domingo, 11 de janeiro de 2015

Dispensações e alianças (II)


1.                      DISPENSAÇÃO DA INOCÊNCIA


ALIANÇA EDÊNICA

Em Gn l .28, começa a "Primeira Dispensação". Uma Dispensação é um período de tempo em que o homem é provado com respeito à sua obediência e alguma revelação específica da vontade divina.
Sete de tais dispensações podem ser discernidas. A primeira foi a da inocência (Gn 1.28 – 3.6). O homem foi colocado em um ambiente perfeito, sujeito a uma lei simples e advertido das conseqüências da desobediência. A mulher caiu pelo orgulho; o homem deliberadamente ( Ef l. 10; I Tm 2.14). Deus restaurou as suas criaturas pecaminosas, mas a Dispensação da inocência terminou com o julgamento e a expulsão do casal, Gn 3.24. Nesta Dispensação o homem tinha uma perfeita comunhão com Deus, pois notamos que o Senhor andava no jardim na viração do dia, Gn 3.8.0 homem foi dotado de inteligência perfeita e capacidade para poder administrar o mundo. Foi-lhe dado o direito de dar os nomes aos animais, orientado por uma intuição dos propósitos divinos a seu respeito.
O homem possuía por intuição, e não por um processo didático, uma perfeição física, mental e moral. A mulher foi feita não da cabeça do homem, para não governá-lo; nem de seus pés, para não ser pisoteada por ele; mas de seu lado, para ser amparada; e de perto do coração, para ser amada.
Em Gn l .28, temos também a primeira das oito grandes Alianças da Bíblia - A Edênica, que determina a vida e a salvação do homem.
 Esta aliança tem seis elementos, onde o homem e a mulher haviam de:
1. Encher a Terra de uma nova ordem - a humana;
2. Subjugar a Terra, para o proveito humano;
3. Ter domínio sobre a criação animal;
4. Zelar do jardim;
5. Comer ervas e frutas;
6. Abster-se de comer da árvore da ciência do bem e do mal.
A penalidade pela desobediência desta última ordenação era a morte.
O Elemento Estranho
Satanás, cujo único desejo era introduzir confusão no ambiente de paz. O ardil usado foi a "Dúvida" que conseguiu introduzir na mente da mulher, por meio de insinuação muito disfarçada.
Em Gn 2.16,17: Deus disse: "... mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela mo comerás". O homem, com seu livre-arbítrio, estava sendo testado.

Verifique os passos que o homem deu para sua queda:
l°)ver;
2°) cobiçar;
3°) tomar;
4°) esconder;
5°) transmitir;
6°) morrer.

As Conseqüências da Queda do Homem
1°) Conhecimento do mal;
2°) A perda da comunhão com Deus;
3°) Separou-se de Cristo;
4°) O espírito do homem ficou em estado de morte;
5°) A perversão da natureza moral;
6°) Tornou-se escravo do pecado e de Satanás, e
7°) Perdeu muito de sua inteligência (além de outros resultados
funestos).
As três conseqüências más sobre a mulher, uma maldição tríplice:
1°) A concepção multiplicada;
2°) O aumento de dores durante a maternidade, e 3°) Sujeição ao domínio do homem.
Vedado o Caminho da Árvore da Vida, Gn 3.24.
Foi por misericórdia que Deus expulsou Adão e Eva do Jardim e proibiu a sua aproximação da árvore da vida, pois se tivessem comido dessa árvore amargariam uma existência eterna, no triste estado em que se encontravam. Era preferível estarem sujeitos a morte física, pois a mesma serve para conduzir o homem a Cristo.
Em Gn 3.15, encontramos a Primeira Promessa do Redentor.

2. DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA, Gn 3. L
A segunda Dispensação da Consciência. Pela sua desobediência, o homem chegou a ter um conhecimento pessoal e experimental do bem e do mal – “do bem” como a obediência e “do mal” como a desobediência à conhecida vontade de Deus.
Mediante esse conhecimento, a sua consciência acordou. Expelido de Éden, e posto sob a segunda Aliança, a Adâmica, o homem era responsável para fazer todo o bem que conhecia abster-se de todo o conhecimento do mal, e aproximar-se de Deus mediante o sacrifício.
Havendo perdido a filiação de Deus e estando separado daquela vida que vem do Criador, e tendo recebido em seu ser o veneno do pecado, estando sujeito a Satanás, o homem partiu do Éden em condições bem diferentes das anteriores. Agora o mundo esta sob a maldição.
Esta dispensação durou cerca de 1656 anos, abrangendo o período desde a queda do homem até o Dilúvio. (Scofield[1])
Aliança Adâmica (Não deixe de Ver este estudo Aliança)

Enquanto a Primeira Dispensação não teve uma duração muito certa, a Segunda Dispensação, de "Adão ao Dilúvio", teve uma duração de 1656 anos, ^ quando deu-se a Tentação e a queda do homem até Gn 2.
Temos visto muitas coisas boas; porém em Gn 3, a cena muda e o mal aparece. O tentador, com o aspecto de uma serpente, tenta a mulher e ela comete o pecado da desobediência, acompanhando-a Adão. Se a serpente era simplesmente influenciada pelo maligno ou se era uma positiva materialização dele, não sabemos;
Não resta dúvida porém que Satanás foi a causa original da tentação, Ap 12.9; 20.2. Ao menos, é evidente que a serpente foi possuída por Satanás e chegou a ser identificada com ele e o mesmo falou por ela, Gn 3.1,4: "...Diz que a Serpente falou". \
Por que Deus fez o homem com a capacidade de pecar? Podia haver criatura moral sem capacidade de escolher? A Liberdade é um dom de Deus ao homem: liberdade de pensar, liberdade de escolher, liberdade de consciência e sendo assim, ainda usa essa liberdade para rejeitar e desobedecer a seu Deus. j
Deus não sabia que o homem haveria de pecar? Sim. E Ele previu as terríveis conseqüências disso, e também previu seu resultado final. Sofremos e tomamos a sofrer, e indagamos sem atinarmos porque Deus fez o mundo assim, um dia, porém, depois tudo tiver chegado à plena realização, nosso sofrimento acabará } e todos enigmas se deslizarão, 

E assim, desobedecendo, pecaram e trocaram sua inocência por uma consciência acusadora; sua ignorância por um conhecimento do bem que tinham desprezado e do mal que não podiam remediar. Tinham agora seus olhos abertos para descobrir o que teria sido mais feliz ignorar; e, impelidos por um sentimento de vergonha, trabalharam (inutilmente) para cobrir a sua nudez.
Notamos que Adão e Eva podiam estar tranqüilos com os aventais de folhas que fizeram, enquanto lhes parecia que Deus estava longe. Mas, em vindo o Senhor, logo se esconderam, sentindo-se, aos olhos divinos, descobertos e envergonhados.
Temos no pecado de Eva, os seguintes resultados:

a) A Concupiscência do Comer: "...boa para comer";
b) A Concupiscência dos Olhos: "...agradável aos olhos", e
c) A Soberba da Vida: "...desejável para entendimento ".
Notamos que a primeira conseqüência do pecado foi a vergonha que eles tiveram, ao encontrar-se com Deus, ao ponto de "fazerem aventais", Gn 3.7. O Todo Poderoso então fez túnicas de pele de animal, para vesti-los, Gn 3.21.

Aliança Adâmica
A Aliança Adâmica determina a vida do homem decaído, e marca condições que prevalecerão até a época do reino eterno.
"A própria criatura será liberada do cativeiro da correção para a Uberdade da glória dos filhos de Deus '\ Rm 8.21.

Os Elementos da Aliança Adâmica, são os seguintes:

1°)A Serpente, instrumento de Satanás, amaldiçoada;
2°) A primeira promessa de um redentor, Gn 3.15;
3°) A condição da Mulher mudada em três sentidos, Gn 3.16: concepção multiplicada; maternidade ligada com sofrimento; sujeição ao homem, Gn 1.26,27.
4°) A Terra Amaldiçoada por causa do homem, Gn 3.17;
5°) O inevitável cansaço da vida, Gn 3.17;
6°) O leve trabalho do Éden, Gn 2.15; mudado para o serviço laborioso, Gn 3.18,19,e
7°) A morte física, Gn 3.19; Rm 5.12,2; para a Morte Espiritual (veja-se Gn. 2.17; Ef. 2.5 Scofield).
"Deus dá uma demonstração que sua atitude para com o Homem é sempre com o intuito de fazê-lo compreender sua pequenez e dependência, mas jamais deixa de prover".

Aqui, duas Ofertas Diferentes:

1a) Abel oferece sangue. Ele mostrou penitência e desejo de aproximar-se de Deus. O sacrifício foi feito pela Fé nos atributos que ele via em Deus, I Jo 3.12. Devemos observar que havia uma grande diferença na conduta de Caim e Abel, que era um homem de fé e obediente ao Senhor, Gn 4.4; Hb 11.4 e Caim, ofereceu dos frutos do campo que cultivava, demonstrando um espírito de alta confiança, onde temos uma "Oferta Sem Fé", movida pela rebelião e pelo desprezo ao Redentor. Deus recebe a oferta de Abel e Caim revolta-se e mata seu irmão:
"É bom notar que a "primeira contenda" entre irmãos resultou em ódio, separação e morte ".
2a) Caim. Foi o primeiro a construir cidades e o primeiro a glorificar o nome do homem, Gn 4.17. Edificou uma cidade e pôs o nome de seu filho, Enoque.

Sua Linhagem Ímpia:
Lameque, Gn 4.19. Foi o "primeiro polígamo", isto é, possuiu mais de uma mulher, Gn 4.23,24. Brigou com um rapaz, saiu ferido e o matou.
Jabal, um dos filhos de Lameque. Distingue-se como o "primeiro homem a ocupar-se da pecuária e a adotar uma vida nômade", habitando em tendas. Talvez em desafio ao mandamento.
Jubal, outro filho de Lameque. Foi o "Inventor de Instrumentos Musicais". A música é do Senhor e haverá maravilhosa harmonia no Céu.
Tubal-Caim era "fabricante de Artefatos de Ferro e Cobre". Possivelmente, foi o primeiro homem a forjar armas bélicas^ Por causa desses materiais, Gn 6.13, é "pois a terra está cheia de violência dos homens". Isso indica a orgia de crimes, homicídios e obras iníquas.
Esses homens: Jabal, Jubal e Tubal-Caim eram ímpios, Gn 4.26.
Depreendemos de Gn 4.25, que o assassinato de Abel teve lugar pouco antes do nascimento de Sete, isto é, uns 130 anos depois da criação do homem. Por isso não devemos pensar que Abel e Caim fossem os únicos filhos de Adão e Eva. Em Gênesis 3.20, lemos: Eva, mãe de todos os viventes; e Gn 5.4, registra que Adão e Eva tiveram filhos e filhas. A tradição diz que foram 33 filhos e 27 filhas. Esses naturalmente tiveram descendências. Por isso quando Abel morreu, provavelmente havia muito mais gente no mundo do que se pensa. Deus coloca um sinal em Caim, Gn 4.15. Na V.B. lê-se: "Jeová deu um Sinal a Caim'9. Não devemos entender que ele fosse marcado, mas que Deus, de alguma maneira, assinalou a pretensão divina.
Uma pergunta freqüente é esta: "Com quem casou Caim? ". A resposta, por uma suposição, é esta: com uma irmã dele.
Você talvez vai ignorar este casamento, mas não deve esquecer que a proibição de casamento com parente próximo, veio só 2.500 anos depois, Lv 18.6. Sabemos que "tais uniões", ilícitas para os Israelitas, eram praticadas por outros povos, Lv 18.24. Não podemos continuar nesta história, pois é muito longa.
Ao chegarmos a Terceira Dispensação é necessário que conheçamos:
A Genealogia de Adão a Noé e suas idades relacionadas: Adão, 930 anos; Sete, 912 anos; Enos, 905 anos; Cainã, 910 anos; Maalelel, 895 anos; Jerede, 962 anos;
Enoque, 365 anos; Metusalém, 969 anos; Lameque, 777 anos; Noé, 950 anos.
Temos aí uma influência do pecado na raça humana. O homem perdendo vida, saúde e alegria; e hoje o salmista afirma: "que os nossos dias são de 70 anos e se alguns chegarão aos 80 anos pela sua robustez". SI 90.9,10.
No começo da Dispensarão, colocamos sua duração de 1656 anos. Vamos dividi-la: Adão viveu 930 anos e Noé, 950 anos; entre a morte de Adão e o nascimento de Noé, temos 126 anos. Do Dilúvio a Abraão, 427 anos e Noé viveu 600 anos antes do castigo divino e 350 anos após.
No final da Dispensação da Consciência, os homens estavam em um estado de iniqüidade desenfreada, soltando as rédeas às práticas carnais, isto com exemplos vividos pela geração passada, resultando em costumes e corrupção do povo antediluviano. O seu cálice de iniqüidade encheu-se; porém o Justo Noé, passou a avisar seus compatriotas do que poderia acontecer. Foram 720 anos de pregação. Então o Senhor disse: "Arrependo-me de ter feito o homem na terra e isso pesou no coração". Disse o Senhor: "Farei desaparecer da face da terra o homem que criei", Gn 6.6,7. Um período longo de 1656 anos onde a raça humana havia aumentado muito e o Senhor destruiu com o Dilúvio, o qual durou l ano e 10 dias. Noé entra na arca no dia 17 do segundo mês, quando tinha 600 Anos, e continuou até o dia 27 do segundo mês, no ano seguinte, Gn 7.11; SI 1.22.
O que significa a Arca ? Era uma simples e clara figura de Cristo, e um meio de salvação pelo qual uma geração passou pelas águas da morte, e saiu salva do juízo divino. Os refugiados na arca escaparam da sorte dos ímpios. Assim Cristo. nos salva, por sua morte e ressurreição, se somos achados mortos nele. Para quem está nele não há condenação, Rm 8.1.
Noé não esperou o pronunciamento de um juízo. O que ele queria é que sua família fosse salva por meio da arca, não importando com quem não cria em sua pregação. Seu dever foi cumprido.
O incidente do Dilúvio é, sem dúvida, o exemplo clássico de Juízo Divino e, por isso, deve ser aceito como o tipo e ensino do Espírito Santo sobre o assunto. Lemos que juízo é uma obra estranha de Deus, Is 28.21. Significa que é diferente de falar que Deus é amor, paz, alegria, prazer e misericordioso.

O juízo tem cinco aspectos diferentes:

1°) É para a Glória de Deus;
2°) É para Instruir as Nações, Is 26.9;
3°) É para Purificar, Gn 15.16;
4°) É, conseqüentemente, uma Libertação do Mal, e
5°) É Profético, Lei 7.26,27.

O desfecho da Dispensação da Consciência não significa que Deus deixou de usar a consciência como um meio de falar ao homem. A consciência é conhecida como "a voz. de Deus dentro da alma ". Noé e sua família haviam presenciado tanto o bem como o mal e eram responsáveis, junto com a sua posteridade, pela obediência à voz da consciência e a escolher o bem. O Dilúvio marcou o término de um período de Intervenção Divina, na história do homem e um novo começo com Noé e seus filhos.
O aluno deve localizar esta Dispensação da Consciência no mapa das Dispensações.

Questionário das Dispensações: Inocência e Consciência
1) Qual a função de uma aliança durante uma Dispensação?
2) Em que sentido o homem morreu, quando pecou?
3) Por que foi rejeitada a oferta de Caim?
4) Qual foi a promessa que a Aliança Adâmica trouxe para a humanidade?
5) Quem construiu a primeira cidade?
6) De quem o homem se tornou escravo?
7) Qual foi o primeiro resultado da queda do homem?
8) Quem foi o primeiro polígamo?
9) Mencionar dois nomes da linhagem ímpia.
10) Qual a duração da Dispensação da consciência?
11) Como se define uma Dispensação?

3. DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO, Gn 8 15 11.19.
A terceira dispensação começa em Gn. 8.20. É a do Governo Humano. Sob consciência, como se sob a inocência, o homem fracassou inteiramente e o julgamento do dilúvio marca o fim da segunda geração e o começo da terceira.l

ALIANÇA NOÉTICA
Esta Dispensação durou 427 anos, desde o tempo do Dilúvio até a Dispersão do homem sobre a superfície da Terra, Gn 10.35; 11. l O-19.
O homem fracassou inteiramente e o julgamento do Dilúvio marca o fim da Segunda Dispensação e o começo da Terceira. A declaração da aliança com Noé sujeita a humanidade a uma prova: "o homem é essencialmente responsável pelo governo do mundo, de acordo com a vontade de Deus". Essa responsabilidade pesou sobre os judeus e gentios, até que o fracasso de Israel sobre a Aliança da Palestina, Dt 28-30.1-10, resultou no julgamento dos cativos quando começaram "os tempos dos gentios", Lc 21.24. O governo do mundo passou definitivamente para os gentios, Dn 2.3 6-45; At 15.14-17, e Israel, como os Gentios, tem governado para si e não para Deus.
Neste trecho de Noé e seus descendentes, contém alguns pontos que pedem a nossa atenção: a bênção e a promessa de Deus', o pacto que fez com Noé e com toda a alma vivente. O arco-íris, Gn 9.12,17. Alguns pensam que antes do Dilúvio, nunca houve chuva, Gn 2.6. Ezequiel teve uma visão, Ez l .28: "Como o aspecto do arco que aparece no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor. Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isto, caí sobre o meu rosto, e ouvi a voz de quem falava".
Em Gn 9.21, lemos sobre a embriaguez, de Noé que nos faz ver que até um homem ricamente abençoado por Deus pode ser vencido por pecados carnais.
De passagem, notamos o procedimento correio de Sem e Jafé, que em tempos remotos tiveram um sentimento moral tão desenvolvido como o dos mais ilustrados de hoje.
Notamos também, como a maldição caiu sobre Canaã, o filho mais moço de Cão, e não sobre seu pai, e desde então os Cananitas foram adversários do povo de Deus, até serem totalmente extintos da Terra, Is 17.18.
Se a Bíblia não tivesse registrado: a embriaguez de Noé; o adultério de Davi e a mentira de Pedro, estaríamos imaginando que os homens piedosos do passado eram diferentes de nós mesmos, pois temos tido nossos lapsos na senda da retidão. Verificamos que tal falha não nos autoriza cairmos no mesmo delito, porque deles já temos a história e o aviso: "Olha, Não Caia)>.
Quatro Raças originaram-se dos quatro filhos de Cão. Essas por sua vez subdividiram depois, povoaram as terras da África, da Arábia Oriental, da Costa Oriental do Mar Mediterrâneo e do grande Vale dos rios Tigre e Eufrates.

Descendentes de Noé:

a) Jafé: zona Norte das nações e as proximidades dos mares Negro e Cáspio: as raças caucásicas da Europa e Ásia.
b) Cão: zona Sul das nações, a Arábia Meridional e Central, o Egito, a costa oriental do Mediterrâneo e a costa oriental da África. (Canaã, filho de Cão).
c)Sem: zona central das nações. Os semitas incluíam os judeus, assírios e sírios, na parte Norte do vale do Eufrates. A Aliança com Noé, Gn 9.1-17:
1) Confirmação de que o homem seria relacionado à terra, conforme a Aliança Adâmica,Gn8.21;
2) Confirmação da ordem da natureza, Gn 8.22;
3) Estabelecimento do governo humano, Gn 9. l -6;
4) Garantia de que a Terra não sofreria outro Dilúvio, Gn 8.21; 9.11;
5) Declaração profética de que procederia de Cão uma posteridade inferior e serviçal, Gn9.24.25;
6) Declaração profética de que haveria uma relação especial entre Jeová e Sem, Gn9.26.27, e
7) Declaração profética de que de JAFÉ procederiam as "raças dilatadas ", Gn 9.27. Os governos, as ciências e as artes têm provido, geralmente, de descendentes de Jafé; assim a História tem confirmado o exato cumprimento dessas declarações.

A Torre de Babel, Gn 11
Neste capítulo do Gênesis encontramos o começo da confederação e do engrandecimento humano. E Deus desaprovou essa confederação: impediu o projeto de se fazer uma alta torre que tocasse no "céu". É interessante confrontar com este começo o desenvolvimento de confederações humanas de hoje e a multiplicação de nomes partidários.
A Descendência de Sem.
Vemos que a posteridade abençoada por Deus nem sempre seguiu pela linha do primogênito. Arpachade era o terceiro filho de Sem, Gn 10.22, e não o primeiro.
Em Gn 5, vemos que as idades dos patriarcas vão quase sempre diminuindo. Porventura seria licito entender que os anos eram, no princípio, mais curtos do que atualmente7 Somente assim poderemos compreender o caso de um homem esperar uns 100 anos antes de nascer-lhe um filho.
A Chamada de Abraão, Gn 12.
A chamada de Abraão e as promessas que Deus lhe fez.

Podemos estudar neste capítulo:
a) A escolha divina. Deus escolheu Abraão e isto importa conhecimento, aprovação, confiança, preparação para o fim destinado;
b) O plano de (mediante o escolhido de Deus) abençoar muitos povos;
c) A proteção divina - "amaldiçoarei os que te amaldiçoarem ";
d) A chamada divina - uma chamada positiva, individual, imperativa;
e) A Revelação Divina - "apareceu o Senhor a Abraão ";
f) A Promessa Divina - "à tua descendência darei esta terra".
A chamada é descrita em At 7.2,3, a resposta, em Hb 11.8.
Abraão desce ao Egito, Gn 12.10.
Isto nos parece um desvio da senda da fé, pois aí Abraão perde a sua confiança na proteção de Deus e pretende valer-se de um subterfúgio para evitar o ciúme do rei da terra. Contudo, Deus o protegeu sem que ele esperasse.

Sete coisas neste desvio de Abraão, notemos:

1) Agiu sem consultar a Deus, Gn 12.10;
2) Escolheu seu destino, confiando na própria inteligência, Gn 12.10;
3) Valeu-se da duplicidade, para conseguir seu propósito, Gn 12.13;
4) Perdeu de vista a perspectiva e o plano de sua vida, Gn 12.2,12;
5) Sua astúcia parecia alcançar bom êxito, Gn 12.14,15;
6) Achou-se mais tarde enlaçado na trama que ele mesmo fizera, Gn 12.18,
7) Foi censurado por um rei pagão, e mandado para sua própria terra, Gn 12.18-20.

4. A QUARTA DISPENSAÇÃO, Gn 12.1-Êx 18 27.
Introdução

As alianças Bíblicas e a Escatologia – Aliança Abraâmica


A Aliança Abraâmica é a precursora das Alianças redentoras e todas as bênçãos espirituais de Deus partem dela (ver Gênesis 12.1-3,7; 13.14-17; 15.1-21; 17.1-21; 22.15-18).
Essa Aliança representa uma questão fundamental na profecia bíblica, no que diz respeito a ainda ser ou não válida para o povo de Israel.
As três principais promessas da Aliança Abraâmica estão relacionadas com terra, semente (descendência) e uma bênção que se estenderá para todo o mundo (Gênesis 12.1-3).
Enquanto Abraão e seus descendentes diretos – Israel – são os principais envolvidos na promessa, os gentios também são incluídos como participantes.

A Aliança pode ser subdividida em 14 aspectos (a partir do texto de Gênesis):
1. Uma grande nação surgiria de Abraão: Israel (12.2; 13.16; 15.5; 17.1-27; 22.17).
2. Ele recebeu a promessa de uma terra específica: a terra de Canaã (12.1,5-7; 13.14-15,17; 15.18-21; 17.8).
3. O próprio Abraão seria abençoado (12.2; 15.6; 22.15-17).
4. O nome de Abraão seria grande (12.2).
5. Abraão seria uma benção para os outros (12.2).
6. Os que o abençoassem seriam abençoados (12.3).
7. Os que o amaldiçoassem seriam amaldiçoados (12.3).
8. Em Abraão todos os habitantes da terra seriam abençoados já que era uma promessa que se estenderia aos gentios (12.3; 22.18).
9. Abraão teria um filho com sua esposa, Sara (15.1 -4; 17.1 ó-21).
10. Seus descendentes seriam escravos no Egito (15.13-14).
11. Assim como Israel, outras nações surgiriam de Abraão (17.3-4,6); os Estados árabes são algumas dessas nações.
12. Seu nome seria mudado de Abrão para Abraão (17.5).
13. O nome de Sarai seria mudado para Sara (17.15).
14. Haveria um sinal da aliança – a circuncisão (17.9-14). De acordo com a Aliança Abraâmica, a circuncisão era uma identificação do que é ser judeu.

As 14 promessas são distribuídas e se cumprem nas três partes:
1. Abraão – 1,2,3,5,6,9,11,12,13
2. Israel, a semente – 1,2,5,6,7,10,14
3. Gentios – 6,7,8,11

Os relacionamentos de alianças eternas e misericordiosas feitas entre Deus e Israel podem ser graficamente demonstradas da seguinte maneira:
(A aliança geral e básica com Abraão)
(As outras alianças)
1. A promessa de uma terra nacional.
Gn 12.1 Gn 13.14,15,17
1. A aliança palestina deu a Israel garantia particular da restauração permanente e definitiva à terra.
Dt 30.3-5 Ez 20.33-37,42-44
2. A promessa da redenção nacional e universal. Gn 12.3 Gn 22.18 Gl 3.16
2. Uma nova aliança está particular mente relacionada à bênção espiritual e à redenção de Israel. Jr 31.31-40 Hb 8.6-13 etc.
3. A promessa de numerosos descendentes que formariam uma grande nação. Gn 12.2 Gn 13.16 Gn 17.2-6 etc.
3. A aliança davídica está relacionada a promessas de dinastia, nação e trono.
2 Sm 7.11,13,16 Jr 33.20,21 Jr 31.35-37
Dessa maneira, pode-se dizer que as promessas de terra da aliança abraâmica são desenvolvidas na aliança palestina, as promessas de semente são desenvolvidas na aliança davídica e as promessas de benção são desenvolvidas na nova aliança. Esta, então, determina todo o futuro plano para a nação de Israel e é um fator de grande importância na escatologia bíblica.

O Caráter da Aliança Abraâmica
Como a aliança abraâmica trata da posse da Palestina por Israel, de sua continuidade como nação para possuir essa terra e de sua redenção a fim de que possa gozar a benção na terra sob seu rei, é de grande importância descobrir o método de cumprimento dessa aliança. Se é uma aliança literal a ser cumprida literalmente, então Israel deve ser preservado, convertido e restaurado. Se é uma aliança incondicional, esses acontecimentos na vida nacional de Israel são inevitáveis.

Elemento Condicional
Enquanto Abraão morava na casa de Terá, um idólatra (Js 24.2), Deus ordenou que ele deixasse a terra de Ur, embora isso exigisse jornada a uma terra estranha e desconhecida (Hb 11.8), e fez promessas específicas que de pendiam desse ato de obediência. Abraão, em obediência parcial, visto que não quis separar-se de sua família, viajou a Harã (Gn 11.31). Ele não recebeu nenhuma das promessas ali. Apenas com a morte do pai (Gn 11.32) é que Abraão começa a receber alguma parte da promessa de Deus, pois somente depois desse fato é que Deus o leva para a terra (Gn 12.4) e lhe reafirma a promessa original (Gn 12.7).
É importante observar a relação da obediência com o plano da aliança. Quer Deus instituísse um plano de aliança com Abraão, quer não, isso dependia do ato de obediência de Abraão em abandonar a terra. Quando, por fim, esse ato foi cumprido e Abraão obedeceu a Deus, Deus instituiu um plano irrevogável e incondicional. Essa obediência, que se tornou a base da instituição do plano, é citada em Gênesis 22.18, em que a oferta de Isaque é apenas mais uma evidência da atitude de Abraão para com Deus.
A existência de um plano de aliança com Abraão dependia do ato de obediência de Abraão. Quando ele obedeceu, a aliança instituída dependia não da obediência continuada de Abraão, mas da promessa de quem a instituiu. O fato da aliança dependia da obediência; o tipo de aliança inaugurada era totalmente desvinculado da obediência continuada de Abraão ou de sua semente.

Elemento Incondicional (visão pré-milenista)
A questão de a aliança abraâmica ser condicional ou incondicional é reconhecida como ponto crucial de toda a discussão relacionada ao cumprimento da aliança abraâmica. Vários argumentos têm sido apresentados para apoiar a proposta dos pré-milenistas quanto ao caráter incondicional dessa aliança:
1) Todas as alianças de Israel são incondicionais, com exceção da mosaica. A aliança abraâmica é expressamente declarada eterna e, por conseqüência,incondicional em várias passagens (Gn 17.7,13,19; l Cr 16.17; Sl 105.10). A aliança palestina também é declarada eterna (Ez 16.60). A aliança davídica é apresentada da mesma forma (2Sm 7.13,16,19; l Cr 17.12; 22.10; Is 55.3; Ez 37.25). A nova aliança com Israel é igualmente eterna (Is 61.8; Jr 32.40; 50.5; Hb 13.20).
2) Com exceção da condição original de abandonar sua terra natal e dirigir-se à terra prometida, a aliança é firmada sem condições.
3) A aliança abraâmica é confirmada repetidamente por reiteração e por ampliação. Em nenhuma dessas ocasiões as promessas adicionadas se condicionam à fé da semente ou do próprio Abraão; nada se diz sobre ela estar sujeita à fé futura de Abraão ou de sua semente.
4) A aliança abraâmica é formalizada por um ritual divinamente ordenado que simboliza o derramamento de sangue e a passagem entre as partes do sacrifício (Gn 15.7-21; Jr 34.18). Essa cerimônia foi dada a Abraão como garantia de que sua semente herdaria a terra nas mesmas fronteiras dadas a ele em Gênesis 15.18-21. Nenhuma condição está conectada à promessa nesse contexto.
5) Para distinguir os que herdariam as promessas como indivíduos dos que eram apenas a semente física de Abraão, foi dado o sinal visível da circuncisão (Gn 17.9-14). Os incircuncisos eram considerados não alcançados pela bênção prometida. O cumprimento último da aliança abraâmica e a posse da terra pela semente não dependiam, contudo, da fidelidade ao pacto de circuncisão. Na verdade as promessas da terra fo ram concedidas antes que a cerimônia fosse introduzida.
6) A aliança abraâmica foi confirmada pelo nascimento de Isaque e de Jacó, os quais receberam repetições das promessas na forma original (Gn 17.19; 28.12,13)
7) O fato notável é que as repetições da aliança e o seu cumprimento parcial acontecem a despeito da desobediência. E claro que em vários instantes Abraão se afastou da vontade de Deus. No próprio ato as promessas são repetidas a ele.
8) As confirmações posteriores da aliança foram feitas em meio a apostasia. Muito importante é a promessa dada por Jeremias de que Israel continuaria como nação para sempre (Jr 31.36)
9) O Novo Testamento declara a aliança abraâmica imutável (Hb 6.13-18; cf. Gn 15.8-21). Ela não foi apenas prometida, mas solenemente confirmada pelo juramento de Deus.
10) Toda a revelação das Escrituras a respeito de Israel e de seu futuro, contida no Novo e no Antigo Testamento, se interpretada literalmente, confirma e sustenta o caráter incondicional das promessas feitas a Abraão.

Argumentos amilenistas contra o caráter incondicional da aliança Abraâmica
Oswald T. Allis, um dos principais defensores da posição amilenista, sistematiza o pensamento dessa escola de interpretação.
1) "Deve-se observar que pode haver uma condição numa ordem ou promessa sem estar especificamente declarada. Exemplo disso é a carreira de Jonas. Jonas recebeu a ordem de pregar juízo incondicio nal, sem nenhuma reserva: "Em quarenta dias, Nínive será destruída" [...] A condição não declarada foi pressuposta no próprio caráter de Deus como um Deus de misericórdia e compaixão [...] O juízo da família de Eli (1 Sm 2.30) é exemplo notável desse princípio." Allis argumenta que pode haver condições implícitas, não declaradas.
Contra-argumento
Em resposta a esse argumento, podemos observar que Allis começa com uma admissão desconcertante — não existem condições declaradas nas Escrituras nas quais o amilenista possa buscar confirmação de sua defesa. Toda a sua posição repousa no silêncio, em condições implícitas e não declaradas. No caso de Eli, não existe nenhuma relação, pois Eli estava vivendo sob a economia mosaica, condicional em seu caráter e sem relação com a aliança abraâmica.
O fato de a aliança mosaica ser condicional não significa que a aliança abraâmica também precise ser. E, além disso, no que diz respeito a Jonas, devemos observar que também não existe relação. A mensagem que Jonas pregou não constituía uma aliança e não se relaciona de forma alguma à aliança abraâmica. Era um princípio bem estabelecido das Escrituras (Jr 18.7-10; 26.12,13; Ez 33.14-19) que o arrependimento afastaria o juízo. O povo se arrependeu e o juízo foi retirado. Mas a pregação de Jonas, da qual é dada apenas uma declaração resumida, de forma alguma altera o caráter da aliança abraâmica.

2) "É verdade que, nos termos expressos da aliança abraâmica, a obediência não é declarada como condição. Mas dois fatos indicam claramente que a obediência estava pressuposta. Um, é que obediência é a pré-condição de bênção em todas as circunstâncias. O segundo fato é que, no caso de Abraão, o dever da obediência é particularmente salientado. Em Gênesis 18.17s. diz-se claramente que, da escolha de Abraão, Deus propôs trazer à existência, por piedosa preparação, uma semente justa que "guardaria o caminho do Senhor", para que em conseqüência e recompensa de tal obediência "o Senhor cumpra a Abraão tudo o que a respeito dele falou".
Contra-argumento
Mais uma vez, Allis reconhece que as Escrituras não contém, em parte alguma, nenhuma declaração de condições estipuladas. Embora isso devesse ser suficiente em si mesmo, há outras considerações concernentes a esse argumento. Primeiramente, é errado declarar que a obediência é sempre uma condição para a bênção. Se isso fosse verda de, como poderia um pecador ser salvo?
Mais uma vez, é importante observar que uma aliança incondicional, que confere certeza ao plano pactual, pode conter bênçãos condicionais. O plano será cumprido, mas o indivíduo recebe as bênçãos relacionadas apenas por ajustar-se às condições das quais essas bênçãos dependem. E o caso da aliança abraâmica. Além do mais, já foi dito que, embora a instituição do plano pactual entre Deus e Abraão de pendesse do ato de obediência deste em abandonar sua casa, uma vez inaugurada a aliança, ela não impunha condição alguma. E, finalmente, a aliança é reafirmada e ampliada para Abraão depois de atos defini dos de desobediência (Gn 12.10-20; 16.1-16).

3) "A obediência foi vitalmente ligada à aliança abraâmica e isso é demonstrado com clareza especial pelo fato de que havia um sinal, o rito da circuncisão, cuja observância era de fundamental importância. A eliminação do povo da aliança era a punição para quem não o observasse. O rito era em si um ato de obediência (1 Co 7.19)."
Contra-argumento
Em resposta a essa alegação, é suficiente destacar que o rito da circuncisão, dado em Gênesis 17.9-14, veio muitos anos após a instituição da aliança, e após repetidas reafirmações a Abraão (Gn 12.7; 13.14-17; 15.1-21). Que motivo há em exigir que um sinal siga a aliança quando a aliança está claramente em vigor antes da instituição do sinal? Então, novamente, a partir de um estudo do rito conclui-se que a circuncisão está relacionada ao gozo das bençãos da aliança e não à sua instituição ou continuidade.

4) "Os que insistem em que a aliança abraâmica foi totalmente incondicional na verdade não a consideram como tal; isso também é demonstrado pela grande importância que os dispensacionalistas atribuem ao fato de Israel estar "na terra" como condição prévia da benção sob essa aliança."
5) "Que os dispensacionalistas não consideram a aliança abraâmica totalmente incondicional também se evidencia pelo fato de que jamais os ouvimos falar sobre a reintegração de Esaú à terra de Canaã e à completa bênção sob a aliança abraâmica. Mas, se a aliança abraâmica fosse incondicional, por que Esaú foi excluído das bênçãos?"
Contra-argumento
Esses dois argumentos podem ser respondidos juntos. Em cada caso, que o que se tem em mente é o relacionamento com as bençãos, não o relacionamento com a continuidade da aliança. Como se afirmou anteriormente, as bençãos eram condicionadas à obediência, à permanência no lugar da bênção. Mas a aliança em si vigorava quer estivessem na terra, quer fossem contemplados ou não com a bênção.
Por outro lado, se a desobediência e a retirada da terra anulassem a aliança, não importaria se Esaú tivesse permanecido na terra ou não. Mas, já que bênçãos cairiam sobre o povo da aliança, Esaú foi excluído porque não estava qualificado para recebê-las, uma vez que não cria nas promessas. Observamos que a primogenitura (Gn 25.27-34) desprezada por Esaú era a promessa de que ele seria o herdeiro da aliança abraâmica. Já que essa se baseava na integridade de Deus, Esaú deve ser visto como homem que não cria que Deus pudesse cumprir ou cumprisse a Sua palavra. Da mesma forma, a bênção desprezada (Gn 27) lhe pertencia sob a aliança, e dela Esaú foi privado por causa de sua descrença manifesta no desdém em relação à primogenitura. A rejeição de Esaú ilustra o fato de que a aliança era seletiva e deveria ser cumprida por meio da linhagem escolhida por Deus.

6) "A certeza do cumprimento da aliança não se baseia no fato de ser incondicional, nem seu cumprimento depende da obediência imperfeita de homens pecadores. A certeza do cumprimento da aliança e a segurança do crente sob ela, em última análise, dependem totalmente da obediência a Deus."
Contra-argumento
É impossível deixar de notar a mudança completa na linha de raciocínio nesse aspecto. Até aqui sustentou-se que a aliança não será cumprida porque ela é uma aliança condicional. Agora se afirma que a aliança será cumprida com base na obediência de Cristo. Como nossas bençãos espirituais são resultado dessa aliança (Gl 3), o amilenarista é obrigado a reconhecer algum cumprimento. Se ela tivesse sido ab-rogada, Cristo jamais teria vindo. Se a segurança oferecida sob ela fosse condicional, não haveria certeza de salvação. Conquanto concordemos largamente que todo cumprimento se baseia na obediência de Cristo, esse fato não altera o caráter essencial da aliança que tornou necessária a vinda de Cristo. Se Cristo veio como cumprimento parcial da aliança, Sua segunda vinda promete um cumprimento completo.

7) Allis segue outra linha de raciocínio quando escreve a respeito do cumprimento dessa aliança:
a) "Com respeito à semente, devemos observar que as mesmas palavras que aparecem na aliança são usadas para a nação de Israel na época de Salomão. Isso indicaria que a promessa foi considerada cumprida nesse aspecto na época de ouro da monarquia."
b) "Com respeito à terra, o domínio de Davi e de Salomão estendia-se do Eufrates ao rio do Egito [...] Israel tomou posse da terra prometida aos patriarcas. Eles a possuíram, mas não “para sempre”. Aposse da terra foi perdida pela desobediência [...] ela pode ser considerada cumprida sécu los antes do primeiro advento…"
Contra-argumento
Allis argumenta agora que a aliança não terá cumprimento futuro por que já foi cumprida historicamente. A história de Israel, mesmo sob a glória dos reinados de Davi e de Salomão, nunca realizou a promessa feita a Abraão. Logo, à experiência histórica citada não podemos atribuir cumprimento. Mais ainda, se a aliança fosse condicional, visto que Israel esteve muitas vezes em desobediência entre a instituição da aliança e o estabelecimento do trono de Davi, como explicar algum cumprimento? A incredulidade que se seguiu à era de Davi não se diferenciava da que a precedeu. Se a descrença posterior anulava a aliança, a descrença anterior teria impedido qualquer espécie de cumprimento.

Implicações Escatológicas da Aliança Abraâmica
O significado da Aliança Abraâmica para a profecia bíblica está relacionado com a maneira de vermos como Deus está cumprindo as Suas promessas. É consenso que Jesus facilita o cumprimento de muitos aspectos da aliança (Galatas 3.6-4,11).
Amilenistas, pós-milenistas e teólogos aliancistas normalmente crêem que a Igreja se apossou de todas as promessas, enquanto a nação de Israel foi posta de lado.
Os pré-milenistas em geral acreditam que a Igreja é co-participante das bençãos espirituais da aliança (Romanos 15.27; Galatas 3.6-29). Eles concluem que no futuro Israel experimentará o cumprimento das suas promessas nacionais, quando o povo voltar a ser reunido e aceitar Jesus como Messias. Assim, a Igreja é vista como participante, através de Abraão, das promessas e não como suplantadora daquilo que foi estipulado para ser cumprido através da nação de Israel.
Apenas o cumprimento literal de todas as bençãos para Israel, para os gentios e para a Igreja faz justiça ao plano de Deus, conforme estabelecido na Bíblia.
Uma vez verificado que a aliança abraâmica é uma aliança incondicional feita com Israel, que conseqüentemente não pode ser cumprida nem abolida por nenhum outro povo além da nação de Israel, observamos que Israel tem promessas com respeito à terra e à descendência que determinam o plano de Deus. Os termos terra e descendência, juntamente com a palavra benção, resumem os aspectos essenciais da parte escatológica da aliança. Um exame da promessa de Deus a Abraão mostrará a dupla ênfase da promessa.

"Darei à tua descendência esta terra (Gn 12.7).
Porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre. Farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a tua descendência (Gn 13.15,16).
Naquele mesmo dia fez o Senhor aliança com Abrão, dizendo: À tua des cendência dei esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates (Gn 15.18).
Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decur so das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da tua descendência.Dar-te-ei e à tua descendência a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu Deus (Gn 17.7,8)"

Fontes pesquisadas:
Manual de Escatologia – Dwight Pentecost
Profecias de A a Z – Thomas Ice & Timothy Demy

ALIANÇA ABRAÃMICA

Começa aqui a História da Redenção. Dela surge uma idéia vaga pelo tempo, Gn 3.15. Agora, 1963 anos após a criação e a queda do homem, ou seja 427 anos após o Dilúvio, num mundo que desenfreadamente aderiu-se a idolatria e a maldade. Foi aí que houve por objetivo a recuperação e a redenção do gênero humano.
A duração desta Dispensação foi de 430 anos, considerada a Dispensação da Promessa, que terminou quando Israel tão facilmente aceitou a Lei, Êx 19.8. A Graça tinha oferecido um Libertador (Moisés), um sacrifício para o culpado, e, por divino poder, libertado Israel da escravidão, Êx 19.17, mas no final trocaram a Graça pela Lei.
Separação Para Deus
Agora Abraão volta do Egito e vira o rosto para a Terra Prometida. Sua vida de peregrinação é caracterizada por Três Coisas: a Tenda; o Altar e o Poço. Nada lemos sobre altar no Egito.
As riquezas que Abraão e Ló acumularam no Egito, foram a causa de contenda e separação', porém Abraão tinha uma confiança em seu Deus. Por isso, deixou que Ló escolhesse primeiro para onde iria. A confiança na proteção Divina faz. com que o homem fique desprovido de qualquer dúvida.

Em Gn 14, é mencionado pela primeira vez. o termo Reis. Dois reis encontram- se com Abraão em sua volta vitoriosa: o de Sodoma e Melquisedeque (Tudo que sabemos que está neste capítulo, no SI 110 e Hb 5,6 e 7). Ele é também o primeiro Sacerdote mencionado na Bíblia: um Sacerdote Real e por isso uma figura do Senhor Jesus Cristo. Também aqui pela primeira vez, lemos sobre "O Deus Altíssimo ".
Depois da divina bênção, pronunciada por Melquisedeque, vem a tentação material por parte do rei de Sodoma.
Há um ditado, que diz: "Cada homem tem seu preço", porém um homem como Abraão não pode ser comprado por um rei mundano, como este de Sodoma.
E na volta de Abraão da matança dos reis que a misteriosa figura de Melquisedeque aparece. Ele vem ter com Abraão, traz-lhe p ao, vinho e o abençoa;
Abraão dá-lhe o dízimo de tudo.
Tanto se fala deste incidente no NT, que devemos estudá-lo.

Vamos notar os seguintes pontos, como seguem:

1) Por ser ele o Primeiro Sacerdote mencionado na Bíblia, tem sido escolhido pelo Espírito Santo como tipo de Cristo, um Sacerdote maior que Aarão;
2) Ele era Rei e também Sacerdote. Rei de Salém (da paz) e seu nome significa "Rei da Justiçai Cl 6.12,13; Hb 7.2;
3) Assim, no SI 110.4 está escrito de Cristo: "Tu és Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque ";
4) Não há alguma menção de seu pai ou de sua mãe, do seu nascimento ou morte; por isso é tomado em Hb 7.3, como um tipo de Cristo: O Sacerdote Eterno.
Para estudar o assunto mais detalhadamente, é preciso ler com cuidado Hb 5.7.
Promessa de uma Posteridade
Em Gn 15.6 , pela primeira vez, a Fé é mencionada, e lemos "E creu ele no Senhor, e foi-lhe imputado isto por justiça"; cf. Rm 4.3; Tg 2.23.
Abraão nasceu quando seu pai Terá tinha 26 anos, Gn 11.25. Abraão tinha 75 anos quando foi convidado por Deus a deixar sua parentela e partir para uma terra desconhecida (Canaã). Contava com 80 anos quando encontrou-se com Melquisedeque e foi abençoado por ele. Tinha 86 anos quando nasceu Ismael, fruto de uma fragilidade em sua vida. Persuadido pela esposa, lança mão de outro meio, sugerido pela sua desconfiança quanto a conseguir as promessas de Deus. Toma a serva egípcia de sua mulher e por ela tem seu filho Ismael. Depois desse incidente sua fé foi provada mais 13 anos.
Em Gn 17, seu nome foi mudado.
Um quadro interessante foi as três vezes que Deus apareceu a Abraão:
1a) u Apareceu o Senhor a Abraão, e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. Ali edificou Abrão um altar ao Senhor, que lhe aparecera '\ Gn 12.7;
2a) "Quando atingiu Abraão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-poderoso: anda na minha presença e sê perfeito", Gn 17.1,
3a) "Apareceu o Senhor a Abraão nos carvalhais de Manre, quando ele estava assentado à entrada da tenda, no maior calor do dia", Gn 18.1.
Abraão tinha 90 anos quando Sodoma foi destruída. Contava com 100 anos quando nasceu Isaque e tinha 137 anos quando Sara morreu. Em seguida, casou-se com Quetura, com quem teve seis filhos; morre com 175 anos de idade.
Em Gn 18, deparamos com o aparecimento de três visitantes celestiais que falaram com Abraão com aparência de seres humanos: "três varões e dos três um era o Senhor", Gn 18.1-3; Mc 16.5; Jo 5.13. Um acontecimento interessante é quando dois anjos seguem para Sodoma, e Abraão começa a fazer sua célebre intercessão ao terceiro. Esta é a primeira grande oração intercessória registrada na Bíblia.

Verificamos como a oração de um justo pode mudar os rumos das coisas:
1) A base da oração é dupla: Primeiro, o reconhecimento de Deus e da liberdade que tinha para falar com Ele. Segundo, o concerto de Deus, Gn 17.19. Abraão tinha sido chamado por Deus a fim de interessar-se por Ele e seus propósitos, referentes ao mundo, e por isso sente liberdade em falar-lhe.
2) Características da oração de Abraão:
Discriminação, Gn 18.24,25, entre os justos e os ímpios, e o interesse pêlos dois grupos;
Confiança na justiça de Deus, Gn 18.23,25; na Graça de Deus, Gn 18.24, e no Poder de Deus, Gn 18.25;
Precisão, Gn 18.28-32. Lembremo-nos que petições em termos gerais não terão respostas precisas;
Importunidade. Seis vezes Abraão pede que Sodoma seja poupada e cada vez reforça seu pedido;
Humildade, Gn 19.27. Ele jamais se esquece de que fala com Deus;
3)0 êxito da oração de Abraão. Não obteve tudo o que desejava, mas alcançou tudo o que Sodoma tomou possível, (leia Jr 5. l.)
Salvação de Ló e a Destruição de Sodoma
Notamos que os varões, em Gn 18.2, são anjos. Em Gn 19.1, Ló parece ser tão hospitaleiro quanto Abraão.
Veja algumas considerações sobre o nosso amigo Ló:

a) Parece ser o tipo do "meio-crente"'. convencido mas não convertido:
b) Uma pessoa costuma ser contenciosa;
c) Resultado: uma inutilidade ou uma catástrofe. SODOMA: figura o mundo e sua sensualidade;
EGITO: simboliza o mundo e sua comunidade (Êx 16.3);

BABILÔNIA: simboliza o mundo e sua grandeza (Js 7.21).
A história de Ló ensina que embora o cristão mundano possa conseguir para si a salvação, pode contudo perder a família, filhos e filhas, pois, criados no meio da devassidão, podem ser corrompidos. A mulher que olha saudosa para a vaidade do mundo, em pouco tempo não poderá mais trilhar a senda da salvação. "A não observância da Palavra de Deus pode ser funesta para a nossa vida espiritual".
Isaque nasce - Ismael é despedido
Afinal, nasce Isaque, depois de muitos anos de fé alternada com incredulidade da parte de seus pais, Abraão e Sara. Em Gl 4, o apóstolo encontra um sentido simbólico em cada um dos dois filhos. Na alegoria que Paulo percebe na história de ambos, Hagar representa o monte Sinai e tudo que a lei pode produzir, enquanto que Isaque é o fruto da fé, e mostra o que Deus faz para o crente.
Vemos que Ismael, o filho "nascido segundo a carne ", Gl 4.29, persegue o filho da promessa, e é despedido, porque não pode herdar com este. Os que são das obras da Lei, Gl 3.10, não herdarão as promessas dadas a Abraão, mas sim aqueles que têm fé em Cristo, Gl 3.12-14. Uma religião carnal é sempre inimiga da religião espiritual.
O altar sobre o monte
Este incidente é talvez o mais misterioso e sublime na história de Abraão. Somente após longos anos de preparo espiritual poderia Deus submetê-lo a tal provação de sua fé, com a certeza de que havia de sair triunfante. Era sem dúvida um experiência penosa à vista do mundo cruel. Mas o resultado final havia de ser um notável engrandecimento da vida espiritual de Abraão, e o conhecimento, mediante a sua própria experiência, de verdades bem importantes.

Notemos, os seguintes pontos:

1°) Certeza da Palavra Divina. Para agirmos em algum sentido contrário ao sentimento natural, ao procedimento comum, aquilo que nossas convicções e as dos vizinhos aprovam, precisamos ter uma palavra de Deus mui positiva, que não admita dúvidas;
2°) Falta de Explicação. O mandado divino não trouxe consigo um porquê";
contudo, havia um raio de luz nas palavras "a quem amas", revelando que Deus não estava esquecido da forte afeição natural de Abraão para com Isaque;
3°) A Completa Confiança de Abraão. Isto nos faz pensar nas palavras de Jó:
"Ainda que me mate, nele esperarei",Jó 13.15. A explicação dada em Hb 11.18, é que Abraão "considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar (a Isaque)";
4°) O Conhecimento de Deus. Fruto de longos anos de experiência da divina proteção e bondade, progrediu até que, afinal, Abraão podia obedecer a Deus cegamente;
5°) A Submissão de Isaque a Vontade do Pai. Um belo tipo da obediência de Cristo até a morte;
6°) A Palavra Profética De Abraão. Disse Abraão: "Deus proverá para si o cordeiro ". Também havia um sentido profético no nome que Abraão deu ao lugar:  Jeová-Jireh: "ü Senhor proverá". Em Jo 8.56, permite pensar que ele tinha alguma vaga previsão do "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo";
7°) A Lição da Substituição. O carneiro "travado pelas suas pontas num mato ", y j veio a ser o substituto do moço; e quantos seres humanos desde o tempo de p;
Isaque têm dado graças a Deus por Ele ter "fornecido um substituto " \
8°) A maneira maravilhosa como Deus operou em Abraão, uma semelhança a si ^ mesmo. Num dia futuro Deus havia de ceder seu Filho, em sacrifício pelo pecado, Mas então não haveria outro cordeiro para tomar o lugar dele: "Nem mesmo a seu próprio filho poupou, antes o entregou por todos nós", Rm 8.32.
A obediência de Abraão era agradável aos olhos de Deus; por isso o mandamento foi dado. A morte de Isaque não teria sido agradável a Deus, visto que o ato da matança foi impedido". ^No Monte do Senhor se Proverá".

Os três significados dos nomes desta História
Abraão lembrou-se de que já era tempo de o filho contrair matrimônio. Ele marcou duas condições: a noiva havia de ser da mesma parentela, e Isaque não havia de sair da Terra Prometida em procura de esposa. Felizmente, Abraão tinha um empregado fiel e competente para tratar desse negócio.
Abraão receava que Isaque se casasse com uma moça de Canaã, ou voltasse para a terra de onde tinha sido chamado. Ainda hoje, às vezes, os pais sabem melhor do que os próprios moços que tipo de casamento será bom para seus filhos. Entre os chineses são os pais que escolhem as noivas para seus filhos, e parece que todos acham essa maneira mais proveitosa.

Notemos, em relação ao empregado Eliézer, Gn 15.2, os seguintes pontos:

1. Era um homem de idade e pessoa de confiança. É bem possível que Abraão não tivesse outro a quem pudesse confiar uma tarefa tão delicada;
2. Era um homem prevenido. Levou consigo tudo o que era necessário para o bom êxito de sua missão;
3. Era um homem cauteloso. Pediu um sinal, uma coisa que nem sempre é preciso, e que o Deus misericordioso às vezes fornece;
4. Era um homem piedoso. Orou a Deus pelo serviço que havia de fazer;
5. Era um homem eloqüente. Quando precisava falar do seu Senhor;
6. Era um homem pontual. E não quis perder tempo, Gn 25.54.
Eliézer é o servo Modelo'.
1. Não vai sem ser mandado, Gn 24.2-9;
2. Vai para onde o mandam, Gn 24.4,10;
3. Não se preocupa com outra coisa;
4. Ora e dá graças, Gn 24.12,14,26,27;
5. É sábio para persuadir, Gn 24.17,18,21;
6. Fala, não de si, mas das riquezas do amo, e da herança do filho, Gn 22.34-36;
At l.8;7. Apresenta o caso sem equívoco e requer uma decisão positiva, Gn 24.49.
Eliézer enfeita a noiva com as jóias da casa paterna, mesmo antes dela iniciar a viagem. O Espírito Santo procura enfeitar a Igreja com as lindas regalias da casa do Pai, antes dela ser arrebatada, Gn 24.53.
Isaque saiu a orar (meditar sobre o falecimento de sua mãe no campo), Gn 24.63;
talvez por falta de sossego necessário na tenda, ali mesmo levanta os olhos e vê chegando Eliézer vindo de regresso.
Na oração solitária podemos ver coisas maravilhosas.

Vamos agora considerar Rebeca:

1. Era formosa, Gn 24.16;
2. Trabalhadeira, Gn 24.19;
3. Hospitaleira, corajosa, decidida, Gn 24.58,
4. Modesta.Gn24.65.
Significado dos Nomes:
1. Isaque (hb - riso) representa Cristo.
2. Rebeca (hb - corda com laço) representa a Igreja.
3. Eliézer (hb - meu Deus é auxílio) representa o Espírito Santo.
Caro Aluno, aqui citarei alguns personagens da História e que fazem parte desta Dispensação: Esaú e Jacó; Jacó e seu Tio Labão e José do Egito. 



QUESTIONÁRIO: TERCEIRA E QUARTA DISPENSAÇÃO
1) Por quanto tempo durou a Dispensação do governo humano?
2) Com quantos anos morreu Abraão?
3) O que significa Sodoma?
4) Qual o significado do nome Isaque?
5) Com quantos anos Abraão estava quando nasceu Isaque?
6) O que simboliza o Egito?
7) Quantos filhos Abraão teve com Quetura?
8) Com quantos anos morreu Sara?
9) Qual o significado representativo de Rebeca?
10) Quanto tempo durou a Dispensação Patriarcal?
11) Qual foi a duração da Dispensação do Governo Humano?

5. A QUINTA DISPENSAÇÃO
Esta dispensação e chamada de Dispensação da Lei, por causa das leis
dadas a Moisés, as quais se tornaram parte da regulamentação da fé e da pratica
durante o período entre Moisés e Cristo. Homens dessa dispensação tiveram também
o evangelho Gl 3:8 Heb 4:2.
* Informações Importantes Acerca da Dispensação da Lei
A. Esta dispensação teve uma duração de aproximadamente 1.718  anos. Iniciouse com a chamada de Moisés em Horebe, quando ele tinha 80 anos de idade
por ocasião do fim do Êxodo de Israel no Egito, e estendeu-se até a pregação
do Reino dos Céus por João Batista e advento do Messias. Durou de Moisés a
Cristo.
Do Êxodo no Egito até a entrada em Canaã 41 anos num 14:33-34 Num
32:13 Dt 8:2-4 Dt 29:5 Jos 5:6;
Da entrada em Canaã ate o Reino de Saul 520 anos;Do governo do rei Saul até o cativeiro na Babilônia  513 anos;
Do inicio do cativeiro na Babilônia até a restauração nos dias de
Neemias, Esdras e Zorobabel 164 anos;
Da restauração nos dias de Neemias até a pregação do Reino por João
Batista  480 anos. Todo período desta dispensação soma um total de
1.718 anos;
B. Os filhos de Israel viram o poder de Deus, em sinais e maravilhas no Egito e no
deserto.
Deus fez aparições pessoais a eles. Ex 19:17-19   Ex 24:9-11   Jos 5:13-
15;
Falou a Israel com voz audível. Ex. 19:17-19   Dt. 5:22-24;
Houve manifestações visíveis de sua presença dia e noite. Ex 14:19-21;
Deus curou as doenças de Israel. Ex 15:26 Ex 23:25 Sl 105:37 Sl 107:20;
Deus deu a Israel revelações e um código completo de leis. Ex 24:12-18;
Obs.:  Leis acerca da propriedade, Leis acerca de escravos, Leis sociais,
(leis civis), Leis de justiça e misericórdia  (leis penais), Leis acerca do
tabernáculo, Leis acerca dos sacrifícios e ofertas, Leis acerca do
sacerdócio, do culto e festas de adoração ao Senhor (leis eclesiásticas).
Deus fez alianças com o povo de Israel.
Circuncisão Gn 17:10-14   Gn 17:23-27
Guarda o sábado  Ex 31:12-17C. Todo o Antigo Testamento foi escrito nesta dispensação.
* Objetivos e Propósitos da Dispensação da Lei.
A. Levar a nação de Israel a obedecer à lei de Moisés em todos os seus detalhes.
Ex 19:8 Ex 24:3 Ex 24:7;
B. Testar o  povo da nação de Israel para ver se eles obedeceriam realmente a
Deus;
C. Começar uma comunidade de nações lideradas por Israel;
D. Estabelecer um sistema visível de adoração que retrataria em cada detalhe a
verdade redentora que viria;
E. Provocar a destruição da raça de gigantes pela espada de Israel, para trazer o
Messias ao mundo, através da raça adâmica pura;
F. Dar a Israel a revelação completa de Deus e daí a toda raça humana, conforme
promessa feita a Abraão, Isaque e Jacó;
G. Mostrar através da lei que todo o mundo se tornou culpável perante Deus. Rm
3:19-20 Rm 4:15 Rm 5:13 Rm 7:5-14 Gl 4:21-31 Gl 3:10-11  Gl 5:1;
H. A lei era uma projeção das boas coisas que viria, e foi introduzida por causa da
transgressão, até que viesse o nascimento da semente da mulher,  Cristo. Mt
11:13 Lc 16:16 Gl 3:13-26 Cl 2:14-17 Heb 10:1;
* Os Fracassos e Erros na Dispensação da Lei
A. Os erros e fracassos no Deserto. Murmuração  Ex 15:23-26   Ex 16:2-3   Num 11:1-2   Num 12:1-10
 Contenda   Ex 17:2-6
 Desobediência e Idolatria   Ex 32:1-7
 Profanação e Sacrilégio   Lv 10:1-2
 Rebelião   Num 16:1-35
B. O fracasso sob o comando de Josué. Jos capítulos 7 a 9.
O pecado de Acã. Jos 7:1 Jos 7:21
A derrota de Israel diante dos habitantes de Aí. Jos 7:4-5
C. O fracasso sob o governo dos Juízes. Jz 2:7   Jz 2:11-20
D. O fracasso sob o governo dos Reis.
Quase todos os Reis de Israel e Judá fracassaram após a divisão do reino, o
povo judeu entrou em apostasia e a nação foi quebrada e levada para o cativeiro na
Babilônia. I Reis 11:6-11
E. O fracasso no cativeiro. Ez 2:3-7  Ez 3:7-9   Ez 3:11
F. O fracasso na restauração e ao voltarem do cativeiro. Esdras capítulo 10
Neemias capítulo 13 Ageu capitulo 1  Ml 1:1  Ml 3:7-12   Ml 4:6
G. O fracasso em rejeitar o Messias e o  evangelho. Mat 5:20   Mat  6:1-18 Mat
11:20-27  Mat 12:22-30     At 2:12-38    At 3:1-5    At 12:1-19    At 13:41-52
* O Julgamento de Israel como Nação
O Reino de Deus foi tomado Deles. Mat 21:33-46;A nação foi completamente destruída em 70 d.C, com os sobreviventes
espalhados entre varias nações da Terra. Lc 21:20-24 Dt 28 Lv 26
A nação foi rejeitada e ficará desolada até a 2ª vinda de Cristo. Mat
23:27-39
* A Provisão de Deus para a Redenção
Na dispensação da Lei o homem oferecia sacrifícios de animais como
uma figura do sacrifício real que seria oferecido no calvário. Hebreus
capítulos 8 a 10;
Na cruz Deus providenciou a verdadeira fonte de redenção. I Cor 1:18-
24 Cl 1:12-20 Cl 2:14-17 I Ped 2:24;
Deus enviou seu filho para tomar lugar de todos os homens na morte, e
restaurá-los para Deus. Sl 8 Gl 3:13 Ef 2:11-18 Heb 2:9-18 I Ped 1:18-23
ALIANÇA MOSAICA

A Dispensação da Lei teve uma duração de 1.430 anos: do "Êxodo do Egito" até a "Crucificação de Cristo".
Para estudarmos este livro, onde começa a Quinta Dispensação, vamos verificar de!, importantes revelações de Deus, a saber:

1) O "Eu Sou ", na sarça ardente - Um Deus que mantém aliança;
2) As pragas - Um Deus de punição;
3) A Páscoa - Um Deus de redenção;
4) A travessia do Mar Vermelho - Um Deus de poder;
5) A jornada até o Sinai - Um Deus de provisão;
6) A Lei - Um Deus de santidade;
7) Tabernáculo, sacerdote, ofertas - Um Deus de comunhão;
8) A punição devida do bezerro de ouro - Um Deus de disciplina;
9) A Renovação da Aliança - Um Deus de graça;
10) A vinda da glória - Um Deus de glória.
"Porque a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e verdade vieram por Jesus Cristo '\ Jo l. 17.
É bom lembrar que esta Dispensação pode ser chamada de Dispensarão dos Israelitas.
Devemos lembrar que o cenário histórico data de 1440 a.C. aproximadamente. Sabemos que a data do Êxodo foi por volta de 1445 a.C. Além desta outra data, também é defendida pêlos estudiosos do AT, a de 1290 a.C. O tema do livro:
"Redenção e organização de Israel como povo da Aliança".
Em Gn 19.3 começa a Quinta Dispensação, quando a Lei foi colocada em ênfase dos princípios de Deus.
Israel chega ao monte Sinai depois de 3 meses de uma longa viagem.

Neste momento. Deus chama-o a um Concerto mais sério, e passa-lhe uma no vá lição:

1. Mediante ao mandamento aprendeu a Santidade de Deus;
2. Mediante ao seu próprio erro, aprendeu a sua fraqueza pecaminosa;
3. Mediante a provisão do sacerdócio e do sacrifício, aprendeu a Bondade de Deus.
Em Gl 3.6-25, aprendemos a relação da Lei para com a Aliança Abraãmica:
1. A Lei não pode anular esta aliança;
2. Foi "acrescentada " para convencer do pecado;
3. Servia de pedagoga até a vinda de Cristo;
4. Era uma disciplina preparatória "até que viesse a semente ". A trajetória de Israel no deserto e em Canaã é uma longa história de violação da Lei. A prova terminou no julgamento dos cativeiros, mas a Dispensação propriamente dita só terminou na Cruz. Podemos considerar:

1) O estado do homem no começo da jornada, Êx 19.1-3;
2) Sua responsabilidade, Êx 19.5,6; Rm 10.5;
3) Seu fracasso, II Rs 17.7-17; At2.22.23,
4) O julgamento, II Rs 17.1-6,20; 25.1-11; Lc 21.20-24.
Notemos neste capítulo o cuidado que Deus tem de desenvolver em Israel uma compreensão de sua santidade. No Egito tinham se acostumado com as imundas divindades do paganismo, e agora precisam aprender que Jeová é um Deus santíssimo e temível.

A Lei foi dada de três maneiras:
1°) Verbalmente, Êx 20.1-17. Isto era lei pura, sem nenhuma provisão de sacerdócio ou sacrifício, e foi acompanhada das "Ordenanças", Ex 21.1-23.13, relativas às relações de hebreus com hebreus; a isto foram acrescentadas, Ex 23.14- 49, direções diferentes às três festas anuais, Êx 23.30-33, e inscrições sobre a conquista de Canaã. Estas palavras Moisés comunicou ao povo, Êx 24.3-8. Imediatamente, na pessoa dos seus anciões, foram admitidos na presença de Deus, ÊX24.9-11.
2°) Moisés foi então chamado ao monte para receber as tábuas de pedra, Êx 24.12-18. A história então se divide. Moisés no monte recebe instruções referentes ao Tabernáculo, ao sacerdócio e aos sacrifícios, Êx 25-31. No entanto, o povo, Êx 32, chefiado por Aarão, transgride o primeiro mandamento. Moisés, voltando, quebra as tábuas escritas pelo dedo de Deus, Êx 31.18; 32.16-19.
3°) As segundas tábuas são feitas e a Lei escrita novamente (por Moisés?) na presença de Jeová, Êx 34.1,28,29.

Os Dez Mandamentos

A Aliança Mosaica foi dada a Israel com três divisões, cada uma ligada às outras, e, conjuntamente, formando a Aliança Mosaica.
Os Dez Mandamentos, expressão da vontade de Deus para seu povo, Ex 20.1- 26; Os Juízos, governo da vida social de Israel, Êx21.1 - 24.11; e as Ordenanças, governando a vida religiosa de Israel, Êx 24.12 - 31.18. Estes três elementos formam a "LEI" como essa palavra se emprega no NT, Mt 5.17,18. Os Mandamentos e Ordenanças formam um só sistema religioso.
Os mandamentos foram um "Ministério de Condenação) e de "Morte)), II Co 3.7-9.
Os Dez Mandamentos são:
1) Não terás outros deuses diante de mim;
2) Não farás para ti imagem de escultura;
3) Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão;
4) Lembra-te do dia de sábado para o santificar;
5) Honra a teu pai e a tua mãe;
6) Não matarás;
7) Não adulterarás;
8) Não furtarás;
9) Não dirás falso testemunho;
10) Não cobiçarás.

TABERNÁCULO

Passaremos à história do Tabernáculo, considerado a grande Tipologia do Plano da Salvação, uma ordenança de Deus a Moisés para proteção e orientação do povo de Deus.

Vejamos alguns significados:
1. Tenda provisória onde Deus falava ao seu povo, Êx 33.3-10;
2. Construção portátil em forma de tenda, Êx 25.8,9;
3. Recebeu o nome de habitação, Êx 25.9;
4. Onde estava depositada a tábua da lei;
5. O tabernáculo do testemunho;
6. Denominado casa do Senhor, Êx 34.26;
7. Sua planta foi dada pelo Senhor a Moisés, Êx 25.22.

Verifique Sua Planta:
PERDÃO
Pelo sacrifício do sangue
PURIFICAÇÃO
Pela limpeza
PODER DE DEUS
Pela participação, percepção e oração
PRESENÇA DE DEUS
Pelo Sangue aspergido e Obediência

Nota:
1. O Tabernáculo simboliza: Israel aproximando-se de Deus;
2. Tipificou a obra redentora de Cristo para trazer os pecadores a Deus.

6ª ALIANÇA - PALESTINA OU CANANITA: Esta aliança foi feita com o povo de Israel, que habitava nas terras de Canaã. Mas que por causa do pecado eles seriam espalhados pelas nações.Dt. 30: 1 ao 3; Lv. 26: 33; Jr. 9: 16; Ez. 11: 16 e 17.
Embora esta aliança feita com a casa de Israel, podemos ver que Cristo na sua morte serviria para trazer estes de todas as nações onde foram lançados, para unir num só corpo os filhos de Israel que andavam espalhados. Jô. 11: 49 ao 52; Mc. 15: 24; Lc. 19: 10.
Podemos dizer com certeza que Jesus Cristo é o libertador que viria para salvar Israel. Jr. 23: 3 ao 6. Esta aliança é semelhante a aliança nova. Nº 8.
7ª ALIANÇA – DAVIDICA: Na aliança com Davi, Deus promete a Davi que o seu reino, seria um reino que duraria párea sempre. II Sm. 7: 16.
Como foi com Abraão, assim Deus foi com Davi. A promessa seria cumprida em seu descendente. II Sm. 7: 12.
O descendente que levantaria de Davi, quando ele estivesse morto, é Jesus Cristo. Atos 2: 22 ao 32.



6. A SEXTA DISPENSAÇÃO
8ª ALIANÇA – ALIANÇA NOVA: Esta aliança foi feita com a casa de Israel e Judá. O Senhor tiraria deles a lei que foi escrita em tábua de pedra e a escreveria em seus corações. Jr. 31: 31 ao 34; Ez. 11: 17 ao 20.
Está aliança nos mostra claramente que é um pacto de Deus com a Nação de Israel. Deus nos mostra na sua Palavra que não rejeitou a Israel. Haverá o tempo para a salvação de Israel. Rm. 11: 1 e 25 a 7.
Segundo a Palavra de Deus os Judeus são inimigos por causa do Evangelho, mas são amados por causa dos Patriarcas. Rm. 11: 28. Muitos podem achar que não é justa a salvação de Israel, por serem inimigos do Evangelho. Rm. 9: 15 ao 21;Rm. 11: 7 ao 12.
9ª ALIANÇA – ALIANÇA ETERNA OU NOVA ALIANÇA: A Aliança Eterna á a mais importante de todas, pois nela inclui todas as alianças. Esta foi feita no céu entre o: PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO. Cl. 1: 15 ao 20; Jõ. 1: 1 ao 3.
A Aliança Eterna começou a se cumprir quando Jesus morreu na cruz co Calvário por nós. Jõ. 4: 14 ao 16; Lc. 22: 20; Hb. 9: 14 e 15. Mas a Aliança só foi consumada quando Jesus Cristo ressuscitou. Hb.13: 20; I Co. 15: 55; I Co. 15: 26.
A Palavra de Deus nos mostra que a Aliança Nova firmada com a casa de Israel e Judá está dentro da Aliança Eterna. O perdão para Israel virá através do sacrifício Jesus na cruz do Calvário. Cl. 3: 11; Hb. 8: 10 ao 13; Hb. 7: 22 ao 25; Jr. 23: 5 e 6.
Antes estávamos separados de Deus, mas hoje pelo sangue de Jesus Cristo, o sangue da Aliança Eterna, nós temos comunhão com Deus. Hb. 10: 19.
A Aliança Eterna é a única aliança que nos garante a vida eterna. Jõ. 4: 46 ao 58. A Aliança Eterna que Deus fez conosco, nos resgatou de todas as maldições e da morte e nos deu vida eterna. Gl. 3:
13 e 14; Cl. 2; 15 e 16; Ap. 20: 14.
A Aliança Eterna nos dá o direito de voltar a ser imagem e semelhança de Deus, basta imitarmos a Jesus. Ef. 5: 1; Porque Jesus é a imagem e semelhança de Deus. Hb. 1: 3; Rm. 8: 29; I Co. 15: 49; Cl. 3: 10.
Esta Aliança nos garante uma nova Terra, uma nova cidade. Hb. 12: 21 ao 24; Ap. 21: 1 ao 7; Jõ. 14: 1 ao 3; Is. 65: 17.
Obs: ALIANÇA NOVA: Uma aliança do mesmo tipo que as outras.
NOVA ALIANÇA: Um novo tipo de aliança.
ALIANÇA NOVA: Jr. 31: 31 Uma aliança que seria feita outra vez, com o mesmo povo: Como uma casa que seria construída no mesmo lugar.
NOVA ALIANÇA: Lc. 22: 20 Uma aliança que nunca foi feita com ninguém. Como uma casa construída em um lugar, onde nunca tinha sido construída outra casa.
Pr. Ev. Sérgio Lopes.

A Nova Aliança, A AliANÇA DA GRAÇA

Chamada Dispensação Eclesiástica.
A palavra-chave é: Graça. Sua duração começa com a crucificação de Cristo até a sua segunda vinda, tempo determinado pelo Senhor: "Aquele dia e hora ninguém sabe, unicamente meu pai que está nos céus". Hoje, já contamos com quase 2000 anos em que o véu do Templo foi rasgado e esta Dispensação findará com o toque da trombeta, quando acontecerá a segunda etapa da vinda de Cristo convocando os fiéis ao Arrebatamento.
Na Dispensação da Graça, Deus fez uma aliança com o homem, uma aliança superior às outras, ou seja, o próprio Filho enviado por Deus à humanidade:
1°. Mt 19.28
2°. Hb 2.7 3°. Lc 2.27 4°. Mt 13.55-57 5°. Lc 4.2-8 6°. Is 53.1-6 7°. G13.13
A Nova Aliança
Tal qual Moisés foi mediador da aliança mosaica, assim Cristo é o Mediador da Nova Aliança, Hb 8.6; 9.15; 12.24. Com o aparecimento de Cristo, a Antiga Aliança terminou, como Paulo afirma em Rm 10.4; Gl 3.19. Novamente apareceu Ele celebrando a Ceia com os discípulos, conforme registra Lc 22.20 e I Co 11.25. "Ele disse: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue", Mc 14.24.
A Graça não dispensa ordenação, pois há l .050 mandamentos no NT; mas, ao contrário da Lei, ela dá poder ao homem para cumpri-los. A palavra Graça aparece 166 vezes na Bíblia e tem um valor inestimável.
Verifique 10 citações da palavra Graça, com referências: Ef 2.8,9; At. 4.33;
18.27; Tt3.7;Rm5.20; 15.15; I Co 15.10; Gl 1.15; Cl 3.16; IITm2.1.
Verificamos três aspectos da revelação de Deus nessa Dispensação:
1. Os Evangelhos, um tratado da revelação de Jesus Cristo, um Deus introduzido no meio dos homens: "Emanuel, Deus Conosco".
2. Revelação através do Espírito Santo: o Guia; o Orientador; o Consolador; o Intercessor; o Fortificador; o Ornamentador da Igreja. "Todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus".
3. Revelação pela Palavra Escrita - A Bíblia Sagrada. Nela está a revelação perfeita da vontade de Deus.
Esta mesma Graça atua na formação da Igreja desde a fundação do mundo e já existia na mente de Deus:
1. Eleita por Deus desde a fundação do Mundo, Ef 1.4,5;
2. No AT, os Profetas falaram dela;
3. Personagens que simbolizaram a vida e a ação da Igreja (Enoque, Rebeca, Azenate, etc.);
4. Organização espiritual da Igreja, Mt 16.16;
5. Data de inauguração: Dia de Pentecostes, At 2;
A Igreja, uma representação do Corpo de Cristo aqui na Terra. Suas funções, seu trabalho e suas obrigações'.
1. Em relação a ela mesma "Comunhão", At 2.42;
2. Em relação ao mundo "Evangelização", Mc 16.15;
3. Em relação a Deus "Adoração".
Toda e qualquer tarefa da Igreja depende exclusivamente da Graça. Ela é quem nos encoraja no sentido de cumprirmos nossa tarefa como Igreja que também é um Luzeiro no Mundo e Sal da Terra.
Tenho me preocupado muito com a expressão: "Se o sal se tomar insípido para mais nada presta, a não ser para ser pisado pêlos homens".
Que Deus proteja a Igreja!
Seu compromisso para o futuro é o desfecho final do cumprimento das profecias, do fim dos tempos e a Dispensação da Igreja.
Verifique alguns acontecimentos que surgirão :
1. Ressurreição dos crentes;
2. Transformação dos crentes vivos na vinda do Senhor;
3. Arrebatamento;
4. Tribunal de Cristo (compensação);
5. Casamento da Igreja (bodas do Cordeiro);
6. Glorificação da Igreja;
7. E nos fez Reis e Sacerdotes para Deus seu Pai.

QUESTIONÁRIO: QUINTA E SEXTA DISPENSAÇÕES
1) Qual a duração da quinta Dispensação?
2) O que Deus representa quando institui a Páscoa? 
3) Qual a representação de Deus na Lei? 
4) Qual o tema do livro de Êxodo? 
5) Onde Moisés recebeu as tábuas de pedra? 
6) Qual a missão da Igreja frente ao mundo? 
7) Qual a duração desta Dispensação (Igreja)? 
8) Quando termina esta Dispensação?
9) Como se chama o Tribunal em que os crentes hão de comparecer? 
10) Apresente dois aspectos do futuro da Igreja. 

7. A SÉTIMA DISPENSAÇÃO (MILÊNIO)
ALIANÇA MILÊNICA

O plano redentor de Deus para com o homem termina com o cumprimento dos mil anos de paz sobre a Terra, que serão seguidos do Juízo Final e a volta à eternidade. Jesus Cristo descerá pessoalmente a terra e será REI. Ele denominou esta Dispensação de "Regeneração", Mt 19.28; é também chamada de "Tempo de_ Restauração", At 3.20,21.
A juntura destes "Séculos", presente e vindouro, forma um nítido exemplo de sobreposição das Dispensações, isto é, às vezes, a um tempo transitório entre um tempo e outro.
Sua duração, o próprio título indica, terá mil anos', seu início se dará com a manifestação (Parousia) de Cristo na segunda etapa de sua segunda vinda a terra, Ap 19.11-21, e findará com a instalação do grande Trono Branco, Ap 20.11-15.
O próprio Cristo voltará literalmente a terra, onde Ele esteve durante 33 anos e pessoalmente reinará sobre a mesma por um espaço de 1.000 anos, e terá ao seu lado a SUA IGREJA. Ela voltará dos céus para onde foi levada no Arrebatamento.
O Plano de Deus para com o mundo é fazer "Convergir" nele (em Cristo), na Dispensação e na plenitude dos tempos, Ef 1.10.
Havendo efetuado a redenção dos homens pelo seu sangue derramado na cruz, e Deus no século vindouro mostrará a suprema riqueza de sua graça.
A dupla revelação do Milênio será feita:
l. Pela presença pessoal de Jesus Cristo, que se sentará no trono de Davi, Lc 1.32,33;
2. O Sermão do Monte, pregado por Jesus no início de seu ministério terreno, Mt 5.6,7, é uma legislação que se tomará plena como plataforma do reino milenial. Ela será a Pedra Angular das atividades do Rei durante o Milênio. O Governo será um regime teocrático, isto é. Governo Pessoal de Deus, Is 52.7; Lc l .33; Dn 7.13.
A SEDE DO GOVERNO
A capital do mundo não será Washington, Londres, Tóquio e nem Paris, mas, sim, Jerusalém, a desprezada cidade tantas vezes pisada pêlos exércitos invasores. Ela será totalmente restaurada, vindo a realizar-se a visão do salmista que disse:
"Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus. Seu santo monte, belo e sobranceiro, é a alegria de toda a terra; o monte de Sião, para os lados do Norte, a cidade do grande Rei. Nos palácios dela. Deus se faz conhecer como alto refúgio '\ SI 48.1-3; Is 2.2-4.

A BÍBLIA NO SEU TRANSCURSO MILENIAL
1. Será um reino literal e universal, Dn 2.34,35;
2. Jerusalém será a capital do reino, Jr 3.27; Is 24.23; Ez 48;
3. Os animais serão dóceis. Is 11.6-9; 65.25; Os 2.18;
4. Época de justiça e paz. Is 9.6,7; 11.4; Zc 9.10; SI 96.13;
5. A terra ficará mais fértil, Is 35. l; Am 9.3,6;
6. O prolongamento da vida humana. Is 65.20,22; Zc 8.4,5;
7. Satanás será amarrado, Ap 20.20,22,23.

Haverá duas classes de pessoas:
1. Glorificados e
2. Não-glorifícados.
Os glorificados são os crentes do AT e NT e os do período da Grande Tribulação e as não-glorificados são os judeus sobreviventes da Grande Tribulação, gentios remanescentes das nações e os nascidos no Milênio.
A cena final e a justificação do grande Trono Branco, quando comparecerão diante do Cordeiro e Rei todos os mortos de todas as épocas, ainda não ressuscitados. Esta é a Segunda Ressurreição.

O julgamento iniciará por ocasião da abertura dos livros de Deus, Ap 20.12:
7. Cada pessoa serei julgada',
2. Os inimigos do Rei serão punidos',
3. Os inimigos espirituais do Rei serão julgados: Satanás; o Anticristo; o Falso Profeta; os demônios; o Inferno e a morte.
Cristo colocará sob seus pés todos os seus inimigos, I Co 15.24,25. A Ele, toda honra, glória e louvor para sempre. Amém!
Caro Aluno, gostaria de ter tempo suficiente para estudarmos juntos, pois este é um assunto de grande importância para nossa vida espiritual!

8 - BIBLIOGRAFIA:
A Bíblia Anotada – Versão Almeida Revista e Atualizada 1.994 – Editora Mundo Cristão SP.
A Bíblia Vida Nova  – Tradução João Ferreira de Almeida  – Edição Revista e Atualizada no Brasil  – SR
Bíblia de Estudo Dake – Finis Jennings Dake – Versão Almeida Revista e Corrigida – Edição 1.995 – Editora
Bíblia de Estudo do Líder Pentecostal – Sociedade Bíblica do Brasil 2.009
Bíblia de Estudo Pentecostal – Antigo e Novo Testamento – Almeida Revista e Corrigida Edição de 1.995
Bíblia de Estudo Plenitude – Edição Revista e Corrigida – Sociedade Bíblica do Brasil 2.001
Bíblia de Estudo Vida – Almeida Revista e Atualizada – 1.998 Editora Vida
Bíblia de Referência Thompson – Almeida Edição Contemporânea – Editora Vida 1.996 
Bíblia do Ministro – Antigo e Novo Testamento – Edição Contemporânea de Almeida Editora Vida 1.996. 
Bíblia Sagrada – Tradução João Ferreira de Almeida Ed. Revista e Corrigida – 1.998 Sociedade Bíblica do
Brasil
Comentário Histórico/Cultural do Novo Testamento – Lawrence O. Richards 1ª Edição CPAD 2.007.
Comentário Judaico do Novo Testamento  – Por David H. Stern – Editora ATOS/DIDÁTICA Paulista Ltda
CPAD/ATOS
Edições Vida Nova 1.978
Editora CPAD.
Espada Cortante – Orlando Boyer – Impressão CPAD – Rio de Janeiro
Estudo Panorâmico da Bíblia – Henrietta C. Mears – Editora Vida Nova 9ª Impressão 1.997
HALLEY, Henry H. Manual Bíblico. São Paulo: Vida Nova.
História Bíblica Dispensacional - Apostila FAETEL 2000
Manual Bíblico H. H. Halley – Edições Vida Nova 1.970
Manual de Escatologia – Dwight Pentecost
McNAIR, S. E. A Bíblia Explicada.
O Novo Comentário da Bíblia – Editado por F. Davidson - Edições Vida Nova São Paulo 1.997.
OLSON, Nelson Lourenço. Plano Divino Através dos Séculos.
Pequena Enciclopédia Bíblica O.S Boyer – Editora Vida 8ª Edição 1.981
Profecias de A a Z – Thomas Ice & Timothy Demy
Revelando os Mistérios do Apocalipse – Rubens Szgzerbacks 1ª Edição Editora Betel 1.999
S.E. Mc Nair – Bíblia Explicada – Compilação Janildo da Silva Arante
TOLEDO, Alcino Lopes. Apostilas das Sete Dispensações, Faetel, São Paulo.
Pr. Alcino Lopes de Toledo

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COMBATE VELADO | SAQUE VELADO | LADO R FT ANDRADE COMBAT | PARTE 1-25

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