Três rapazes ficaram feridos após violência em São Paulo.Quatro adolescentes e um jovem maior de idade foram detidos.
Enquanto familiares das vítimas falam em ataques covardes, os pais dos suspeitos de agredir rapazes na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (14) defendem que tudo não passou de "uma grande confusão". Eles chegam a alegar que os cinco jovens suspeitos – quatro deles adolescentes teriam sido "assediados". As vítimas negam.
Os jovens foram detidos sob a acusação de terem agredido três pessoas com socos, chutes e golpes com lâmpadas fluorescentes. Na delegacia, foram identificados por outro rapaz, que contou ter sido agredido e assaltado pelo grupo. Duas vítimas disseram à polícia que teriam sido confundidas com homossexuais.
O estudante Gabriel Alves Ferreira, de 21 anos, presenciou o espancamento de um colega de 23 anos, na altura do número 900 da Avenida Paulista. Ambos estudam jornalismo. Segundo ele, o ataque não teve motivo. "Eles passaram por nós, depois se viraram, chamaram ele e atacaram com uma lâmpada fluorescente no rosto", disse. O rapaz caiu e continuou sendo atacado com socos e pontapés. "Eu e mais um colega ficamos em choque, não pudemos fazer nada. Tudo durou menos de dois minutos."
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O diretor de teatro Marcelo Costa, pai de um dos menores de 16 anos acusado de agressão, defende que o filho e os amigos participaram de "uma briga como outra qualquer" e nega ter havido atitude homofóbica. "Ele participou de uma confusão. Acho que ele errou, sim, em se meter em briga. Mas não foi como estão falando", afirmou.
O pai de Jonathan Lauton Domingues, único maior preso, admitiu que o filho tem pavio curto. "É um menino muito bonito e foi assediado por homossexuais. Ele pediu para parar, eles não pararam. Aí, virou briga", disse Eliezer Domingues Lima.
Os quatro adolescentes foram transferidos para uma unidade da Fundação Casa no Brás, região central de São Paulo, nesta madrugada. Jonathan foi levado para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros.
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