Dois terços dos crimes de pedofilia que chegam a 4ª Vara da Infância e Juventude do Estado do Rio Grande do Norte são praticados por pais ou padrastos das vítimas. Setenta por cento das crianças que sofrem o problema são meninas. Esses e outros assuntos pertinentes ao tema “pedofilia e internet” foram abordados durante uma mesa redonda com especialistas ligados às várias vertentes sobre a temática (psicológica, jurídica e tecnológica), promovidaontem (27) pelo Complexo Educacional Contemporâneo, em Potilândia, e destinada aos pais dos estudantes.
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Mesa redonda contou com presença de especialistas de várias vertentes
Com o uso cada vez mais intenso da internet por parte das crianças e pré-adolescentes, a preocupação com o problema cresce na mesma velocidade da rede mundial de computadores. “Acreditamos que o trabalho em cima deste assunto tenha que ocorrer de forma preventiva, engajando todas as pessoas, já que se trata de um problema social. Precisamos de uma sociedade menos violenta e mais humana”, observou a diretora da escola, Irany Xavier.
O objetivo foi orientar os pais com medidas que podem “blindar” seus filhos para os perigos oferecidos pela internet, como a troca de informações com desconhecidos e os locais e horários de uso. Fizeram parte da mesa redonda o juiz da 4ª Vara da Infância e Juventude do Estado Dr. Sérgio Maia, o especialista em segurança de redes Ricardo Kléber e o psicólogo Herculano Campos.
Mãe de trigêmeos que cursam o quarto ano do Ensino Fundamental no Contemporâneo, Ana Carla Iório, participou do evento para conferir se as medidas que já utiliza em sua casa estão adequadas às visões dos especialistas. “Acompanho o uso da internet pelos meus filhos e creio que essa mesa redonda pode colaborar para eu constatar se o que já faço está correto. É importante também para me ajudar a complementar as atitudes que devo adotar com eles”, avalia.
Para o psicólogo Herculano Campos, o mundo virtual é apenas mais um meio que os pedófilos usam para agir. “Vivemos em uma sociedade que estimula a sexualidade precoce e os relacionamentos superficiais e descartáveis. A internet apenas reflete este padrão social de relacionamentos, de comunicação sem empatia”, ponderou. O especialista em crimes cibernéticos Ricardo Kléber, que leciona a disciplina de Segurança de Rede, no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), em Natal, exibiu vídeos ao público presente sobre a relação pedofilia e internet e deu diversas dicas para preservar a segurança das crianças.
* Com informações da assessoria de imprensa do Colégio Contemporâneo
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