quarta-feira, 23 de junho de 2010

Sobraram as dívidas


Tribuna do Norte
Durban (AG) – Com todo respeito ao apaixonado torcedor dos Bafana, Bafana ou a comerciantes que se deparem com um encalhe de mercadorias ligada à equipe, a eliminação precoce da seleção anfitriã é o menor dos problemas da África do Sul na Copa do Mundo de 2010 no que diz respeito a prejuízos financeiros. Além de se ver diante de uma conta monstruosa (US$ 5 bilhões) para inédita festa do futebol no continente africano, o país africano pode não colher tantos frutos a longo prazo quanto esperava em 2004, o ano em que ganhou o direito de sediar o torneio e uma chance de alavancar economia e sociedade.

hassan ammar/ap/aeDomenech se recusou a cumprimentar Parreira após o jogoDomenech se recusou a cumprimentar Parreira após o jogo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ainda que só o mais otimista dos sul-africanos imaginasse ver sua modesta seleção escapando da fase de grupos, havia no ar a expectativa de que a Copa serviria como uma importante injeção de ânimo na economia sul-africana, sobretudo por conta da potencial combinação do futebol com atrações permanentes do país, como safáris e belezas naturais. Mas uma outra forte mistura, a dos problemas sociais domésticos com a recessão global de 2008-09, teve o efeito contrário.

Depois de sonhar com a visita de 750 mil pessoas à África do Sul durante o torneio, o Comitê Organizador da Copa reduziu as expectativas para 200 mil apenas duas semanas antes do pontapé inicial. Além da preocupação com o bolso por conta dos altos preços cobrados por acomodação e transporte, os altos índices de criminalidade nas grandes cidades sul-africanas ajudaram muita gente a preferir assistir de casa ao Mundial. Mas há quem questione que mesmo sem crise as expectativas já eram altas.

- Existe o grande mito de que a mera realização de eventos esportivos é garantia de bonança para um país ou uma cidade. Tal efeito é muito mais exceção do que regra. No caso da Copa de 2010, por exemplo, preocupa-me que, em vez de maior atenção a investimentos de benefícios sociais mais duradouros, tenha-se gasto mais de US$ 1,5 bilhão na construção de estádios cuja utilização efetiva após o Mundial está longe de ser garantida – alega o pesquisador norte-americano Rob Baade, autor de uma série de estudos de avaliação de impacto econômico do esporte.

Franceses

África do Sul aproveitou a crise da França, no estádio Free State, em Bloemfontein. A equipe comandada por Carlos Alberto Parreira contou com o apoio da população local para ganhar da seleção europeia por 2 a 1. O resultado não foi suficiente para evitar a eliminação precoce dos dois times.

Campeã mundial em 1998, a França somou apenas 1 ponto e ficou na lanterna da chave. Ao contrário de 2002, ao menos os franceses se despediram da Copa com um gol marcado.
 http://www.tribunadonorte.com.br/copa2010/sobraram-as-dividas/152108
 

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