A funcionária pública Lucinda Maria Torquato de Lima, 42 anos, foi assassinada na noite de quinta-feira, na cidade de Santo Antônio de Salto da Onça, a 90 quilômetros de Natal. A mulher foi baleada após denunciar um assalto que ocorria em um mercadinho em frente à casa onde morava, na rua Marechal Floriano, também conhecido como rua de Pedra. Um adolescente de 17 anos que confessou ter participado do homicídio, já foi apreendido.
O crime ocorreu por volta das 20h30. O adolescente e o tio dele, identificado como Josuel Germano da Silva, também conhecido como “Branco”, 23 anos, entraram no mercadinho Casa Neves e, armados com revólveres calibre 38, renderam funcionários e clientes do estabelecimento comercial. Lucinda Maria, do outro lado da rua, viu a movimentação e começou a gritar: “assalto, assalto”. “Branco”, então, teria se aproximado dela e disparado um tiro contra a funcionária pública. A bala atingiu a boca da vítima.
Mesmo gravemente ferida, Lucinda ainda foi socorrida e encaminhada para o hospital da cidade, o Lindolfo Gomes Vidal. No entanto, morreu pouco depois de dar entrada. “Começamos uma busca juntamente com a Polícia Militar na região e localizamos a moto que a dupla teria utilizado na fuga, uma Titan vermelha”, afirmou o delegado José Carlos de Oliveira, titular da delegacia de Santo Antônio de Salto da Onça.
A moto havia sido abandonada na cidade de Jundiá. “Pela placa, nós conseguimos encontrar o proprietário do veículo, que era um morador de Redenção, distrito de Santo Antônio do Salto da Onça. Fomos até lá e ele afirmou que tinha vendido a moto a esse Josuel Germano já há algum tempo”, contou o delegado.
Na manhã de ontem, o adolescente de 17 anos se apresentou espontaneamente na Delegacia de Goianinha. “Ele confessou a participação no crime, mas disse que não tinha atirado contra a mulher. Quem teria feito isso seria mesmo ‘Branco’”, afirmou o delegado. Sobre o dinheiro levado no assalto ao mercadinho, o adolescente afirmou que “jogou fora”, visto que a quantia (R$ 1.400) “era pouca, bem menos do que a esperada”.
O adolescente, no entanto, não soube informar onde jogou o dinheiro e as armas utilizadas no assalto e no homicídio, tampouco, disse a localização de “Branco”, que é tio dele. “Vamos continuar com as buscas. O adolescente deve responder por ato infracional correspondente a assalto e homicídio porque apesar de não ter atirado, participou da ação”, contou o delegado. Josuel Germano, inclusive, já responde a outros quatro processos: um por homicídio, outro por tentativa, um por assalto e mais um por porte ilegal de arma. “Ele tinha saído da penitenciária de Nova Cruz há cinco dias e começou esse crime agora”, afirmou o delegado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário