vai ocorrer na manhã deste sábado (7), a partir das 8h30, na praça Pedro Velho (Praça Cívica), em Natal, de forma reduzida, por medida de segurança diante dos protestos que se anunciam. A solenidade que marca o dia da Pátria está sendo organizada pela Força Aérea Brasileira (FAB). A expectativa da organização é de que 15 mil expectadores acompanhem o desfile. 

Segundo o tenente Andrews, do setor de Comunicação da FAB, a preocupação com a segurança está norteando a organização do evento. Será da aeronáutica a responsabilidade pela segurança do palanque das autoridades bem como, dos militares e civis que desfilarão. O tenente informou ainda que houve redução no número de militares participantes diretamente no evento por conta das possíveis manifestações. 

Para garantir a segurança no entorno da praça cívica, o comandante da Polícia Militar, coronel Francisco Araújo, garantiu que haverá reforços no policiamento antes, durante e após o desfile. Apesar do reforço, o comandante acredita que não haverá confronto. 

O cortejo será aberto pela Marinha do Brasil seguido pelo Exército Brasileiro, FAB, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. As escolas estaduais não vão participar do desfile. A Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEEC) cancelou, por medida de segurança, a participação de 15 escolas, porém, estão sendo aguardadas oito escolas municipais. Os protestos estão marcados para acontecer no mesmo horário do desfile cívico-militar. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL) irá informar nos próximos dias os horários diferenciados de funcionamento do comércio.




COMBATE VELADO | SAQUE VELADO | LADO R FT ANDRADE COMBAT | PARTE 1-25

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