Ok, o nome do blogue é Diário de um PM. Com um título desses, espera-se que publiquemos assuntos relativos ao cotidiano policial militar – óbvio. Muita gente que AINDA não é policial se interessa, tem visitantes que não almejam tal ofício mas respeitam o trabalho e temos também os policiais que nos visitam, normalmente se identificando com as histórias ou buscando novas informações acerca dos assuntos que nos rodeia. Hoje escrevo diretamente para os colegas de profissão.
Primeiramente, peço que conheçam o blogue Sobrevivência Policial, em especial o artigo “ Aprenda com os policiais mais antigos“. O texto é longo, eu sei. Aqueles que não gostam de ler terão preguiça, mesmo assim façam o esforço. É interessante. O artigo é um manual que faz jus ao nome do site, que pertence a um Agente de Policial Federal. Depois, confiram o que o Sargento José Ricardo da PMMG, autor do Universo Policial, escreveu sobre a atuação policial militar em ocorrências. Por fim, vejam o recente texto no Abordagem Policial que o Tenente da PMBA Danillo Ferreira publicou.
Agora, humildemente, escrevo algumas dicas que poderão ajudar no trabalho. Claro, não sou antigo, mas com o pouco tempo de PM já deu para aprender algumas coisas (muitas da pior maneira), posso estar equivocados em outras, daí a necessidade de trocarmos experiências (pode ser por aqui). Então vamos lá!
- Papel e caneta
Autorização para entrada em domicílio – Esse é importante, imagine aquela conhecida ocorrência policial em que o marido agride a esposa (algumas vezes, filhos) dentro de casa. Depois que usamos a força e acalmamos os ânimos do agressor, é quase certo o arrependimento da mulher em ter nos chamado e principalmente se indignar por prender seu companheiro. Apesar de ser uma situação flagrante, o ideal é que o policial adentre a residência com a autorização do morador (a). Como ele (a) pode negar posteriormente que permitiu seu ingresso, o respaldo nesse documento livrará o PM de dores de cabeça no futuro. É bom lembrar que testemunhas são bem vindas. Nesse caso, pega aquelas vizinhas xeretas que ficam na calçada só “fiscalizando” o desenrolar da história.
Auto de resistência à prisão – Quem dera que todo suspeito detido assim o fosse de maneira pacífica, colaborativa. Infelizmente não é bem assim que acontece. E nossa atenção se redobra para não nos excedermos durante o calor da ocorrência. A Corregedoria é logo ali. Por isso, cuidado nas investidades, cuidado para não ser ferido, cuidado para que não machuquem inocentes e – se der – cuidado para não utilizar uma força desproporcional. Para esses casos, confeccione o documento. Novamente as testemunhas são bem vindas. Tudo bem que a máxima “melhor ser julgado por 7 do que carregado por 6″, amplamente difundida em nosso meio, tem a sua lógica de sobrevivência. Só que o ideal é evitar as duas situações.
- Algemas
- Lanternas
- Luvas cirúrgicas
- Armas de fogo
- Armas não letais
*Essas são as dicas (bizu) mais básicas e que provavelmente todo policial já as conhecem muito bem. Seria muita pretensão acreditar que essas linhas sejam um “manual” para o PM. No entanto, esse espaço é acima de tudo para o aprendizado. Sendo assim, os colegas que quiserem compartilhar e enriquecer nossos conhecimentos ou ainda discutir sobre o complexo serviço policial fique a vontade nos comentários.
Mais uma vez, agradeço ao colega Tião Ferreira que há muito tempo disponibilizou o Serviço Eletrônico de Apoio Policial ao Policial.
http://www.diariodeumpm.net/2010/08/02/manual-pratico-do-policial-militar/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+diariodeumpm+%28Di%C3%A1rio+de+um+Policial+Militar%29
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