quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliação Os psicotrópicos são drogas que alteram a capacidade mental e emocional.


Introdução

(Intoxicação Aguda ou envenenamento por psicotrópicos)
À MEDIDA que o tóxico lentamente fazia efeito, Ana aguardava a primeira onda de excitação. Já tinha sentido isso muitas vezes antes. Ela deitava de costas, fechava os olhos e aparentemente caía num estado de semiconsciência, sem ligar para nada ao seu redor.
Mas, desta vez foi diferente. Ao passo que seus olhos se fecharam, e a euforia tomou conta dela, ficou inconsciente. Sua respiração tornou-se difícil, e seu coração palpitava de forma irregular. Ela chegou muito perto da morte.
“Voltei a mim no hospital”, recorda Ana, seu rosto refletindo um ar de gratidão por estar atualmente viva para contar sua história. “Estive diversas vezes perto da morte, mas, para felicidade minha, obtive a ajuda que precisava, antes que me matasse”.
Ana era viciada em psicotrópicos.
Os psicotrópicos são drogas que alteram a capacidade mental e emocional. Em termos simples, são drogas que podem deixar as pessoas letárgicas, sonolentas, calmas, enérgicas, nervosa, mais alerta, ou provocar alucinações. Estas incluiriam os tranqüilizantes, os narcóticos, os sedativos, o álcool, até mesmo os remédios vendidos sem receita, tais como remédios para resfriados ou para tosse, que talvez contenham substâncias psicotrópicas, como anti-histamínicos ou álcool.


Intoxicação Aguda ou Envenenamento

Estado conseqüente ao uso de uma substância psicoativa e compreendendo perturbações da consciência, das faculdades cognitivas, da percepção, do afeto ou do comportamento, ou de outras funções e respostas psicofisiológicas. As perturbações estão na relação direta dos efeitos farmacológicos agudos da substância consumida, e desaparecem com o tempo, com cura completa, salvo nos casos onde surgiram lesões orgânicas ou outras complicações. Entre as complicações, podem-se citar: traumatismo, aspiração de vômito, delirium, coma, convulsões e outras complicações médicas. A natureza destas complicações depende da categoria farmacológica da substância consumida assim como de seu modo de administração.

INTOXICAÇÃO AGUDA OU SOBREDOSAGEM
A intoxicação aguda refere-se aos efeitos agudos perigosos que o consumo excessivo de uma droga podem causar no organismo. Todas as drogas têm efeitos tóxicos quando são consumidas de forma excessiva especialmente se são administradas de forma oral ou endovenosa: é o caso do "inocente" café (pode provocar a intoxicação cafeinica), o álcool (a embriaguez), a heroína ou as benzodiazepinas que são utilizadas como forma de suicídio quando ingeridas em excesso.
Algumas drogas, como o tabaco e os canabinóides, sendo pouco tóxicas e administradas de forma inalatória têm menor possibilidade de provocar intoxicação aguda grave, porque o consumidor não consegue continuar o consumo até ao limite. Isto significa que as sobredosagens são mais prováveis quando a droga é injetada ou ingerida, embora algumas possam também pela simples inalação (ex: o crack) provocar sobredosagens fatais.
COCAÍNA (Droga Psicotrópica)
Em nosso meio a cocaína é utilizada, principalmente, por três vias: nasal (aspirada), endovenosa (EV) e pulmonar (fumada sob a forma de crack).

* EFEITO DAS SUBSTÂNCIAS:
Sensação de euforia e bem-estar, idéias de grandiosidade, irritabilidade, aumento da atenção para estímulos externos, prejuízo na capacidade de avaliação e julgamento da realidade. O usuário passa a falar e a mover-se com maior rapidez e não sente sono, fome ou fadiga.
Com o aumento da dose: reações de pânico, sensação de estar sendo perseguido, às vezes alucinações auditivas e táteis (escutar vozes, sentir sensações de bichos andando pelo corpo). O quadro completo é chamado de psicose cocaínica, com manifestações paranóides agudas.

* INTOXICAÇÃO AGUDA:
Em intoxicação com doses mais altas, quadro de confusão mental (síndrome Cerebral orgânica - SCO), discurso incoerente, surgimento de comportamentos bizarros.
Elevação da pressão arterial e da freqüência cardíaca podendo causar diminuição do diâmetro das artérias coronárias. A combinação desses dois fatores pode também provocar infarto do miocárdio, mesmo em pessoas sem problemas cardíacos prévios. Podem ocorrer arritmias causando morte súbita. Mencionam-se sangramentos cerebrais em pessoas que tenham malformações vasculares (o que não e raro), bem como convulsões generalizadas. Pode haver hipertermia, passível de induzir convulsões.
O consumo elevado de cocaína pode ocasionar a morte por parada respiratória, causada por ação direta nos centros nervosos responsáveis pelo controle involuntário da respiração.

* DANOS E DOENÇAS COMUMENTE ASSOCIADOS:

Com uso nasal: perda da sensibilidade olfativa, atrofia da mucosa com rinite crônica e perfuração do septo nasal.
Com uso pulmonar: possibilidade de lesão pulmonar com diminuição da capacidade de oxigenação no sangue, por fibrose intersticial.
Com uso endovenoso: por esta via ocorrem dois tipos de complicações, não infecciosas e infecciosas (aquelas causadas por contaminação quando da aplicação da injeção).

* COMPLICAÇÕES NÃO INFECCIOSAS:

O pó da cocaína contem em geral, substâncias adicionais (impurezas). Na injeção, estas podem causar reações alérgicas, de gravidade variável, indo de um simples "rash" cutâneo (pele avermelhada e irritada) até a morte. Embolia e fibrose pulmonar podem ocorrer reações de irritação local e flebite.

* COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS:

Causadas pelo uso comum de utensílios contaminados, utilizados no preparo e na aplicação da injeção, tais como agulhas, seringas, potes, colheres, etc. Abscessos de pele e músculos, infecções sistêmicas: endocardite bacterianas infecções pulmonares, hepatites virais, doença de Chagas, sífilis, septicemias e AIDS.
É importante salientar que as complicações por uso endovenoso de drogas podem ocorrer mesmo em usuários esporádicos embora os dependentes apresentem maior probabilidade para as mesmas.

* SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA:

A existência de uma síndrome de abstinência de cocaína é hoje cientificamente aceita. As manifestações clínicas, embora ainda controvertidas e mal definidas, sobretudo em relação à duração, incluem cansaço e sono in tensos, aumento do apetite, irritabilidade, ansiedade, depressão, anedonia, distúrbios do sono (insônia ou hipersonia) e retardamento psicomotor e fissura pela droga. Estas manifestações desaparecem progressivamente em algumas semanas.
Estudos recentes dividem a síndrome de abstinência de cocaína em 3 fases, a saber:
A - fase aguda ou "crash", vista após uso prolongado de altas doses de cocaína e caracterizada por intensa fadiga e depressão grave, às vezes acompanhada de ideação suicida;
B - fase de abstinência gradual;
C - fase de extinção, cuja duração variaria de 1 a 10 semanas.

* TRATAMENTO FARMACOLÓGICO PARA A DEPENDÊNCIA E ABUSO DE COCAÍNA:
1 - intoxicação aguda: O tratamento da intoxicação aguda por cocaína tem sido objeto de pouca investigação sistemática. Em geral, como não existe antídoto especifico, da cocaína, o tratamento é tipicamente sintomático e de suporte. A intoxicação aguda por cocaína pode provocar delírios paranóides. Embora drogas neurolépticas possam ser usadas, a maioria dos pacientes recupera-se em poucas horas sem requerer nenhum tratamento. Os pacientes que se tornam extremamente agitados e/ou potencialmente perigosos podem exigir sedação, geralmente usando um benzodiazepínico.
O uso agudo de cocaína pode também provocar hipertensão, taquicardia e convulsões. Informações de estudos com animais e de alguns estudos clínicos contra-indicam o uso de bloqueadores adrenérgicos e antagonistas dopaminérgicos nos casos de intoxicação aguda por cocaína. Ha relatos favoráveis quanto ao uso do labetalol, nestes casos, mas não há estudos clínicos confirmando tais relatos. Os benzodiazepínicos são freqüentemente usados na intoxicação aguda por cocaína. Não há evidência de que os anticonvulsivantes previnam as convulsões provocadas pela cocaína, não estando os mesmos indicados para este propósito.

2 - Tratamento da síndrome de abstinência: Embora uma série de estudos mostre resultados promissores, nenhuma medicação com eficácia comprovada foi encontrada para o tratamento da dependência de cocaína, mesmo após o estudo de mais de 20 medicamentos diferentes. Conseqüentemente, o tratamento farmacológico da dependência de cocaína não e ordinariamente indicado na abordagem inicial do paciente dependente da droga. Entretanto, pacientes com formas mais graves de dependência ou que não respondem ao tratamento psicossocial podem ser candidatos a uma terapêutica de prova. Até o momento, a desipramina, um antidepressivo tricíclico, e a amantadina, uma amina tricíclica antiviral usada na doença de Parkinson, parecem ter tido os melhores resultados para aquele fim.
Outros agentes usados no tratamento da dependência de cocaína de forma experimental e não definitiva: carbamazepina, fluoretina, maprotitilina, bupropiona, buprenorfina, dentre outros.

Opiáceos (Drogas Psicotrópicas)
Tipos de opiáceos:


Naturais Semi-sintéticos sintéticos

Os opiáceos podem ser de três tipos

1-Naturais:

São aqueles extraídos diretamente de uma flor chamada papoula (Papaver somniferum). Um líquido leitoso (ópio = suco) escorre do botão da papoula quando nele são feitos finos cortes. Nele encontram-se várias substâncias: a morfina e a codeína.

2-Semi-sintéticos:

São obtidos em laboratório (sintéticos), mas a partir da molécula da morfina (natural). O opiáceo semi-sintético mais conhecido é a heroína.

3- Sintéticos:

Foram criados totalmente em laboratório e quase todos possuem utilização médica, principalmente como anestésico geral e alivio de dores graves como no caso de câncer. O mais conhecido e que causa mais problemas de dependência de opiáceos no Brasil é a meperidina (Dolantina®).

Aparência

Os opiáceos sintéticos são fabricados na forma de comprimidos ou ampolas.
A heroína é um pó nas cores branca ou marrom (Brown sugar). Pode ser cheirada, fumada ou injetada.

Efeitos

Os opiáceos são sedativos (induz o sono) e analgésicos (reduz a dor).
As alterações mais ressaltadas pela literatura são as referentes ao estado de humor. Há experiências que vão da euforia, marcadas por sensação de prazer, devaneios e distanciamento dos problemas, à sensação de mal-estar psíquico, com irritabilidade, tristeza e sonolência excessiva. Imagens oníricas são bastante freqüentes, qualquer que seja o padrão de humor predominante. Estes efeitos tendem a diminuir ou mesmo desaparecer com o uso frequente.

Riscos à saúde

1. Os opiáceos têm alto potencial de dependência;
2. Doses excessivas podem levar à overdose, coma e até mesmo à morte.
3. As crises de abstinência são intensas e requerem internação.
4. O compartilhamento de seringas aumenta o risco de infecções por bactérias e vírus, como a AIDS.


Intoxicação aguda e overdose por opióides

Intoxicação aguda

1-Sedação
2-Humor normal tendendo ao eufórico
3-Contração da pupila (miose)


Overdose

1-Inconsciência
2-Miose pronunciada
3-Bradicardia acentuada
4-Depressão respiratória
5-convulsões
6-Coma

Maconha

Um pouco de história:
A maconha é o nome dado aqui no Brasil a uma planta chamada cientificamente de Cannabis sativa. Em outros países ela recebe diferentes nomes como os mencionados acima. Ela já era conhecida há pelo menos 5.000 anos, sendo utilizada até mesmo para fins medicinais. Talvez a primeira menção da maconha na nossa língua tenha sido um escrito de 1.548 onde está dito, no português daquela época: "e já ouvi a muitas mulheres que, quando iam ver algum homem, para estar choquareiras e graciosas a tomavam". Até o início do presente século, a maconha era considerada por vários países, inclusive o Brasil, como um medicamento útil para vários males. Mas também já era utilizada para fins não-medicinais por pessoas desejosas de sentir "coisas diferentes", ou mesmo utilizavam-na abusivamente. Como conseqüência desse abuso, e de um certo exagero sobre os seus efeitos maléficos, a planta foi proibida em praticamente todo o mundo ocidental nos últimos 50-60 anos. Porém, atualmente, graças a pesquisas recentes, a maconha (ou substâncias dela extraídas) é reconhecida como medicamento em pelo menos duas condições clínicas: reduz ou abole as náuseas e vômitos produzidos por medicamentos anticâncer e tem efeito benéfico em alguns casos de epilepsia (doença caracterizada por convulsões ou "ataques").
Entretanto, é bom lembrar que a maconha (ou as substâncias extraídas da planta) tem também efeitos indesejáveis que podem prejudicar uma pessoa.
O THC (tetrahidrocanabinol) é uma substância química fabricada pela própria maconha, sendo o principal responsável pelos efeitos da planta. Assim, dependendo da quantidade de THC presente (o que pode variar de acordo com o solo, clima, estação do ano, época de colheita, tempo decorrido entre a colheita e o uso) a maconha pode ter potência diferente, isto é, produzir mais ou menos efeitos. Esta variação nos efeitos depende também da própria pessoa que fuma a planta: todos nós sabemos que há grande variação entre as pessoas; de fato, ninguém é igual a ninguém. Assim, a dose de maconha insuficiente para um, pode produzir efeito nítido em outro e até uma forte intoxicação num terceiro.
Efeitos da maconha
Para bom entendimento é melhor dividir os efeitos que a maconha produz no homem em físicos (ação sobre o próprio corpo ou partes dele) e psíquicos (ação sobre a mente). Esses efeitos físicos e psíquicos sofrerão mudanças de acordo com o tempo de uso considerado, ou seja, os efeitos são agudos (isto é, quando decorre apenas algumas horas após fumar) e crônicos (conseqüências que aparecem após o uso continuado por semanas, ou meses ou mesmo anos).
Os efeitos físicos agudos são muito poucos: os olhos ficam meio avermelhados (o que em linguagem médica chama-se hiperemia das conjuntivas), a boca fica seca (xerostomia é o nome que o médico dá para boca seca) e o coração dispara, de 60-80 batimentos por minuto pode chegar a 120-140 ou até mais (é o que o médico chama de taquicardia).
Os efeitos psíquicos agudos dependerão da qualidade da maconha fumada e da sensibilidade de quem fuma. Para uma parte das pessoas os efeitos são uma sensação de bem-estar acompanhada de calma e relaxamento, sentir-se menos fatigado, vontade de rir (hilariedade). Para outras pessoas os efeitos são mais para o lado desagradável: sentem angústia, ficam aturdidas, temerosas de perder o controle da cabeça, trêmulas, suando. É o que comumente chamam de "má viagem" ou "bode".
Há ainda evidente perturbação na capacidade da pessoa em calcular tempo e espaço e um prejuízo na memória e atenção. Assim, sob a ação da maconha a pessoa erra grosseiramente na discriminação do tempo tendo a sensação que se passaram horas, quando na realidade foram alguns minutos; um túnel com 10 metros de comprimento pode parecer ter 50 ou 100 metros.
Quanto aos efeitos na memória eles se manifestam principalmente na chamada memória a curto prazo, ou seja, aquela que nos é importante por alguns instantes. Pessoas sob esses efeitos não conseguem, ou melhor, não deveriam executar tarefas que dependam da atenção, bom senso e discernimento, pois correm o risco de prejudicar a outros e/ou a si próprio; por exemplo, dirigir carro, operar máquinas potencialmente perigosas.
Aumentando-se a dose e/ou dependendo da sensibilidade, os efeitos psíquicos agudos podem chegar a até alterações mais evidentes, com predominância de delírios e alucinações. Delírio é uma manifestação mental pela qual a pessoa faz um juízo errado do que vê ou ouve; por exemplo, sob ação da maconha uma pessoa ouve a sirene de uma ambulância e julga que é a polícia que vem prendê-la; ou vê duas pessoas conversando e pensa que ambas estão falando mal ou mesmo tramando um atentado contra ela. Em ambos os casos, esta mania de perseguição (delírios persecutórios) pode levar ao pânico e, conseqüentemente, a atitudes perigosas ("fugir pela janela", agredir as pessoas conversando em "defesa" antecipada contra a agressão que julga estar sendo tramada). Já a alucinação é uma percepção sem objeto, isto é, a pessoa pode ouvir a sirene da polícia ou ver duas pessoas conversando quando não existe quer a sirene quer as pessoas. As alucinações podem também ter fundo agradável ou terrificante.
Os efeitos físicos crônicos da maconha já são de maior monta. De fato, com o continuar do uso, vários órgãos do nosso corpo são afetados. Os pulmões são um exemplo disso. Não é difícil imaginar como irão ficar estes órgãos quando passam a receber cronicamente uma fumaça muito irritante dado ser proveniente de um vegetal que nem chega a ser tratado como é o tabaco comum. Esta irritação constante leva a problemas respiratórios (bronquites), aliás como ocorre também com o cigarro comum. Mas o pior é que a fumaça de maconha contém alto teor de alcatrão (maior mesmo que na do cigarro comum) e nele existe uma substância chamada benzopireno, conhecido agente cancerígeno; ainda não está provado cientificamente que a pessoa fumante de maconha está sujeita a contrair câncer nos pulmões com maior facilidade, mas os indícios em animais de laboratório de que assim pode ser são cada vez mais fortes.
Outro efeito físico adverso (indesejável) do uso crônico da maconha refere-se à testosterona, o hormônio masculino. Como tal confere ao homem maior quantidade de músculos, a voz mais grossa e a barba, também é responsável pela fabricação de espermatozóides pelos testículos. Já existem muitas provas de que a maconha diminui em até 50-60% a quantidade de testosterona. Conseqüentemente o homem apresenta um número bem reduzido de espermatozóides no líquido espermático (medicamente esta diminuição chama-se oligosperma) o que leva a uma infertilidade. Ou seja, o homem terá mais dificuldade de gerar filhos. Este é um efeito que desaparece quando a pessoa deixa de fumar a planta. É também importante dizer que o homem não fica impotente ou perde o desejo sexual; ele fica somente com uma esterilidade, isto é, fica incapacitado de engravidar sua companheira.
Há ainda a considerar os efeitos psíquicos crônicos produzidos pela maconha. Sabe-se que o uso continuado da maconha interfere na capacidade de aprendizagem e memorização e pode induzir a um estado de amotivação, isto é, não sentir vontade de fazer mais nada, pois tudo fica sem graça e sem importância. Este efeito crônico da maconha é chamado de síndrome amotivacional. Além disso, a maconha pode levar algumas pessoas a um estado de dependência, isto é, elas passam a organizar sua vida de maneira a facilitar o uso de maconha, sendo que tudo o mais perde o seu real valor.
Finalmente, há provas científicas de que se a pessoa tem uma doença psíquica qualquer, mas que ainda não está evidente (a pessoa consegue "se controlar") ou a doença já apareceu, mas está controlada com medicamentos adequados, a maconha piora o quadro. Ou faz surgir a doença, isto é, a pessoa não consegue mais "se controlar" ou neutraliza o efeito do medicamento e a pessoa passa a apresentar de novo os sintomas da doença. Esse fato tem sido descrito com freqüência na doença mental chamada esquizofrenia.
Êxtase
O MDMA (MetilenoDioxoMetAnfetamina), conhecido popularmente como ÊXTASE foi sintetizado e patenteado por Merck em 1914, inicialmente como moderador de apetite. É uma droga de uso relativamente recente e esporádico no Brasil. Além de seus efeitos alucinógenos, caracterizados por alterações na percepção do tempo, diminuição da sensação de medo, ataques de pânico, psicoses e alucinações visuais, provoca efeitos estimulantes como o aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial, boca seca, náusea, sudorese e euforia.(intoxicação aguda) Em resumo, o MDMA é a droga que, além de produzir alucinações, pode também produzir um estado de excitação, o que é duplamente perigoso.









Conclusão

A Atração de Sentir-se Bem


Para se compreender isto melhor, é útil considerar o motivo primário do consumo de tóxicos — sentir-se bem. É exatamente isto que se visa com os psicotrópicos. Em alguns casos, têm uma finalidade útil. Por exemplo, que dizer se estivesse sofrendo fortíssimas dores resultantes dum grave acidente de automóvel? Seu médico talvez lhe prescrevesse um analgésico à base dum narcótico para ajudá-lo a sentir-se melhor durante sua recuperação. Além de eliminar a dor, tal droga poderia também deixá-lo descontraído, por reduzir sua ansiedade. Isto se deve às propriedades psicotrópicas do narcótico, que podem ser de ajuda na recuperação de um paciente exposto a um grave trauma.
Mas, o caso dum toxicômano é diferente. Como assim? Bem, por que ele consome tóxicos? Está fisicamente enfermo? Sofreu graves ferimentos? Na sobrepujante maioria dos casos, simplesmente está procurando o efeito de mudança de humor causada pela droga. E por quê? Talvez comece a consumir tóxicos apenas por brincadeira, pelo prazer de ficar alto. Mas logo fica a par que as propriedades psicotrópicas das drogas podem de forma instantânea (embora temporária) trazer alívio das inquietações emocionais da vida. E quanto mais consome tóxicos, mais dependente se torna deles a fim de escapar das coisas, em sua vida, que o deixam inquieto. É o atrativo desta fuga que o faz retornar ao tóxico, de modo a obter cada vez mais de seus efeitos psicotrópicos.
Entender que tomar psicotrópicos não é substituto a chegar à raiz dos problemas emocionais pode ser uma grande defesa. Se você acha difícil lidar com a vida, uma franca avaliação do seu modo de vida e a coragem de fazer as necessárias mudanças, talvez sejam as únicas coisas necessárias.
Se tomar medicamentos lhe parecer indispensável, siga de perto as recomendações do médico. Evite tomar vários remédios diferentes, ao mesmo tempo, sem supervisão médica. Observe os avisos acompanhantes, tais como evitar álcool ou não dirigir enquanto medicado.
Os medicamentos, certamente, já salvaram milhões de vidas. Encurtaram os períodos da doença e contribuíram para eliminar muito temor de doenças. Por outro lado, muitos, sem suspeitar, caíram vítimas de medicação desnecessária, da dependência de drogas e de doenças provocadas por remédios. Porém, se as drogas são tratadas com o respeito e o entendimento que merecem, a pessoa dificilmente se tornará vítima do abuso dessas.


Bibliografia

http://www.einstein.br
http://www.saudepublica.web.pt
http://www.datasus.gov.br
http://www.cmt.mg.gov.br (centro mineiro de toxicomania)
watchtower Library 2003(português)
CEBRID
CENTRO BRASILEIRO DE INFORMAÇÕES SOBRE DROGAS PSICOTRÓPICAS
Departamento de Psicobiologia
UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo


Ministério da Saúde
Coordenação Nacional de DST e AIDS
Coordenação de Saúde Mental
Programa das Nações Unidas para o
Controle Internacional de Drogas

Extraído de http://amarevida.multiply.com/reviews/item/4

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COMBATE VELADO | SAQUE VELADO | LADO R FT ANDRADE COMBAT | PARTE 1-25

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