O comando da Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PMRN) instaurou sindicância para apurar os possíveis excessos cometidos por policiais durante a realização da marcha "Todos pela Saúde". A manifestação reuniu estudantes, profissionais da área da saúde, sindicalistas e membros da Ordem dos Advogados do Brasil no RN (OAB/RN) durante o desfile cívico em comemoração ao Dia da Independência, na última sexta-feira. O que estava programado para ser um ato pacífico contra as atuais condições da saúde pública estadual, terminou com agressões contra os manifestantes.
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Coronel Araújo: reunião com a diretoria da OAB sobre agressões
O confronto aconteceu próximo à Maternidade Januário Cicco. Policiais militares que faziam um cordão de isolamento na avenida Prudente de Morais, segundo relato de algumas testemunhas, empurraram o grupo de manifestantes. A presidente da Comissão de Saúde da OAB/RN, Elisângela Fernandes, participava da movimentação. Grávida de sete meses, ela pediu para que os policiais parassem de empurrar o grupo. No entanto, o pedido não foi atendido.
Nesse momento, Elke Cunha, membro da Comissão Nacional de Direito Sanitário da OAB e procuradora da Fazenda Nacional, tentou intervir. "Mas a reação não foi como esperava. Um policial me puxou e outro me deu uma chave de braço me derrubando no chão. Foi tudo muito rápido e inesperado", contou. "É bom deixar claro que nós não tentamos invadir nenhum espaço", completou.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais. O comandante da PMRN, coronel Francisco Araújo Silva, solicitou uma reunião com o presidente da OAB/RN, Paulo Eduardo Teixeira. O encontro foi realizado ontem à tarde, na sede da instituição. Por quase duas horas, o comandante conversou com o presidente e membros da diretoria da OAB/RN, entre eles, Elke Cunha e Elisângela Fernandes.
"Viemos à OAB para dizer que o que ocorreu no dia 7 de setembro não é a expressão da Polícia Militar. Se por acaso ocorreu algum desvio, foi de pessoas, e não da instituição. Desvio de pessoas que agiram fora do padrão de conduta normal da instituição", disse coronel Araújo. Uma sindicância foi instaurada ontem e nos próximos trinta dias um oficial da PM vai apurar os fatos. "Vamos ouvir pessoas, usar matérias, reportagens, para, no final, chegar à conclusão do que realmente aconteceu no local", afirmou.
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