terça-feira, 2 de agosto de 2011

Revólver 45m917 “SW” 18 similar ao mecanismo do revólver calibre 38

Revólver 45m917 “SW”  18 similar ao mecanismo do revólver calibre 38

Fico devendo a figura.

Fig. 5.9

 - GENERALIDADES
O revólver SMITH AND WESSON, calibre 45 modelo 1917 é uma arma de porte individual, de repetição e carregada pela culatra.  Possui tambor com seis câmaras, dispostas em torno de um eixo central, de modo que  se pode disparar seis tiros sem novo carregamento. Pode ainda utilizar a munição da pistola 45, exigindo, neste caso, o emprego de um carregador especial, que tem a capacidade para três cartuchos.
 - APRESENTAÇÃO E CARACTERÍSTICAS
APRESENTAÇÃO
1 – SIMBOLOGIA                    Rv.45M917
2 – ALMA DO CANO              Raiada (6 raias da esquerda para direita)
3 – CALIBRE                             0.45 (11,43mm)
4 – FABRICAÇÃO                    Americana

CARACTERÍSTICAS
1 – Características de emprego
            a) Serviço   -    Individual
            b)Tiro 19
Tensão da trajetória -   Tensa
Espécie do tiro  -          Direto
Alcance de utilização – 50 m
Objetivos normais   -   homens isolados
           c)Potência
Alcance máximo  -      1100m
Velocidade inicial  -    253m/s
           d)Sistema de apoio       -     Punho
           e)Justeza                     -        Muito boa
           f)Mobilidade de tiro     -       Muito boa
           g)Maneabilidade         -       Muito boa
Peso  -                            1,020Kg
Comprimento -                  27,43cm
h)Rusticidade           -               Muito boa
      2 – Características de funcionamento
             a)  Tipo  de Carregamento -      Retrocarga
             b)   Quanto ao engatilhamento e Disparo – É uma arma de tiro intermitente.
             c) Velocidade de tiro
             1- Teórica: 20 TPM
            2- Prática: depende da destreza do atirador em recarregar o tambor e de sua
habilidade em apontar e acionar o gatilho.
             d)Vida da arma                              20.000 tiros
             e)Dispositivos de segurança           Calço de segurança e impulsor do gatilho
             f)Dispositivo de pontaria                Massa e entalhe de mira
             g)Dispositivo especial                     Carregador especial
             h)Classificação geral                       Intermitente
     
3 – Características da munição
             a)Tiros – Possui apenas o de guerra
             b)Identificação – Car.45MI. A bala é de chumbo e protegida com verniz verde.
4 – Características dos acessórios
Limpeza: estojo de material de limpeza, que contém: escovas e varetas de limpeza, chave de fenda combinada, almotolia e um recipiente para graxa. 20
Transporte: porta-revólver (coldre) e cordel de segurança (fiel retrátil ou torçal).

 - DESMONTAGEM E MONTAGEM DO ARMAMENTO
VERIFICAÇÃO DO ARMAMENTO:
Verificar se armamento está desmuniciado/descarregado “abrindo” o tambor!!

Fig. 5.10

A- DESMONTAGEM
Para retirar o tambor:
1 - Retirar o parafuso do retém do suporte do tambor;
2 - Comprimir o dedal serrilhado do ferrolho para frente e rebater o tambor para esquerda;
3 - Deslocar o tambor para frente até que o eixo do suporte do tambor saia do seu alojamento;

4 - Para desmontar o tambor:
4.1 - desatarraxar a vareta do extrator, retirando-a retirar a haste central com sua mola retirar  o suporte do tambor retirar a mola do extrator com o anel retirar o extrator e restará o tambor Para retirar as placas do punho:
4.2 - Retirar o parafuso que prende as placas retirar as placas Para retirar a placa da caixa do mecanismo:
4.3 - Desparafusar os três parafusos que a prendem e levantá-la Para desmontar o mecanismo:
5 - desparafusar parcialmente o parafuso da mola real que se encontra na frente do punho desengrazar a mola real de sua cadeia e retirá-la levantar e retirar o impulsor do gatilho e sua mola retirar o gatilho e o impulsor do tambor que sobre ele é montado trazer o dedal serrilhado do ferrolho totalmente a retaguarda girar em seguida o cão também para trás e, empunhado-o pela crista serrilhada, levantá-lo e retirá-lo
6 -Para retirar o retém do tambor:
Retirar o parafuso que se encontra na frente do guarda mato retirar do fundo do alojamento desses parafusos, a mola do pino encosto do retém do tambor, com o respectivo pino levantar em seguida, o retém do tambor e retirá-lo 21
7 - Para retirar o ferrolho:
Desatarraxar o parafuso-cabeça do dedal serrilhado  e retirá-lo com o respectivo dedal levantar o ferrolho para trás e, ao mesmo tempo, levantar sua parte posterior, tomando o cuidado para que o pino e a mola do mesmo, que se acham comprimidas no seu interior, não saltem para fora.

B) MONTAGEM
Basta procedermos de maneira inversa à desmontagem
 - ORGANIZAÇAO GERAL E NOMENCLATURA
Para efeito de estudo, podemos dividir o revólver em cinco partes, a saber:
A-ARMAÇÃO
B-CANO
C-TAMBOR
D-MECANISMO
E-GUARNIÇÕES
A- ARMAÇÃO
As diferentes peças do revólver estão reunidas sobre a armação, e nela se notam:
Consolo(a)(console?): é a parte do revólver sobre a qual se nota o alojamento do eixo do suporte do tambor e o entalho do suporte do tambor.
Ponte: é a parte superior que limita a montagem do tambor. Sobre a ponte encontra-se a ranhura e o entalhe de mira.
Placa de obturação: é a parte circular e plana na qual se apóiam os culotes dos cartuchos. Nela se notam orifícios do percussor, orifício do ferrolho, fenda do impulsor do tambor e alojamento dos dentes do extrator.
Montagem  do tambor: é o espaço retangular onde se aloja o tambor, quando a arma está pronta para o tiro.
Caixa do mecanismo: é a parte do revólver, em cujo interior, alojam-se diversas peças do mecanismo.
Punho: é a parte pela qual se empunha o revólver e onde está alojada a mola real. Nele se notam caixilho (onde as placas encaixam) e placas.
Guarda-mato: é a peça que tem por finalidade proteger o gatilho contra os choques acidentais.

B-CANO
É um tubo inteiriço de aço, reforçado na parte posterior, destinado a resistir às pressões  axiais e radiais desenvolvidas pela deflagração da carga,  e guiar o projétil no seu duplo 22 movimento de rotação e translação. Nele notamos: boca, alma, rainha, cheios, massa de  mira e suporte da presilha do retém.

C-TAMBOR
Dividi-se em três partes:
1 - Tambor propriamente dito: é um cilindro de aço  destinado a conter os cartuchos
Internamente notam-se:
Câmaras – que são em número de seis, dispostas simetricamente, em torno do canal
central
Canal central – parte do tambor que recebe  o eixo do tambor e a mola do  extrator Alojamento do extrator – na parte posterior do tambor e situado entre as câmaras Externamente notam-se:
Mangote – saliência cilíndrica na parte anterior do tambor
Cavidades – são em números de seis e estão situadas na parte externa do tambor
Alojamento do retém – são os alojamentos que permitem ao tambor ocupar a posição conveniente, no momento do tiro.
2- Suporte do tambor: serve para ligar o tambor ao  consolo e dar-lhe o movimento lateral. Nele se notam:
Eixo do tambor Alojamento da mola do extrator – espaço existente no interior do eixo do tambor Eixo de fixação do console.
3 - Extrator : que compreende as seguintes partes:
Extrator propriamente dito – que é uma peça em forma de estrela, na extremidade de uma haste. Serve para extrair das câmaras os estojos vazios.
Vareta.
Haste central.
Mola do extrator com anel.

D- MECANISMO
É o conjunto de peças destinadas a imprimir o movimento de rotação ao tambor, produzir a percussão dos cartuchos e permitir a segurança da arma contra disparos acidentais. Compõe-se das seguintes peças:
Mola real – Lâmina retilínea destinada a dar movimento ao cão.
Impulsor do gatilho e Mola – peça prismática que tem por finalidade impulsionar o
gatilho a sua posição primitiva e oferecer uma das seguranças  da arma.
Gatilho – nele se notam:
Corpo. 23
Tecla.
Dente de armar superior.
Dente de armar inferior.
Dente de impulsor do retém do tambor.
Impulsor do tambor – serve para dar o movimento de  rotação ao tambor. Sua haste força-se de encontro ao tambor, quando se comprime o gatilho.
Retém do tambor – serve para fixar o tambor por ocasião do tiro
Cão – é a peça que impelida pela mola real, serve para percutir o cartucho.
Compreende:
Cabeça – onde se notam o percussor e crista serrilhada.
Corpo – onde se notam a cauda e o encaixe para peça de articulação.
Noz – parte inferior do cão, onde se notam : alojamento do pé da cadeia e entalhe de armar.
Obs.: o percussor é oscilatório, porque o orifício de passagem da ponta do percursor é longitudinal e o movimento do cão é circular.
Peça de articulação – serve para armar o cão.
Cadeia – peça que transmite ao cão a ação da mola real.
Ferrolho do tambor – serve para permitir o rebatimento do cão para o lado quando se atua em seu dedal serrilhado.
E- GUARNIÇÕES
São assim chamadas as diferentes peças que servem para reunir as diversas partes do revólver. São elas:
Presilha retém – tem por finalidade auxiliar a retenção do tambor, através da vareta do extrator
Parafuso de fixação das placas do punho
Argola – peça situada na parte inferior do punho, e tem por finalidade, prender o revólver ao cordel
 - MANEJO E FUNCIONAMENTO

A- MANEJO
Carregar – comprime-se para frente o dedal serrilhado do ferrolho. Rebate-se em seguida o tambor para o lado esquerdo da arma. Colocam-se os cartuchos, um a um nas câmaras e, em seguida, rebate-se o tambor para sua posição normal.
Engatilhar – pode-se engatilhar a arma de dois modos: 24
Por ação do dedo polegar sobre a crista serrilhada do cão, trazendo-a para trás, até que ele fique preso.
Por ação do dedo indicador sobre a tecla do gatilho.
Disparar – a cada um dos processos de engatilhamento corresponde um modo de disparar a arma.
Por ação do dedo indicador sobre a tecla do gatilho.(corresponde ao primeiro processo de engatilhamento)
Por continuação do dedo indicador sobre a tecla do  gatilho.(corresponde ao segundo processo de engatilhamento)
Extração de ejeção – comprimir o dedal serrilhado do ferrolho do tambor e rebater o tambor para a esquerda. Trazer a vareta do extrator à retaguarda e soltá-la em seguida

B- FUNCIONAMENTO
O estudo do funcionamento do revólver se resume em  estudar os processos de engatilhamento da arma.
Processo por ação simples – neste caso, o atirador, empunhando a arma com o dedo polegar, agirá sobre a crista serrilhada do cão e fará com que o mesmo gire para trás.
Quando o cão recua, força a mola real a curvar-se, pois que a mesma se acha engrazada na cadeia, que por sua vez está solidária com o cão. Simultaneamente, a noz do cão levanta o dente de aramar superior e, conseqüentemente, o dente impulsor do retém do tambor, abaixará o referido retém, liberando, assim, o tambor. O impulsor do tambor que faz sistema com o gatilho é levantado. Indo impulsionar o tambor, dando-lhe assim um movimento de rotação. Este movimento é limitado  pelo retém do tambor que se introduz num dos seus alojamentos, quando uma câmara fica em coincidência com o cano. O retém do tambor age desta maneira para escapar de seu dente impulsor, em meio ao movimento do gatilho e, escapando, sua mola faz com que ele se eleve. Neste momento, o dente de armar do cão, mantendo este último a retaguarda. Fica assim, a arma engatilhada. A partir deste momento, o atirador, fazendo ligeira pressão sobre a tecla do gatilho, fará com que este gire um pouco mais e isto libertará o cão, que irá à frente por ação da mola real. O percussor, que é solidário ao cão, aflorando no seu orifício, irá ferir a cápsula do cartucho.
Processo por dupla ação – neste caso o atirador fará pressão sobre a tecla do gatilho, que girando, elevará seu dente armar superior, que por sua vez, irá se apoiar na peça de articulação, obrigando por seu intermédio, o cão a girar. O dente impulsor do retém do tambor irá girar da mesma forma que no caso anterior. Há um momento em que o dente 25de armar superior do gatilho, deixa de agir sobre a peça de articulação e então, o dente de armar inferior, é que agirá diretamente sobre a  noz do cão. Continuando a pressão sobre a tecla do gatilho, haverá um instante em que se desfará o contato entre a noz do cão e o gatilho, e então, o cão irá à frente por ação da mola real e a percussão se processará como no caso anterior. Quando o atirador deixar de comprimir à tecla do gatilho, este voltará à sua posição primitiva por ação da mola do impulsor.

C- SEGURANÇA
Esta arma apresenta duas seguranças: O impulsor do  gatilho e o calço de segurança.
Algumas armas de fabricação mais recente somente possuem o impulsor do gatilho.
Impulsor do gatilho – esta peça possui um ressalto na sua parte superior. Este ressalto, em contato com outro, existe na noz do cão, impede que, estando o gatilho na posição de repouso o percussor aflore no seu orifício por ação de uma pancada ou queda sobre o cão.
Calço de segurança (alavanca ou barra de percussão) – é assim chamada uma peça que fica montada sobre a placa da caixa do mecanismo. Esta peça, quando o cão está à frente, na sua posição de repouso, fica com seu dente calcado entre o cão e a parte anterior da caixa do mecanismo.
Quando engatilhamos a arma por qualquer um dos processos, o impulsor do tambor, agindo sobre o calço de segurança, faz com que este se introduza no seu alojamento na placa da caixa do mecanismo, deixando, portanto, de atuar com segurança.
 - MEDIDAS DE SEGURANÇA INDIVIDUAL
REGRAS PARA SEGURANÇA – Antes de atirar , o homem deve conhecer as regras indispensáveis à segurança com o revólver. As normas seguintes devem ser ensinadas logo que o homem esteja familiarizado com a arma. Elas devem ser incutidas pela repetição constante na instrução, até que sua observância se torne um ato reflexo no manuseio do revólver. Antes de cada instrução de tiro ou formatura para serviço, os revólveres devem ser inspecionados.
Sempre que utilizar a arma, verificar, antes, se está carregada e, neste caso, descarregá-la. Nunca confiar na memória. Considerar todo revólver como carregado, até que tenha verificado o contrário.
Descarregar sempre o revólver antes de deixá-lo em lugar onde  possa ser manuseado por outrem. Apontar sempre para cima, quando acionar o gatilho  para verificação. Manter o cão completamente avançado, quando o revólver estiver descarregado. 26
Nunca colocar o dedo no guarda-mato, a menos, que pretenda atirar ou acionar o gatilho como exercício.
Nunca apontar para alguém, nem em direção onde um disparo acidental possa causar dano. No estande de tiro, só acionar o gatilho quando estiver na posição de tiro.
Antes de carregar, abrir o tambor e olhar através do cano para verificar se o mesmo está desobstruído.
No estande, só carregar o revólver no momento de atirar.
Nunca se virar para trás no posto de tiro, estando com o revólver carregado na mão, pois desse modo, pode apontá-lo para um homem que esteja atirando nas proximidades.
No estande, não engatilhar o revólver, a não ser imediatamente antes do tiro.  Se houver qualquer demora, avançar o cão e, só engatilhar novamente, quando estiver pronto para atirar.
Se o revólver negar fogo, abrir o tambor e descarregá-lo, caso o cão esteja avançado.
Entretanto, se o cão estiver engatilhado, ou parcialmente engatilhado, deve ter havido um incidente e, neste caso, deve manter-se o revólver, completamente carregado e com o cão avançado, comunicando-se o fato ao oficial encarregado da instrução de tiro.
Para retirar o cartucho não disparado, abrir o tambor e ejetá-lo, avançando, antes, o cão, se estiver engatilhado.
Em campanha, o revólver é conduzido no porta-revólver completamente carregado e com o cão avançado. O revólver engatilhado nunca deve ser posto no porta-revólver, estando ou não carregado.
Examinar, freqüentemente, o dispositivo de segurança.
VERIFICAÇÃO
Segurança – engatilhar o cão com o revólver descarregado e o tambor fechado.
Mantendo, com o polegar, o cão para trás, acionar  o gatilho e deixar o cão avançar cerca de ½  cm, segurando-o, ainda, com polegar. Libertar o gatilho. Soltar então o cão e deixá-lo avançar ao máximo. Se o percursor se projetar através do orifício na armação, a segurança não está perfeita.
 *Retém do tambor – estando o cão abaixado, tentar girar o tambor. Quando se consegue uma rotação, mínima que seja, o retém do tambor está defeituoso. Repetir esta operação com o cão engatilhado.
Nota – com o cão engatilhado cerca de ¼, o tambor gira livremente.

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COMBATE VELADO | SAQUE VELADO | LADO R FT ANDRADE COMBAT | PARTE 1-25

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