terça-feira, 20 de agosto de 2013

Modos de organização de composição textual

Modos de organização de composição textual

   Tudo o que se escreve recebe o nome genérico de redação (ou composição). Existem três tipos de redação descrição, narração e dissertação. É importante que você consiga perceber a diferença entre elas. Leia com atenção as seguintes definições:
Descrição: é o tipo de redação na qual se apresentam as características que compõem um determinado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem.
Narração: é a modalidade de redação na qual contamos um ou mais fatos que ocorrem em determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens.
Dissertação: é o tipo de composição na qual expomos idéias gerais, seguidas da apresentação de argumentos que as comprovem.

Observe esses exemplos das modalidades acima:


Descrição: Sua estatura era alta e seu corpo, esbelto. A pele morena refletia o sol dos trópicos. Os olhos negros e amendoados a luz interior de sua alegria de viver e jovialidade. Os traços bem desenhados compunham uma fisionomia calma, que mais parecia uma pintura.
Narração: Em uma noite chuvosa do mês de agosto, Paulo e o irmão caminhavam pela rua mal-iluminada que conduzia à sua residência. Subitamente foram abordados por um homem estranho. Pararam, atemorizados, e tentaram saber o que o homem queria, receosos de que se tratasse de um assalto. Era, entretanto, somente um bêbado que tentava encontrar, com dificuldade, o caminho de sua casa.
Dissertação: Tem havido muitos debates sobre a eficiência do sistema educacional brasileiro. Argumentam alguns que ele deve ter por objetivo despertar no estudante a capacidade de absorver informações dos mais diferentes tipos e relacioná-las com a realidade circundante. Um sistema de ensino voltado para a compreensão dos problemas sócio-econômicos, e que, despertasse no aluno, a curiosidade científica seria desejável.

Tipos de narrador
    Conforme definimos anteriormente, narrar é contar um ou mais fatos que ocorrem com determinados personagens, em local e tempo definidos. Em outras palavras, é contar uma história, que pode ser real ou imaginária.
    Quando você vai redigir uma história, a primeira decisão que deve tomar é se você vai ou não fazer parte da narrativa. Tanto é possível contar uma história que ocorreu com outras pessoas, quanto narrar fatos acontecidos com você. Essa decisão determinará o tipo de narrador a ser utilizado em sua composição. Este pode ser, basicamente, de dois tipos:
1º - Narrador em 1ª pessoa: é aquele que participa da ação, ou seja, que se inclui na narrativa. Trata-se do narrador personagem.  Veja o exemplo a seguir.

    Estava andando pela rua quando de repente tropecei em um pacote embrulhado em jornais. Peguei-o vagarosamente, abri e vi, surpreso, que lá havia uma grande quantidade em dinheiro.

    Em textos que apresentam o narrador em 1ª pessoa, ele não precisa ser, necessariamente, o personagem principal; pode ser somente alguém que, estando no local dos acontecimentos, presenciou-os. Veja:
  
    Estava parado no ponto de ônibus, quando vi, a meu lado, um rapaz que caminhava lentamente pela rua. Ele tropeçou em um pacote embrulhado em jornais. Observei que ele o pegou com todo o cuidado, abriu e viu, surpreso, que lá havia uma grande quantia em dinheiro.

2º - Narrador em terceira pessoa: é aquele que não participa da ação, ou seja, não se inclui na narrativa. Temos então o narrador observador. Veja o exemplo abaixo.
  
    João estava andando pela rua quando de repente tropeçou em um pacote embrulhado em jornais. Pegou-o  vagarosamente, abriu e viu surpreso, que lá havia uma grande quantia em dinheiro.

 GRANATIC. Branca, Técnica Básica de Redação,
2ª edição, São Paulo, Scipione, 1995.


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