Governo atendeu a principal reivindicação da categoria. A partir de agora, Polícia Civil não é mais responsável por presos em Natal e volta ao trabalho amanhã (3).
Em assembleia geral realizada na noite desta quarta-feira (2) cerca de 400 policiais civis decidiram encerrar a greve que começou ontem. Eles aceitaram a proposta encaminhada na tarde de hoje pelo Governo do Estado, pela qual a Secretaria de Justiça e da Cidadania (Sejuc) passa a ser responsável, de fato, pelos presos de Natal.
O Governo assumiu ainda o compromisso de em 120 dias retirar da Polícia Civil a responsabilidade pela carceragem dos presos também no interior do Estado. Há ainda um cronograma para a Grande Natal. Ficou acordado que em no máximo 15 dias, os presos de Parnamirim serão transferidos. Para Ceará-Mirim, Extremoz e São José do Mipibu o prazo foi de 90 dias.
No início, os atuais agentes penitenciários e os policiais militares vão ajudar a Sejuc, até que um novo concurso de agentes penitenciários seja concluído pelo Governo do Estado.
A proposta do Governo atendeu ainda outros pontos da pauta de reivindicação dos grevistas. Com isso as delegacias voltam a funcionar a partir de amanhã (3), a partir das 8h.
“Batalha vencida, não na totalidade e nem como gostaríamos, mas um grande avanço”, declarou a presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do RN (Sinpol), Vilma Marinho.
Pelo acordo, o Governo assumiu o compromisso de implantar as promoções a partir de março de 2010, criar um Fundo Especial da Polícia Civil (autonômia financeira), terceirizar os serviços de limpeza das delegacias, locar prédios para o funcionamento das delegacias, melhoria dos prédios, delegacias voltem a funcionar 24h.
“Os pontos de pauta foram contemplados, uns em curto prazo e outros em médio prazo. Nossa categoria é unida, vestiu a camisa e foi à luta. Foi um sucesso nossa paralisação”, disse uma das diretoras do Sinpol, Elza Elza Maria Alves de Medeiros
No dia 15 de janeiro acontece uma reunião entre sindicato e Governo para discutir a elaboração de um projeto de lei para reformar o Estatuto da Polícia Civil. Na ocasião, também vai ser discutida a reestruturação do Plano de Cargos, Carreira e Salários, a promoção automática dos policiais, o aumento de efetivo e a interiorização da polícia civil.
“A gente fica feliz, porque houve uma sensibilidade do governo”, concluiu Vilma.
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