Encontra-se recolhido à sede da Academia da Polícia Militar de Alagoas, o tenente-coronel Eduardo José Botelho Trigueiros, médico da PM, que cumpria pena em regime semiaberto pela acusação de atentado violento ao pudor, cuja vítima era sua ex-enteada. Em 2003 foi condenado a sete anos e meio de reclusão pelo juiz da 4ª Vara Crimunal, Hélder Loureiro, que também pediu na oportunidade a expulsão do oficial das fileiras da instituição.
Obedecendo a esa nova decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas o juiz da Vara de Execuções Penais, Ricardo Jorge Lima foi quem determinou que o militar passasse a cumprir a pena em regime fechado.
A Ação Civil por ato de improbidade pedindo a expulsão está nas mãos do Juiz Kléver Loureiro, da 18ª Vara Cível da Capital. Sobre essa medida, a Polícia Militar, através de seu Conselho de Justificação considerou que sua conduta profissional era irrepreensível.
Em outubro de 2007, uma matéria do portal Alagoas em Tempo Real trazia detalhes do caso, na versão da vítima M. M. R. L. , reproduzidos a seguir:
Relato exclusivo
Em seu relato ao juiz Hélder Loureiro, na presença da psicóloga Helena Mousinho de Azevedo, a menor M.M.R.L, contou que a primeira investida do padrasto ocorreu dentro do veículo do acusado, durante uma viagem ao município de Paripueira. “ Ele disse pra mim olha Mariana o que estou lhe mandando fazer não tem nada de safadeza, apenas estou lhe ensinando para prevenir para o futuro”, que diante da explicação de Eduardo pegara nas partes íntimas dele, em estado de excitação. Que a partir daquele dia o fato se sucedeu quase durante todos os dias seguintes.
Eduardo fora até seu quarto e aí deitara-se em sua cama (da menor) nessas vezes o acusado vestia calção e após deitar-se junto a declarante mostrava-lhe as partes íntimas.
A menor disse ao juiz que obedecia Eduardo e passava a lhe tocar quando ele pedia. O relato de M.M.R.L, hoje com 18 anos, é cheio de detalhes escandalosos, difíceis de serem transcritos para um jornal que chega às mãos de leitores de várias idades.
Ela contou ainda para o juiz que: Nas vezes em que ele a “tocara”, procurava excita-la e chegou uma vez até a fazer demonstrações de como era uma relação sexual entre um homem e uma mulher, deitando-se sobre ela.
O depoimento está repleto de relatos dos atos libidinosos praticados pelo tenente-coronel e os que ele induzia a criança a fazer.
É com base nessas declarações, indignas para um oficial militar em relação a uma menor, que a Justiça deve pedir que seja expulso das fileiras da PM, uma instituição que simboliza a segurança, respeito e valorização da cidadania.
por Alagoas em Tempo Real
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