Tribuna do Norte
Publicação: 10 de Março de 2010 às 00:00
Cresce no âmbito policial a suspeita de que não foi Jackson Michel da Silva, 20, o autor do disparo que matou o soldado da Polícia Militar José Nelson Fernandes (J. Fernandes), na madrugada da sexta-feira passada, no Loteamento Dom Pedro II. A polícia tem depoimentos que contam outra versão sobre o que pode ter ocorrido.
Ontem, por volta das 19h, a rua Vilma de Faria (onde o PM foi morto) parecia ter recebido o “toque de recolher”. Muitos moradores estavam dentro das casas, as portas trancadas. Outros haviam deixado as residências para dormirem em locais desconhecidos pelos vizinhos com medo do que pode vir a acontecer.
Mesmo assustados, vários dos conhecidos de Jackson Michel contam uma versão diferente para o que ocorreu na sexta-feira. Eles dizem que os policiais militares chegaram atirando na residência onde morava Jackson, a mulher Francisca Lúcia e outras quatro pessoas (três adolescentes e uma criança recém-nascida). A porta da casa teria sido arrombada pelos PMs.
Ainda de acordo com a versão dos moradores, Francisca Lúcia foi retirada de dentro de casa e levada para a rua, onde foi surrada. Os gritos de socorro teriam deixado os vizinhos em pânico. Três mulheres teriam tentado socorrer Lúcia, mas foram obrigadas a voltarem para casa, sob ameaça de serem mortas. Segundo depoimentos, o soldado J. Fernandes, neste momento, ainda não havia sido morto.
Jackson ao ver toda a agressão tentou fugir, pois, não havia o que ser feito naquele momento. O rapaz teria subido pelo telhado quando foi atingido por vários tiros. Para os moradores da região, Jackson não tinha como atirar contra o PM J. Fernandes porque estava desarmado.
Segundo esta outra versão, na guarnição 410 havia um quarto policial. Também foi dito que Francisca Lúcia era viciada em maconha e que Jackson não tinha envolvimento com entorpecente.
O auto de prisão em flagrante por homicídio e contra Jackson teria sido registrado na Delegacia de Plantão da Zona Norte pelos PMs que estavam na viatura 410 (Talles Medeiros e Jery Jackson Alves Batista). O soldado J. Fernandes – (que já estava morto) também era um dos policiais da guarnição.
Na versão da polícia, os PMs da viatura 410, faziam a abordagem a um trio de adolescentes, sendo que um deles estaria com sete pedras de crack, quando Jackson teria atirado contra o soldado J. Fernandes (de cima para baixo), matando o policial com um disparo acima do coração – do lado esquerdo.
Jackson Michel foi cirurgiado no fêmur no início da tarde de ontem, no Hospital Médico Cirúrgico, onde está internado desde a segunda. O estado de saúde do paciente é estável e ele está consciente.
Investigação
O delegado Ronaldo Gomes, titular da Delegacia Especializada em Investigação ao Crime Organizado (Deicor) confirmou que existe um auto de prisão em fragrante contra Jackson e que está encaminhando o material apreendido pelos policiais para a perícia (os PMs teriam apreendido durante a ação arma e drogas, mas o delegado não revelou o que está em poder da polícia). Gomes afirmou apenas que pretende, nos próximos dias, colher o depoimento de Jackson.
Ontem, por volta das 19h, a rua Vilma de Faria (onde o PM foi morto) parecia ter recebido o “toque de recolher”. Muitos moradores estavam dentro das casas, as portas trancadas. Outros haviam deixado as residências para dormirem em locais desconhecidos pelos vizinhos com medo do que pode vir a acontecer.
Mesmo assustados, vários dos conhecidos de Jackson Michel contam uma versão diferente para o que ocorreu na sexta-feira. Eles dizem que os policiais militares chegaram atirando na residência onde morava Jackson, a mulher Francisca Lúcia e outras quatro pessoas (três adolescentes e uma criança recém-nascida). A porta da casa teria sido arrombada pelos PMs.
Ainda de acordo com a versão dos moradores, Francisca Lúcia foi retirada de dentro de casa e levada para a rua, onde foi surrada. Os gritos de socorro teriam deixado os vizinhos em pânico. Três mulheres teriam tentado socorrer Lúcia, mas foram obrigadas a voltarem para casa, sob ameaça de serem mortas. Segundo depoimentos, o soldado J. Fernandes, neste momento, ainda não havia sido morto.
Jackson ao ver toda a agressão tentou fugir, pois, não havia o que ser feito naquele momento. O rapaz teria subido pelo telhado quando foi atingido por vários tiros. Para os moradores da região, Jackson não tinha como atirar contra o PM J. Fernandes porque estava desarmado.
Segundo esta outra versão, na guarnição 410 havia um quarto policial. Também foi dito que Francisca Lúcia era viciada em maconha e que Jackson não tinha envolvimento com entorpecente.
O auto de prisão em flagrante por homicídio e contra Jackson teria sido registrado na Delegacia de Plantão da Zona Norte pelos PMs que estavam na viatura 410 (Talles Medeiros e Jery Jackson Alves Batista). O soldado J. Fernandes – (que já estava morto) também era um dos policiais da guarnição.
Na versão da polícia, os PMs da viatura 410, faziam a abordagem a um trio de adolescentes, sendo que um deles estaria com sete pedras de crack, quando Jackson teria atirado contra o soldado J. Fernandes (de cima para baixo), matando o policial com um disparo acima do coração – do lado esquerdo.
Jackson Michel foi cirurgiado no fêmur no início da tarde de ontem, no Hospital Médico Cirúrgico, onde está internado desde a segunda. O estado de saúde do paciente é estável e ele está consciente.
Investigação
O delegado Ronaldo Gomes, titular da Delegacia Especializada em Investigação ao Crime Organizado (Deicor) confirmou que existe um auto de prisão em fragrante contra Jackson e que está encaminhando o material apreendido pelos policiais para a perícia (os PMs teriam apreendido durante a ação arma e drogas, mas o delegado não revelou o que está em poder da polícia). Gomes afirmou apenas que pretende, nos próximos dias, colher o depoimento de Jackson.
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/policia-tem-outra-versao-sobre-morte-de-pm/142578
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