Por: Redação/ParaibaemQAP Outro grande blog da área policial repercutiu a paralisação dos policiais militares da Paraíba. Com riqueza de detalhes, Danillo Ferreira - do blog Abordagem Policial (http://abordagempolicial.com/) - relata sob vários ângulos a luta dos militares paraibanos.
O blog traz aida informações sobre aumento salarial para a PM do Tocantins.
Confira abaixo a íntegra da matéria dos PMs paraibanos.
O que está acontecendo na PM da Paraíba?
A justificativa para a proibição da realização de movimentos grevistas por parte dos policiais militares sempre é focada no tipo de serviço essencial que a tropa exerce, não podendo a sociedade viver à revelia da proteção policial militar. As controvérsias surgem quando outras categorias tem o tal direito de greve, exercendo serviços também essenciais à população, e, coincidência ou não, ressalvada a peculiaridade das funções, têm tratamento bem mais agradável por parte dos governos – para não ir muito longe, citemos as polícias civis e federais, que historicamente são privilegiadas em comparação com as PM’s.
Mesmo na ilegalidade, muitas polícias militares já entraram em greve, e ao degustar o sabor da desordem, a sociedade de pronto exerce pressão no governo, que se vê compelido a negociar e ceder à reivindicação. Ultimamente, um meio termo tem sido buscado, dentro da legalidade, onde o serviço policial é prejudicado pelo não cumprimento da lei por parte do próprio Estado. A essa estratégia foram dados nomes como “tolerância zero” e “polícia legal”, como ocorre hoje na Polícia Militar da Paraíba.
Os policiais da PMPB, como foi feito na PM de Sergipe, e como se tentou fazer na PM da Bahia, se recusam a dirigir viaturas sem o curso para condutor de veículos de emergência, exigido pelo Código de Trânsito Brasileiro.
As Insatisfações na PMPB
O que desencadeou o Movimento Polícia Legal na Paraíba não foi apenas a insatisfação dos policiais com a defasagem salarial, mas também certo desprestígio que a Corporação vem tendo por parte do Secretário de Segurança Pública daquele estado, Gustavo Gominho, que é policial federal. Segundo o portal de notícias Paraíba 1, já ocorreram fatos como a prisão de um membro da Polícia Federal por parte da PM, que foi posteriormente, sem explicações, desautorizada.
Condições de trabalho é outra pauta, já que a PMPB também sofre da pobreza que parece ser democratizada entre a maioria dos estados brasileiros: falta de viaturas, coletes, armamentos etc. Por fim, a questão salarial, que já foi modificada pelo Governo em Medida Provisória publicada no Diário Oficial, após o início do Movimento, mas que ainda não agradou a categoria. Veja a tabela salarial atual (após a edição da Medida Próvisória) da PMPB, em comparação com o que estava estabelecido no início do governo atual (há mais de três anos atrás):
Graduação/Posto | Valor 1 | Valor 2 | Valor (1 - 2 ) |
Soldado | R$ 1.764,00 | R$ 1.564,36 | R$ 199,64 |
Cabo | R$ 1.971,46 | R$ 1.766,33 | R$ 205,13 |
3º Sargento | R$ 2.213,38 | R$ 2.085,61 | R$ 127,77 |
2º Sargento | R$ 2.538,74 | R$ 2.410,94 | R$ 127,80 |
1º Sargento | R$ 2.917,26 | R$ 2.772,05 | R$ 145,21 |
Subtenente | R$ 3.327,72 | R$ 3.196,20 | R$ 131,52 |
Aspirante | R$ 3.086,28 | R$ 2.939,31 | R$ 146,97 |
2º Tenente | R$ 3.857,66 | R$ 3.751,96 | R$ 105,70 |
1º Tenente | R$ 4.476,02 | R$ 4.392,48 | R$ 83,54 |
Capitão | R$ 5.280,96 | R$ 5.190,65 | R$ 90,31 |
Major | R$ 6.073,00 | R$ 5.990,22 | R$ 82,78 |
Tenente-Coronel | R$ 6.867,78 | R$ 6.819,75 | R$ 48,03 |
Coronel | R$ 8.664,34 | R$ 8.551,76 | R$ 112,58 |
O diferencial paraibano
Ao que se vê, tal qual ocorreu com o movimento na Polícia Militar de Sergipe, o Polícia Legal paraibano está obtendo resultados. Muitas unidades estão sem viaturas em sua área de atuação, e a mídia está dando visibilidade ao movimento – e aqui é importante pontuar que uma disputa reivindicatória é, antes de tudo, uma disputa de comunicação.
O ambiente corporativo parece estar favorável à implementação dos objetivos do Movimento, já que os policiais motoristas não estão isolados, recebendo toda a carga de responsabilidade em tocar a reivindicação. Oficiais de dois batalhões já colocaram seus cargos à disposição do Governo, e o próprio Comandante Geral, Coronel PM Fernando, admitiu que “é uma reivindicação justa e meritória, pois eles (os policiais) querem uma qualificação melhor para melhor prestar o serviço policial ao cidadão”.
Torcemos para que a PMPB consiga avanços significativos, e que as benesses alcançadas se convertam em melhor qualidade de serviço prestado à população paraibana.
Ao que se vê, tal qual ocorreu com o movimento na Polícia Militar de Sergipe, o Polícia Legal paraibano está obtendo resultados. Muitas unidades estão sem viaturas em sua área de atuação, e a mídia está dando visibilidade ao movimento – e aqui é importante pontuar que uma disputa reivindicatória é, antes de tudo, uma disputa de comunicação.
O ambiente corporativo parece estar favorável à implementação dos objetivos do Movimento, já que os policiais motoristas não estão isolados, recebendo toda a carga de responsabilidade em tocar a reivindicação. Oficiais de dois batalhões já colocaram seus cargos à disposição do Governo, e o próprio Comandante Geral, Coronel PM Fernando, admitiu que “é uma reivindicação justa e meritória, pois eles (os policiais) querem uma qualificação melhor para melhor prestar o serviço policial ao cidadão”.
Torcemos para que a PMPB consiga avanços significativos, e que as benesses alcançadas se convertam em melhor qualidade de serviço prestado à população paraibana.
Por: Danillo Ferreira - http://abordagempolicial.com/
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