domingo, 25 de julho de 2010

Brasil foge dos 'paredões', bate Rússia e isola-se como maior vencedor da Liga

Vipcomm/Divulgação
Jogadores brasileiros comemoram ponto na final da Liga Mundial contra a Rússia
25/07/2010 - 23h08

Brasil foge dos 'paredões', bate Rússia e isola-se como maior vencedor da Liga

Do UOL Esporte
Em São Paulo
O Brasil é eneacampeão da Liga Mundial de vôlei masculino. Neste domingo, em final disputada em Córdoba, Argentina, o time comandado pelo técnico Bernardinho superou alguns momentos de "apagão", venceu a Rússia por 3 sets a 1 (25-22, 25-22, 16-25 e 25-23) e acrescentou mais um troféu, o 9º, a sua vasta lista de conquistas.

IMAGENS DA GRANDE FINAL EM CÓRDOBA

  • AFP PHOTO / JUAN MABROMATA Théo substituiu muito bem o oposto Vissotto e foi um dos maiores pontuadores com 16 acertos
  • AFP PHOTO / JUAN MABROMATA Brasileiros indignaram-se com as reclamações e a até então desconhecida 'marra' da seleção russa
  • FIVB/Divulgação Variedade de jogadas feita por Marlon, sobretudo pelo fundo, surpreendeu o bloqueio, exceto no 3ºset
O êxito deixou a seleção brasileira como maior vencedora de Ligas Mundiais na história. Até então, o recorde de oito títulos era dividido com a Itália, que levantou a taça pela última vez no ano 2000.
Para vencer o jogo desta noite, o Brasil precisava driblar o fortíssimo bloqueio russo, arma que a seleção europeia mostrou em todos os jogos da fase final. E com exceção do terceiro set, justamente o único vencido pelos europeus, o time verde-amarelo fez sua lição, sobretudo pela boa performance de Marlon. O técnico Bernardinho resolveu promover a entrada do levantador logo de início, já que Bruninho não vinha se apresentando bem nas últimas partidas. Com o novo titular, a seleção teve variedade muito maior de jogadas e, embora os centrais tenham sido pouco usados, os atacantes pelas pontas deram conta do recado.
Além de Marlon no lugar de Bruninho, Bernardinho foi obrigado a utilizar Théo em substituição a Leandro Vissoto, já que o oposto sofreu uma torção no tornozelo na semifinal contra Cuba. E o novato não substituiu, sendo um dos maiores pontuadores da final.
O time titular ficou completo com Murilo e Dante, Lucão e Rodrigão, além do líbero Mario Jr. Ao longo do jogo, também entraram o próprio Bruninho, João Paulo, Sidão e Giba. Na Rússia, a novidade foi o retorno do ponteiro Berezhko, que ficou fora dos últimos dois jogos por lesão. O time teve ainda Grankin e Mikhaylov, Biryukov, Volkov e Muserskiy, e o líbero Kazakov. Ainda entraram Poltavskiy, Makarov, Krasikov e Kazakov.
Esta foi a quarta vez que Brasil e Rússia decidiram o título da Liga Mundial. Os europeus venceram apenas uma vez, em 2002, enquanto os brasileiros triunfaram em 1993, 2007 e agora, 2010.
Ainda neste domingo, a Sérvia virou pra cima de Cuba, venceu por 3 sets a 2 e faturou a medalha de bronze.
O jogo
A Rússia saiu na frente no primeiro set com 2-0, em dois erros brasileiros, mas logo o Brasil empatou e virou a partida em um ataque rápido pelo meio com Rodrigão. Mostrando maior variação de jogadas do que Bruninho, Marlon distribuiu as bolas entre as pontas e o meio-de-rede, usando muito também os ataques de fundo. Com isso, logo Dante e Théo se destacaram e levaram o Brasil a abrir quatro pontos (11-7). Os russos ainda conseguiram empatar (11-11), mas a seleção brasileira retomou a concentração, ignorou as infundadas reclamações russas com a arbitragem e começou a deslanchar, até fechar o set com 25-22 em um ataque de Murilo.
A boa performance brasileira na parcial inicial repetiu-se na segunda etapa. Os russos chegaram a abrir dois pontos de vantagem (5-3), mas a liderança europeia durou muito pouco. A seleção russa passou a errar demais no saque e até mesmo no contra-ataque, permitindo à seleção brasileira abrir dois pontos de vantagem (14-12). Marlon resolveu colocar Murilo no jogo, e com a variação do levantador com o ponteiro, Dante e Théo, confundiu o bloqueio russo. O Brasil abriu três pontos (22-19) e acabou fechando com 25-22 em um ataque de João Paulo, que entrara em uma inversão de 5-1.
A terceira parcial foi completamente atípica. Enquanto o Brasil sofreu uma queda muito brusca de rendimento, os russos cresceram no saque e, enfim, conseguiram encaixar sua principal arma, o bloqueio. Neste fundamento foram nada menos do que oito pontos, quatro deles consecutivos, e apesar de Bernardinho mexer no time (com as entradas de Bruninho, Giba e Sidão), a Rússia não teve dificuldades para fechar com fáceis 25-16.
Empolgados pela vitória no set anterior, os russos mais uma vez começaram melhor a quarta etapa, passando pela primeira parada técnica com três pontos de vantagem (9-6). Mas apesar de mostrar certa apatia, o Brasil não deixou os adversários deslancharem, obtendo a virada com dois ataques consecutivos de Dante e um erro de Mikhaylov (14-13). O bloqueio russo, porém, voltou a funcionar, e a equipe russa voltou a abrir quatro pontos (20-16). E quando parecia que o Brasil perderia o quarto set, a recuperação começou. Crescendo também no bloqueio, os comandados de Bernardinho foram chegando e conseguiram a virada em um paredão de Théo (21-20). As equipes passaram a trocar pontos até que, num erro de saque de Krasikov, o Brasil venceu com 25-23, assegurando a vitória.


http://esporte.uol.com.br/volei/ultimas-noticias/2010/07/25/brasil-foge-dos-paredoes-bate-russia-e-isola-se-como-maior-vencedor-da-liga.jhtm



Brasil vence Rússia e conquista a Liga Mundial pela nona vez


O Brasil é o maior vencedor da história da Liga Mundial. Neste domingo (25), a seleção brasileira masculina de vôlei conquistou o eneacampeonato da competição e agora reina de forma absoluta na galeria dos campeões. Na decisão, o time comandado pelo técnico Bernardinho superou a Rússia por 3 sets a 1, parciais de 25/22, 25/22, 16/25 e 25/23, em 1h49 de jogo, no ginásio Orfeo Superdomo, em Córdoba.
Divulgação/FIVBBrasil superou bloqueio russo e se tornou o maior vencedor da Liga MundialBrasil superou bloqueio russo e se tornou o maior vencedor da Liga Mundial

“Foram muitas dificuldades durante essa Liga Mundial. Mas são nos momentos de dificuldades que esse grupo cresce. Costumo dizer que o problema é quando achamos que estamos em um mar tranquilo. Quanto mais tormentas passamos, melhores são as nossas atuações”, festejou Bernardinho após o jogo.

Na decisão, a seleção brasileira não pode contar com o oposto Leandro Vissotto. O atleta recupera-se de uma torção no tornozelo esquerdo, que aconteceu na partida da semifinal contra Cuba. Em seu lugar, jogou Théo.

E Bernardinho destacou a atuação de todo o grupo. “Perdemos um jogador importante. Mas o Théo entrou e fez uma partida magistral. O Bruno não estava bem, mas o Marlon entrou e teve uma atuação regular. Além disso, tivemos o Giba, que mesmo de fora, foi fundamental para os jovens jogadores. Tenho orgulho de fazer parte deste grupo”, destacou o treinador.

Murilo é eleito o melhor jogador
O Brasil encerrou a Liga Mundial com 16 jogos disputados e apenas uma derrota. E o melhor jogador da competição também foi brasileiro. O eleito foi o ponteiro Murilo. Além dele, o Brasil também ganhou o prêmio de melhor líbero: Mário Jr.

“Cada título tem um sabor. Não tem jeito. Esse foi um dos mais sofridos por causa de todas as dificuldades que tivemos. Conseguimos nos superar” , destacou Murilo, antes de ser premiado.

Fundamental na decisão, o levantador Marlon também festejou sua atuação. “Foi uma vitória difícil. Foi muita luta. Esse foi o meu principal jogo com a camisa da seleção e o meu principal título. Agora, é sonhar mais alto”, comemorou.

Dante, mais uma vez o maior pontuador brasileiro
Apesar da derrota, o maior pontuador da partida foi da Rússia. O oposto Mikhaylov marcou 20 vezes. No Brasil, quem mais marcou foi o ponteiro Dante, com 18 acertos. O oposto Théo marcou 16 vezes.

“Foi um jogo truncado. Muito difícil. A Rússia joga com um saque muito forte. Quando eles não erram, fica praticamente impossível jogar. A vitória foi muito importante, suada como sempre. Nada nunca vai ser fácil para o Brasil”, ressaltou Dante.

Melhor líbero, Mário Jr. dedica título a Serginho
Durante toda a Liga Mundial, ele teve a difícil missão de substituir o campeão olímpico Serginho. Após a conquista, Mario Jr. festejou duplamente. Além do título, foi eleito o melhor líbero da competição.

“A responsabilidade de substituir o melhor líbero do mundo era grande. Esse grupo é maravilhoso e me recebeu muito bem. Sei que o Serginho deve estar no Brasil orgulhoso. Ele foi um cara que me ajudou muito e estou torcendo muito pela recuperação dele”, destacou Mário Jr, lembrando que Serginho recupera-se de uma cirurgia na coluna.

O jogo
O Brasil começou com duas modificações em relação dos três jogos da fase final. Com uma torção no tornozelo esquerdo, o oposto Leandro Vissotto desfalcou a equipe. Em seu lugar, Théo começou como titular. A outra mudança foi tática. Bernardinho mudou os levantadores. Saiu Bruno entrou Marlon.

O Brasil começou bem no saque e criou dificuldades para a recepção da Rússia. Com isso, os brasileiros abriram três pontos: 11/8. O técnico da Rússia, o italiano Daniele Bagnoli, colocou o oposto Poltavskiy em quadra e ficou com dois jogadores com as mesmas características em quadra. O time da Rússia aproveitou a desatenção brasileira e empatou 12/12.

Rodrigão apareceu bem no bloqueio e nas jogadas rápidas pelo meio e ajudou o Brasil a chegar à segunda parada técnica com dois pontos de vantagem (16/14). Depois do ataque pelo meio-fundo de Murilo, os brasileiros marcaram 20/17. O técnico russo queimou seu último tempo da parcial, mas não adiantou. Com Murilo bem no saque e Dante finalizando no ataque, o Brasil chegou ao set-point (24/19). A Rússia ainda reagiu e diminuiu a diferença. Bernardinho pediu tempo e, na volta, Murilo deu números finais ao set: 25/22.

No segundo set, a Rússia ficou à frente no início da parcial (6/4). Mas foi o Brasil quem chegou ao primeiro tempo à frente (8/7). O oposto Théo mostrou que não sentiu a primeira final como titular e manteve 100% de aproveitamento no ataque. O bloqueio do levantador Marlon, de 1,88m, sobre o gigante Volkov, de 2,10m, deixou o Brasil na frente (13/12). O técnico da Rússia tirou Volkov e colocou Kazakov. A Rússia não deixou o Brasil deslanchar e manteve o set equilibrado até o 19º ponto.

A principal arma da Rússia, o bloqueio não conseguiu parar os ataques brasileiros. Mas o bloqueio verde-amarelo parou os ataques russos. Com dois pontos consecutivos neste fundamento, de Dante e Rodrigão, o Brasil abriu 22/19. E o ponto final do set foi do ponteiro João Paulo, que entrou na inversão do esquema cinco em um e atuou como oposto. No primeiro ponto do jogador na partida, o Brasil fechou o set em 25/22, repetindo o placar da última parcial.

O Brasil começou a ter dificuldades na recepção no terceiro set. Com o central Muserskiy sendo bastante acionado, a Rússia abriu 8/4 – a maior diferença do adversário durante toda a partida. Os russos marcaram bem as jogadas brasileiras e o bloqueio começou a funcionar. Após quatro bloqueios consecutivos, os europeus marcaram 15/08.

Pela primeira vez em todas as partidas da fase final, Bernardinho colocou o ponteiro e capitão Giba na quadra, no lugar de Dante. No entanto, o bloqueio russo estava impossível, e marcou oito pontos em todo o set. No paredão de Muserskiy, os russos chegaram à segunda parada técnica: 16/10. O Brasil não conseguiu reencontrar-se na partida e a Rússia dominou. No saque de Sidão para fora, os adversários fecharam em 25/16 e diminuíram a diferença de sets.

Bernardinho voltou com Marlon e Théo para o quarto set, mas manteve o central Sidão no lugar de Lucão. O Brasil sentiu a derrota na terceira parcial. O placar ficou equilibrado até o sexto pontos. Mas o saque russo dificultou a vida da recepção brasileira e os adversários abriram 9/6. O levantador Marlon acionou as jogadas com Dante pelas pontas e o Brasil encostou (13/12). E no ataque rápido pelo meio, o central Rodrigão empatou em 13/13.

Apesar da reação, o Brasil continuou instável em quadra. Depois de desperdiçar dois contra-ataques, o time viu a Rússia abrir novamente: 18/16. Os brasileiros se desconcentraram e pararam no bloqueio russo: 20/16.

A rede verde-amarela formada por Sidão, Dante e Théo ajudou o Brasil a reagir. Dois bloqueios seguidos e um contra-ataque russo errado fizeram os brasileiros empatarem em 20/20. O bloqueio de Théo sobre Krasikov selou a virada brasileira (21/20). E, no bloqueio de Dante, o Brasil chegou ao match-point (24/22). No erro de saque da Rússia, o Brasil selou a vitória: 25/23. Delírio em quadra. Festa brasileira nas arquibancadas.

Campeões desembarcam nesta segunda-feira
A seleção brasileira masculina de vôlei desembarcará em São Paulo, nesta segunda-feira (26), após o encerramento da Liga Mundial 2010. Os jogadores brasileiros desembarcarão no Aeroporto Internacional de Guarulhos, no voo AR 1274, da Aerolineas Argentinas. A previsão da chegada é para as 12h35. O técnico Bernardinho chegará no Rio de Janeiro, no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no vôo 7465, da Gol, às 10h.

* Fonte: CBV.
 

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