Caso Gobat: Promotor pede que jurados façam julgamento imparcial
Depois de 50 minutos, o promotor Augusto Flávio de Azevedo termina sua réplica no julgamento do auditor fiscal Lúcio Flávio Barbosa de Andrade. Em seu depoimento, o promotor pede que os jurados não leve, em consideração a influência dos envolvidos para fazer o julgamento.
Segundo o advogado da vítima, o réu surta ao relatar o acontecimento e esquece do que realmente ocorreu no acidente. De acordo com laudo cadavérico, a vítima Maria José de Vasconcelos Alves faleceu devido a forte trauma na cabeça, após o réu avançar o sinal vermelho. Por isso, o advogado defende a punição do acusado.
Outro ponto relatado pelo advogado foi que o réu havia afirmado que não tinha condições físicas de participar do julgamento. No entanto, há provas de que ele estaria em uma churrascaria em Gramado, no Rio Grande do Sul. Neste momento o assistente do Ministério Público está dando seu depoimento.
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/caso-gobat-promotor-pede-que-jurados-facam-julgamento-imparcial/162814
Advogado do réu diz que ninguém nunca foi condenando por esse tipo de crime
Começa tréplica. O advogado de defesa do réu, Gilvan Freire afirma que a questão central do julgamento não foi tratada pelo Ministério Público. "Não estou tratando de temas políticos. Tenho responsabilidade no valor da causa.Eu nunca disse que Gobat tinha culpa no acidente. As testemunhas nunca estiveram no local do crime, no momento em que ocorreu.Somente momentos após os fatos".
Adriano Abreu
Advogado de defesa, Gilvan Freire tentou desmerecer os depoimentos dos policiais militares que testemunharam o acidente
Gilmar diz que o MP quer condenar o primeiro réu - de acidente de trânsito - por crime doloso, no Rio Grande do Norte. "Ninguém aqui já foi condenado por este tipo de crime.
Neste momento os jurados estão reunidos para tomar uma decisão sobre o caso. Após a decisão, eles comunicarão à juiza, que por sua vez, fará a leitura da senteça.
*Matéria atualizada às 17h16
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Caso Gobat: auditor fiscal é condenado a nove anos de prisão
O auditor fiscal Lúcio Flavio Barbosa de Andrade acaba de ser considerado culpado pelo acidente que provocou a morte de Maria José de Vasconcelos Alves e por lesões graves que, posteriormente, mataram o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado José Gobat Alves, em 12 de julho de 1992. O réu foi condenado por homicídio e poderá cumprir até nove anos de prisão em regime fechado.
A promotoria solicitou a condenação de Lúcio Flávio pelo homicídio simples de Maria José de Vasconcelos Alves e por lesões corporais graves a José Gobat. A pena pelo homicídio foi de oito anos, com o atenuante de seis meses pela confissão do crime. Pelas lesões graves, o auditor fiscal foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão. No entanto, a lei determina que em casos como este o réu tenha o tempo de prisão determinado pelo crime mais grave, acrescido de um quinto do tempo para a mesma pena. Com isso, foi somado mais um ano e meio de reclusão aos sete anos e meio, o que resultou na pena total de nove anos de prisão em regime fechado.
Memória
Há 18 anos, Lúcio Flávio dirigia um veículo Monza e ultrapassou o sinal vermelho da avenida Prudente de Morais (cruzamento com a rua Apodi), atingindo a lateral do automóvel Santana no qual estava o casal Maria José de Vasconcelos Alves e José Gobat Alves (ambos voltavam da casa de amigos). Maria José morreu na hora e José Gobat ficou em estado de coma até o fim da vida.
Durante vistoria no veículo do homem que provocou o acidente, peritos do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) encontram garrafas de bebida dentro do carro de Lúcio. O auditor fiscal, logo após o acidente, fugiu do local sem prestar socorro às vítimas.
O primeiro julgamento de Lúcio Flávio foi realizado em 2002, mas Justiça considerou nulo. De acordo com o promotor Augusto Flávio Azevedo a nulidade ocorreu porque os jurados não teriam entendido com precisão a exposição do caso. Diante disso, o Tribunal de Justiça decidiu por anular o júri popular, com o outro julgamento ocorrendo apenas nesta segunda-feira.
Com a decisão, a pena do auditor fiscal foi de nove anos de prisão em regime fechado, mas também foi decidido que ele poderá permanecer em liberdade até o trânsito em julgado do caso.
José Gobat Alves, que faleceu em 2004 após 12 anos em coma, foi um dos fundadores da TRIBUNA DO NORTE.
Mais informações em instantes.
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/caso-gobat-auditor-fiscal-e-condenado-a-nove-anos-de-prisao/162820
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