O ditado popular “atirou no que viu, acertou o que não viu”, se encaixa perfeitamente na ação realizada por policiais civis e militares ao meio-dia de ontem, na rua Camaragibe, em Mãe Luiza, zona Leste de Natal. À procura de um suspeito de homicídio, os policiais acabaram encontrando, aproximadamente, 40 caixas de cigarro sem comprovação fiscal - possivelmente, contrabandeadas.
O homem identificado apenas como Robson era o procurado. Ele é suspeito de matar Maurício Bezerra da Silva, 20 anos, também conhecido como “Peixinho”, na rua Camaragibe, no dia 16 de agosto. Intimado várias vezes para prestar depoimento, mas sem nunca ter comparecido na 4ª Delegacia de Polícia, em Mãe Luiza, Robson estava sendo procurado na manhã de ontem por policiais civis e, ao tentar fugir, acabou mostrando o esconderijo dos produtos contrabandeados.
“Descobrimos que ele morava em uma casa localizada próxima a essa rua (Camaragibe) e nós preparamos para fazer uma abordagem. Mas, quando chegamos ao local, ele fugiu e pulou para o quintal da casa dos fundos. Então, fomos até lá para tentar encontrá-lo e descobrimos todos esses produtos sem comprovação fiscal”, narrou um dos policiais civis que realizou a abordagem.
Foram 40 caixas de cigarro da marca Record encontradas sem comprovação fiscal. Cada caixa tem cerca de 500 carteiras de cigarro, totalizando 20 mil. Tudo isso, sem uma única comprovação fiscal, caracterizando o contrabando.
Além do cigarro, foram encontrados na casa três caixas de moedas, uma televisão de LCD de 40 polegadas, um scaner, dois microsistem, quatro sons de carro, caixas de som automotivas, um notebook, dois monitores de computador, uma caixa com aproximadamente 150 DVDs piratas, caixas isopor, um cofre vazio e mais 14 munições de pistola calibre 9 milímetros.
O proprietário de tudo isso seria Marcelo Pegado Freire, de 38 anos, mas como não estava em casa no momento da abordagem, não foi preso. “Estivemos aqui há um mês e até encontramos uma caixa de cigarros dessa, mas preferimos não fazer nada. Não esperávamos que houvesse uma quantidade tão grande agora”, afirmou o policial civil.
Os produtos apreendidos foram encaminhados para a 4ª DP, em viaturas da PC e da PM - chamada para ajudar no transporte. Familiares de Marcelo Pegado até estavam na casa, mas os policiais preferiram não levar ninguém detido. Robson, até o fechamento desta edição, também não havia sido localizado.
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