sábado, 25 de dezembro de 2010

Comandante acusado de assédio sexual é exonerado do cargo




O tenente-coronel da Polícia Militar Carlos Rogério Gonçalves de Oliveira foi exonerado do cargo de
comandante do 2° Batalhão da corporação, em Nova Venécia, região Norte do Espírito Santo. O militar é acusado de assédio sexual contra uma subordinada. De acordo com o diretor da Associação de Cabos e Soldados do Espírito Santo, Flávio Gava, como a mulher não cedeu ao assédio, acabou punida pelo oficial.

"Ele assediou uma soldado. Ela não cedeu ao assédio e, por consequência, foi punida com prisão e transferida para outra unidade operacional. No momento em que isso aconteceu ela estava grávida, porque tem uma relação com uma pessoa de fora da PM, e quase perdeu o filho. Teve uma série de complicações. Esse foi apenas um dos casos cometidos por pessoas que não estão preparadas para comandar outras pessoas".

Em um trecho de e-mail  enviado pelo tenente-coronel à soldado ele pergunta a ela o que seria melhor: ser "concubina ou motorista". O assédio acontecia, segundo o diretor da Associação de Cabos e Soldados, há mais de um ano.

"Bom dia !!!

Olhe o que está deixando de curtir....rsrrsrs

Pense com carinho.....

Qual é melhor: "Concubina ou motorista"....??????kkkkkkk

Melhor assumir seu "comando"......

Beijos"

Mensagem enviada pelo tenente-Coronel Carlos Rogério a uma subordinada por e-mail da PM utilizado pelo comandante do 2º Batalhão.

De acordo com a associação, durante o período em que o oficial ficou à frente do 2º Batalhão, cerca de 40 militares, entre soldados, sargentos e oficiais, foram remanejados sem que pedissem para sair e sem nenhuma justificativa.

A exoneração do oficial foi publicada nesta quinta-feira (23) no Boletim do Comando Geral, que designa outro militar para assumir o posto, o major Rogério Maciel Barcelos. A portaria é assinada pelo atual comandante da PM, coronel Oberacy Emmerich Júnior. Uma sindicância foi aberta contra o tenente-coronel para apurar, além da denúncia de assédio sexual, perseguição a subordinados e desrespeito a um superior.

Para o representante dos cabos e soldados a Justiça foi feita "parcialmente". Ele diz que espera uma punição "exemplar" para o oficial.

O assessor de comunicação da Polícia Militar, tenente-coronel Antônio Augusto da Silva, informou que o tenente-coronel Gonçalves está em férias e se apresentará à corporação no dia 19 de janeiro, quando deve receber uma nova função. Ele continuará a receber o salário, cerca de R$ 8 mil, de forma integral.

O assessor da PM frisou que a exoneração do cargo não tem relação direta com as acusações, já que a apuração ainda está em andamento. Ainda segundo ele, foram duas as denúncias que chegaram oficialmente à Polícia Militar: uma delas foi feita pela Associação de Cabos e Soldados e outra, anônima, chegou à ouvidoria do Ministério Público e depois encaminhada à PM. Esta última denúncia é a que trata do assédio sexual.

A sindicância aberta contra o tenente-coronel Gonçalves deve ser concluída em até 30 dias a partir da data de instauração. A reportagem tentou contato por telefone com o militar, mas as ligações não foram atendidas.


Fonte: Blog do Adeilton9599

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