Após a apresentação das dez novas viaturas, o secretário da Segurança Pública e da Defesa Social do RN, desembargador Cristovam Praxedes, concedeu uma entrevista coletiva para apresentar os números de sua atual gestão. Ele assumiu a pasta da Segurança em abril, e segundo as estatísticas apresentadas, conseguiu reduzir os índices de violência na região metropolitana de Natal. Porém, vez por outra, o assunto era desviado para responder críticas feitas pelos meios de comunicação do RN.
Uma das principais críticas que recaem atualmente contra a Secretaria da Segurança, principalmente no interior do Estado, é acerca da falta de estrutura das forças da segurança. As Polícias Civil e Militar trabalham com péssimas condições e o resultado é o aumento da violência. "Alguns jornalistas falam as coisas sem saber. Criticam por criticar. O trabalho da polícia requer tempo. Não é da noite pro dia que as coisas se resolvem. São problemas que estão enraizados em nosso Estado e não é fácil de resolver", desabafou.
Em determinados momentos da entrevista coletiva, o secretário mostrou-se até um pouco irritado ao falar das cobranças que vem sofrendo desde que assumiu a pasta da Segurança Pública do RN, uma das mais exigidas pelo seu alto grau de importância. Ele fez questão de reconhecer a importância da imprensa, mas ressaltou que alguns jornalistas têm se excedido em seus comentários. A entrevista coletiva durou cerca de 30 minutos, mas o assunto "críticas da imprensa" foi realmente um dos mais falados por ele.
"Muitos jornalistas informam situações sem conhecer. A gente já levou muita porrada, me desculpem a palavra, mas essa é a verdade. Estamos até calejados de tanta crítica", comentou o secretário que, juntamente com o governador Iberê Ferreira de Souza, têm sido muito cobrados nos últimos meses, principalmente por ser período de campanha.
A editoria de Popular do JORNAL DE FATO vem publicando, ao longo dos últimos anos, várias reportagens especiais sobre as deficiências da segurança pública do Rio Grande do Norte, abordando não só o trabalho das polícias, mas toda a estrutura que está por trás da segurança, como saúde, educação, assistência social e outros segmentos que podem refletir na segurança.
Uma das últimas reportagens especiais publicadas pelo DE FATO mostrou a falta de estrutura da Polícia Civil no interior do RN, tomando como exemplo a Primeira Delegacia de Polícia Civil, que possuía cerca de 500 inquéritos parados, sendo 100 deles só de casos de homicídio que não foram elucidados pela polícia.
http://www.defato.com/popular.php
Nenhum comentário:
Postar um comentário