sábado, 4 de dezembro de 2010

Por dentro do BOPE PMRN

 Trabalho e preparação acima de tudo

 Conheça o Bope potiguar, uma tropa que procura não se deslumbrar com a fama que os batalhões especiais ganham
Maiara Felipe (especial para o Diário de Natal) // maiarafelipe.rn@dabr.com.br

Os mais de 10 milhões de espectadores que foram ao cinema assistir Tropa de Elite 2 mostram o enorme interesse do povo brasileiro pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope), retratados como um grupo de policiais honestos, que prezam pela qualidade de sua formação, e estão sempre prontos para o confronto. Foram características como essas que fustigaram a sociedade, praticamente criando uma "Bopemania", mas o Bope da Polícia Militar do Rio Grande do Norte busca não se deslumbrar com o fenômeno, lembrando-se sempre que o batalhão é, acima de tudo, formado de soldados profissionais, que devem sempre observar técnica e caráter no exercício do combate ao crime.
Grupo realiza atividades táticas e físicas no centro situado na Zona Norte de Natal: o mais próximo da realidade Foto: Joana Lima/Esp. DN/D.A Press
A sociologia afirma que o isso é o reflexo da formação que o cidadão está tendo a partir das suas experiências do cotidiano. Viver ou saber de situações de desvio de conduta desses profissionais no dia a dia fomenta uma supervalorização de atitudes que já deveriam ser esperadas. Aequipe do Diário de Natal foi até a sede do Bope no Rio Grande do Norte para entender quem são esses homens, hoje considerados "especiais" pelo população. " Não somos especiais. É apenas uma questão de valores. Existe apenas uma minoria que não se importa com isso. Especiais são todos os policiais.", esclareceu o comandante da unidade, Major Marcos Vinícius.

O êxito das ações empreendidas no Rio de Janeiro na última semana acentuou ainda mais a ideia que o policial do Bope é um herói, conceito combatido pelo comandante perante o grupo. O major explicou que eles trabalham em situações extremas, por isso, precisam ser mais especializados, assim como várias outras unidades da polícia. O comandante diz que se preocupa com a supervalorização da tropa e que toda essa exposição faça as pessoas acreditarem que eles não são passíveis de erros. "A gente fica aqui por princípios herdados da nossa formação. Não aceitamos desonestidade. Não aceitamos corrupção. Se isso é ser diferente, eu não sei", respondeu o capitão André Luiz ao ser questionado por qual motivo ele prefere ficar no Bope, ser mais exigido, e ter o mesmo salário dos outros policiais. O comandante ressalta que o valor monetário não é decisivo. Quem desejar entrar no Bope tem que ser voluntariamente.

O sociólogo João Emanuel Evangelista conceitua que o cidadão comum vai formando sua opinião conforme as experiências diárias. "A gente sabe, até pelas experiências reais das pessoas, do nível de corrupção envolvendo os policiais. As pessoas avaliam isso e criam expectativas", apontou o professor. Segundo ele, além dessa projeção feita naturalmente pela sociedade sobre valores que ela gostaria de ter e conviver, a enfatização da mídia a respeito dos problemas de corrupção no país pode colaborar para que as pessoas façam de atitudes comuns, algo heróico "O Brasil não tem mais problemas de corrupção que os outros países. O que existe é uma dilatação dele, mas o nosso maior problema é a desigualdade social", declarou. 


http://www.diariodenatal.com.br/2010/12/05/cidades14_0.php

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