Réu Luciano de Souza presta depoimento e foi interrogado pelo MPF sobre conversas com João Henrique Lins Bahia.
Foto: Vlademir Alexandre
Wober Júnior seria um dos beneficiados do pagamento de propina.
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O Ministério Público Federal apresentou interceptações telefônicas em que dois réus no processo conversam sobre uma suposta influência de Wober Junior, ex-secretário da Casa Civil, no esquema de pagamento de propina. As gravações foram apresentadas durante o depoimento de Luciano de Souza, gerente operacional da empresa Líder.
Nas conversas telefônicas, Luciano conversa com o ex-secretário adjunto de Esporte, João Henrique Lins Bahia. “Wober vai mexer para por a empresa [Líder] no lugar da A&G”, disse Luciano de Souza.
Em outra conversa, os réus falam da suspensão de um contrato da Líder com a Secretaria Estadual de Sáude. Na sequência, João Henrique afirma: “vou falar com Wober agora, para acabar com essa história”. O réu Luciano de Souza foi inquerido pelo Ministério Público Federal sobre as conversas e declarou que não lembrava.
Os dois também conversaram sobre Lauro Maia, filho da ex-governadora Wilma de Faria. Luciano chegou a cobrar de João Henrique que o contrato da Líder fosse renovado.
Como resposta, João Henrique disse: “eu já falei: Lauro, o pessoal da Líder está desesperado”. Luciano de Souza se referiu a Lauro Maia como “o filho”. Questionado pelo Ministério Público Federal se estava falando do filho da ex-governadora, ele afirmou que não lembrava.
Durante o depoimento o juiz Mario Jambo, da 2ª Vara Criminal, Luciano de Souza afirmou que não sabia de esquema de pagamento de propina e que apenas intermediava encontros entre seus diretores, que residiam na Paraíba.
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