Após a prisão de dois policiais e um agente penitenciário, a polícia informou em coletiva que mais policiais serão chamados para depor.
Por Daniele Lisboa
As investigações apontam como certa a existência de um grupo de extermínio na polícia norte-riograndense. Na tarde desta sexta-feira (9), o secretário estadual de Segurança, Cristóvam Praxedes, juntamente com o comandante da Polícia Militar, coronel Francisco Araújo, e outras autoridades apresentaram dados sobre três prisões de integrantes da polícia que podem fazer parte do grupo e são suspeitos de homicídios, extorsão a traficantes e outros crimes.
“Um a um, você vai tirando das ruas as pessoas que fazem parte do grupo de extermínio”, disse o delegado da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor), Ronaldo Gomes.
O próprio delegado-geral da polícia civil, Elias Nobre, reforçou que realmente existe um grupo de extermínio atuando em Natal. “Agora, mais policiais serão chamados para depor”.
Durante a coletiva, o delegado Ronaldo Gomes falou sobre as prisões ocorridas na manhã de hoje do agente penitenciário Jackson Souza Alves, 32 anos, enquanto trabalhava no Presídio Provisório Raimundo Nonato, e do policial militar Wendell Fagner Cortez de Almeida, 33 anos, também no seu local de trabalho, no 4º Batalhão de Polícia. Outro possível envolvido no grupo que já se encontra preso há três dias é o policial militar Rafael de Souza, que entrou na PM em 2000 e atuava no 1º Batalhão.
As prisões, segundo o delegado, tem relação direta com o assassinato de Francisca Lúcia Lopes Dantas, casada com o traficante Jackson Michael da Silva, que é acusado de assassinar o policial militar José Nelson Fernandes em março deste ano, e foi baleado após ter se entregado à polícia.
Francisca Lúcia foi morta no dia 5 de março deste ano logo após prestar depoimento.
Francisca Lúcia foi morta no dia 5 de março deste ano, ao sair da Delegacia de Plantão da Zona Norte, por dois homens numa moto Honda Tornado preta, que foi encontrada com o agente penitenciário. Ele e o policial preso hoje foram reconhecidos pelo traficante Jackson, que se encontra hospitalizado e sob proteção policial. Inclusive, ele teve seu alvará de soltura expedido pelo juiz Francisco de Assis Brasil, da 3ª Vara Criminal de Natal.
Ronaldo Gomes enfatizou que é essencial a colaboração dos familiares e amigos das vítimas para dar andamento nas investigações. “Conclamamos os parentes a denunciar e ajudar a PM. Se a população confiar na polícia, nós vamos apresentar o resultado das investigações”, reiterou, informando que o 0800-84-2999 é o telefone no qual podem ser feitas as denúncias.
http://www.nominuto.com/noticias/policia/grupo-de-exterminio-secretaria-de-seguranca-continuara-investigacoes/50683/
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