Hudson Helder
Rafael da Silva era um dos sobreviventes da chacina em São Gonçalo do Amarante
A família de Rafael Câmara diz que a morte do filho não teria relação com a chacina ocorrida em 2009, quando quatro pessoas da mesma família foram chacinadas [o caso permanece até hoje com autoria desconhecida]. Na ocasião, o rapaz foi baleado de raspão na cabeça.
O rapaz teria falecido nos braços da irmã, segundo relatou a mãe. Mas antes de morrer teria falado à irmã quem foi o autor dos disparos. Os pais apontam quem teria assassinado Rafael, mas a Polícia Civil de São Gonçalo do Amarante investiga o caso e, por enquanto, não há indícios suficientes para apontar quem é o assassino.
“Ele já havia sido ameaçado por essa pessoa. Como era viciado, há alguns anos costumava roubar para trocar por drogas. E isso foi motivo das ameaças”, conta o pai da vítima, José Nazareno de Oliveira Câmara, 50 anos. Rafael residia no Vale Dourado, zona norte de Natal.
A polícia vai intimar aqueles que foram citados pela família, bem como os parentes de Rafael que estiveram no local do crime instantes antes. As informações quanto à autoria são desencontradas, por enquanto, mas a equipe de investigação não descarta a possibilidade de relação desse crime com a chacina do ano passado.
MEMÓRIA
Na chacina, morreram Clécio Viana de Araújo, 17, José Cássio do Nascimento de Araújo, 20 (embalador da fábrica Guararapes), Anderson Clayton Cunha do Nascimento, 21, e Valtércio Barbosa do Nascimento, 24 (tratorista). Ficaram feridos em em estado grave — Márcio Viana de Araújo, 21, conhecido como Riquinho, e Mailton Viana de Araújo, 16. Outra vítima, Eliano Viana do Nascimento, 53, chegou a ser internado no Hospital Regional Deoclécio Marques, em Parnamirim.
À época, uma comissão de dez delegados da polícia civil, alguns deles ligados à área de inteligência e outros com funções em delegacias especializadas, foi designada para investigar a chacina de São Gonçalo do Amarante.
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