Segundo vítima, grupo perguntou se ele namorava um amigo.
Polícia suspeita que os cinco jovens são responsáveis por três ataques.
Um jovem atacado por quatro adolescentes e um maior de idade na região da Avenida Paulista prestou depoimento à Polícia Civil nesta segunda-feira (22), em São Paulo. Segundo as investigações, o homem foi agredido com socos e pontapés no dia 14 pelo grupo que usou uma lâmpada fluorescente para bater em outro rapaz, no mesmo dia e na mesma região.
Segundo o delegado José Matallo, titular do 5º Distrito Policial, na Aclimação, Centro, há mais evidências de homofobia como motivação para o crime. A vítima, que não teve o nome divulgado, disse que esperava um táxi com um amigo próximo à Avenida Brigadeiro Luís Antônio quando os agressores passaram e perguntaram: “Vocês são namorados?”. Em seguida, partiram para cima da dupla.
“Ele contou que foi agredido, mas conseguiu fugir para a estação Brigadeiro do Metrô”, afirmou o policial. Menos sorte teve seu colega, que não conseguiu escapar e foi “cruelmente espancado”.
Segundo investigação da polícia, os quatro adolescentes e o adulto teriam participado de três ataques na região da Paulista. O mais grave foi o terceiro, que foi registrado pela câmera de um edifício. Um dos agressores usou uma lâmpada fluorescente como arma e atingiu o rosto de um rapaz que caminhava com dois amigos.
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A vítima chegou a reagir, mas foi espancada; seus colegas não reagiram. Testemunha desse crime, o porteiro Ramiro Porfírio dos Santos, de 25 anos, afirmou em depoimento nesta segunda que ficou impressionado com a violência. Ele chamou o vigia do edifício onde trabalha, Rafael Fernandes, para separar a briga. Na sexta-feira (19), o segurança afirmou em depoimento que ouviu da boca de um dos agressores a seguinte afirmação: “Batemos porque ele é veado”.
Santos, porém, não ouviu o que os rapazes disseram. “Eu estava dentro do prédio”, afirmou. Quando os jovens foram embora, o porteiro foi ajudar a vítima a se levantar. “Ele estava muito confuso, com a cara toda ensanguentada.”
“Houve uma agressão covarde”, resumiu o delegado Matallo. Ele acrescentou que espera concluir o inquérito ainda nesta semana. Para tanto, falta ouvir ainda a vítima, seus dois amigos que presenciaram a agressão e não reagiram, e novamente os agressores. “Quero saber quem bateu com a lâmpada no rosto do jovem”, concluiu o policial.
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