NUMERAÇÃO DE CHASSI
Entende-se como
numeração de chassi a combinação de caracteres alfanuméricos que
identificam um veículo a motor. Essa denominação é desprovida de
precisão, visto que nos dias de hoje os veículos são identificados por
uma sequência não apenas de números, mas também de letras, bem como são
constituídos, em sua maioria, de uma peça estrutural única que é o
monobloco, visto que o conjunto chassi/carroçeria é utilizado apenas em
caminhonetes e caminhões. Historicamente, entretanto, justifica-se a
utilização do termo por ser ela aquela identificação numérica que era
gravada no chassi.
LEGISLAÇÃO
Norma Brasileira Registrada - NBR 3-6066 de julho de 80, passou a vigorar a partir de Janeiro de 1989
Conteúdo básico do VIN
(Vehicle Identification Number) O número de identificação do veículo
(VIN) é composto por 17 dígitos divididos em três seções sendo:
I. a primeira, o identificador internacional do fabricante (WMI) Word Manufacturer Identifier;
II. a segunda, a seção descritiva do veículo (VDS) Vehicle Descriptor Section; e
III. a terceira, a seção indicadora do veículo (VIS) Vehicle Indicator Section.
QUANTO A ESSÊNCIA
(natureza, idoneidade, credibilidade)
Original – aquela gravada pela fábrica, na origem do veículo.
Regravada legalmente –
efetuada sob autorização da autoridade competente, quando a gravação
original é danificada por motivo alheio á vontade do verdadeiro
proprietário. Tal procedimento deverá constar na documentação do
veículo.
Regravada ilegalmente – gravação fraudulenta para possibilitar a comercialização do veículo.
Adulterada –
Alteração da própria numeração de chassi visando vantagem na venda
(“subir” o ano) ou facilidade de comercialização de veículo roubado.
AGREGADOS
- PLAQUETA
- MOTOR
- CAIXA DE CÂMBIO
- CAIXA DE TRANSFERÊNCIA
- CAIXA DE DIREÇÃO
- BOMBA INJETORA
- CARROÇARIA
- EIXO DIANTEIRO
- EIXO TRASEIRO
- DIFERENCIAL
- CHAVE
- FECHADURA
- CINTOS
- VIDROS
- PLACA - (DETRAN)
TIPOS DE ADULTERAÇÕES
- No chassi
- Remoção – Consiste no seccionamento de parte ou toda a superfície suporte da numeração identificadora.
- Destruição – Ocorre por abrasão; contusão; perfuração por furadeira ou bico de solda (derretimento) ou, ainda, aplicação de ligas de solda.
- Adulteração simples -
Consiste na modificação de um ou mais caracteres alfanuméricos,
transformando-se, por exemplo, um algarismo “1” em “4”, “3” em “8” ou
uma letra “P” em “R” ou vice-versa.
- Recobrimento da superfície suporte
- Consiste no recobrimento do local destinado a gravação da numeração
de chassi, por liga metálica de baixa fusão (estanho), ou material
compatível, e posterior gravação da numeração desejada sobre a nova
superfície. Tal modalidade assemelha-se muito ao implante.
- Implante -
Consiste na gravação de uma numeração desejada em uma chapa metálica, ou
material compatível, e posterior fixação desta sobre o local onde se
acha gravada a numeração de chassi, a qual pode ou não ter sido removida
anteriormente.
- Transplante -
Consiste no corte e remoção do suporte onde se acha gravada a numeração
de chassi, para soldar-se, em seu lugar, uma chapa metálica que contenha
uma outra seqüência identificadora desejada. Esta modalidade pode
dar-se tanto pela remoção de apenas uma parte do suporte, como também
por todo ele, inclusive pela substituição do antigo por uma peça nova,
sem uso.
-Desbaste & Regravação - Consiste na remoção da numeração original
do chassi, por ação abrasiva, para posterior gravação de uma numeração
desejada. Esta remoção pode ser total ou parcial. Este é o tipo de adulteração
mais freqüente nos dias de hoje.
- Remontagem - Consiste no aproveitamento de uma das partes do veículo, dianteira ou traseira, onde se encontra a gravação do chassi para ser remontada em um veículo produto de furto u roubo.
- Remontagem - Consiste no aproveitamento de uma das partes do veículo, dianteira ou traseira, onde se encontra a gravação do chassi para ser remontada em um veículo produto de furto u roubo.
- Nas plaquetas de identificação
- Remoção – Simples remoção da plaqueta.
- Regravação - Idêntico à regravação no chassi.
- Substituição (transplante) - Consiste na substituição da plaqueta de identificação por outra, original de fábrica ou com estampagem própria.
- Nas etiquetas destrutíveis
- Remoção – Simples retirada da mesma. Fls. 5
- Substituição (transplante) - Consiste na substituição da etiqueta destrutível original
por outra, de confecção própria ou original de fábrica.
- Substituição da tarja central -
Consiste na remoção da tarja central da etiqueta, onde se acha gravada
os últimos caracteres da numeração do chassi, e posterior colagem de uma
outra com a numeração desejada.
- Adulteração simples - Consiste na modificação de um ou mais caracteres que se acham gravados na etiqueta destrutível, sem a destruição da mesma.
- Nos vidros
- Ocultação – Com adesivos.
- Remoção (total / parcial) -
Consiste na destruição da numeração, geralmente por abrasão de sua
superfície ou remoção química (mais rara), podendo ser grosseira ou
mesmo chegando-se ao polimento da superfície.
- Regravação -
Consiste na remoção da seqüência identificadora gravada nos vidros, por
ação abrasiva (massa polidora) ou ação química (ácido), polimento da
superfície desbastada e posterior gravação da numeração desejada.
- Substituição dos vidros - Consiste na remoção dos vidros originais por outros, onde
se grava a numeração desejada.
- Dicas para quando um leigo for comprar um carro usado!
Documentos são a parte
mais fácil de falsificar. Não confie em papel! Alguns veículos podem
ter sido “esquentados” e os documentos, então, passam a ser emitidos
pelo próprio DETRAN. Portanto, repito, não acredite que o veículo é de
origem correta só porque o documento parece bom!
Verifique se a numeração
de chassi está bem puncionada, com todos os dígitos (letras e números)
tendo o mesmo tamanho, profundidade e distância entre si. Diferenças ou
irregularidades nestes dígitos indicam uma possível adulteração de
chassi. Este carro pode ter sido roubado!
Se o veículo for de
ano de fabricação superior ao 89 deve possuir três etiquetas
destrutíveis: uma no interior do compartimento do motor, outra na coluna
do vidro pára-brisa, lado direito (do passageiro) e a terceira no
assoalho, próximo ao assento dianteiro direito. Estas repetem os oito
últimos dígitos da numeração de chassi
(numeração de série). A ausência destas etiquetas tanto podem sugerir o
ocultamento do verdadeiro número do chassi quanto reparos efetuados no
veículo devido a algum acidente sério pois, para afetar as regiões onde
estas etiquetas são coladas só se o acidente for muito sério mesmo!
O número seqüencial do
chassi (oito últimos dígitos) também deve se repetir em pelo menos
quatro vidros; não podem estar apagados ou raspados. A ausência destes
em algum vidro pode indicar a substituição do mesmo devido a acidente.
Por vezes um ou mais
vidros pode se apresentar com uma numeração divergente do chassi. Isso
indica que o vidro foi comprado em uma loja de peças usadas por questão
de economia. Será que peças vitais ao veículo também não foram
substituídas seguindo o mesmo critério?
O motor também possui
uma numeração serial e cujos dígitos também deve estar bem puncionados,
com todos os dígitos tendo o mesmo tamanho, profundidade e distância
entre si. Qualquer alteração sugere que o motor pode ter sido roubado de
outro carro. Não vá você entrar em roubada.
Alguns veículos de
passeio, os utilitários e caminhões possuem uma plaqueta de
identificação, confeccionada em metal, geralmente alumínio. Esta
plaqueta repete integralmente a numeração do chassi e sempre é fixada
por rebites metálicos. Se estiver fixada por parafusos desconfie. Do
mesmo modo que na numeração do chassi, verifique se a numeração está bem
puncionada, com todos os dígitos (letras e números) tendo o mesmo
tamanho, profundidade e distância entre si.
Lembre-se de que diferenças ou irregularidades nestes dígitos indicam uma possível adulteração de chassi.
Quanto ao estado geral
da lataria do veículo, o que está bem visível é fácil, assim procure
observar os lugares em que normalmente ficam fora da vista: sob os
carpetes e forrações; sob as borrachas de vedação das portas e na parte
inferior do assoalho do veículo. Corrosão ou soldas são sempre um
péssimo sinal.
Evite comprar de pessoa
totalmente desconhecida. Se não puder evitar, confirme o endereço e o
emprego do vendedor antes de fechar o negócio.
Desconfie sempre de
ofertas muito abaixo do preço de mercado, não importando as
justificativas que o vendedor lhe dê. Depois ele some e você é quem tem
que prestar esclarecimentos na delegacia por crime de receptação!
http://chassideveiculo.blogspot.com.br/2014/08/identificacao-de-veiculos.html
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