Juíza de Parnamirim ouviu réus e testemunhas ontem; promotora reclamou de grande aparato e solicitou que situação não se repita na próxima audiência.
A juíza da 1ª Vara Criminal de Parnamirim ouviu ontem (20) quatro testemunhas de acusação e defesa e os três réus na audiência de Instrução realizada referente ao processo ao qual três policiais militares respondem pela morte do estudante universitário Diego Coelho de Oliveira, ocorrida em outubro de 2008 e tentativa de homicídio praticada contra Luciano da Cruz Silva.
Da audiência, ficou marcada uma outra no próximo dia 04 de maio, na Comarca de Nísia Floresta, para ouvir outras testemunhas.
Durante a audiência, foram interrogadas as testemunhas arroladas pela Promotoria. A três primeiras testemunhas foram da acusação: Eli Ferreira dos Santos, José Lúcio Brito da Silva, Gilson Gomes da Silva e Jonas Ferreira da Silva. Em seguida, foram interrogados os réus, João Maria Alves, Fernando Felipe e Wellington Vanderley de Carvalho.
Na audiência, a representante do Ministério Público, Ana Márcia Moraes Machado, revelou que ficou constrangida e ameaçada de fato ao chegar no Fórum e se deparar com o grande aparato policial, inclusive do GTO, fazendo uma escolta dos réus que se encontram soltos, apenas pelo fato de serem policiais, e pediu para que tal fato não se repita, inclusive na audiência que está marcada para Comarca de Nísia Floresta.
Sobre o pedido, a Juíza determinou que seja oficiada ao comando da PM, solicitando informações sobre o fato, até porque, em momento algum chegou ao conhecimento dela situações de ameaça contra os réus, bem como, "considerando os altos índices de criminalidade na grande Natal, os policiais possuem considerável carga de trabalho para serem retirados das suas atividades, para fazer escoltas de réus soltos".
No mesmo ofício, solicitou que o Comando da Policia Militar evite este tipo de acontecimento nas próximas audiências, inclusive na que se realizará em 04 de maio, na Comarca de Nisia Floresta.
Já a defesa requereu que constasse nos autos também que mesmo se tratando de réus soltos a apresentação de policial militar diante do Juízo dá-se através do Comando, que por sua vez, disponibiliza os meios necessários à apresentação do Militar.
Como os policiais seriam interrogados, por uma questão de segurança, ocorreu a condução através do Comando, mas na próxima audiência, como não há necessidade do comparecimento dos réus não será necessária a presença dos policiais.
Ao final, a juíza determinou que os autos permaneçam aguardando a Carta Precatória com a oitiva das outras testemunhas arroladas, da Comarca de Nísia Floresta, e com a juntada da Carta, dê-se vistas ao Ministério Público para apresentação das alegações finais no prazo de cinco dias, em seguida à defesa, pelo mesmo prazo, para apresentação das alegações finais.
http://www.nominuto.com/noticias/policia/policiais-acusados-de-morte-de-universitario-depoem-sob-forte-escolta/51346/
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