terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Ninguém tem sossego nas praias do litoral do RN




A TRIBUNA DO NORTE visitou, domingo (16),  algumas praias do litoral potiguar. A equipe de reportagem observou que, mesmo com a chamada “Operação Verão”, acontecem muitas irregularidades no trânsito de veículos na terra e no mar. No domingo passado (23), a TRIBUNA DO NORTE voltou a algumas praias e constatou: o problema continua.

júnior santosTrânsito de veículo é intenso durante todo o final de semanaTrânsito de veículo é intenso durante todo o final de semana
Em Barra de Maxaranguape, uma placa adverte que é “proibido carros na orla”. O aviso é ignorado por vários motoristas. Jogar futebol à beira da praia ou simplesmente praticar uma caminhadas, vira atividade perigosa. Muitos dos carros ou motos passam em alta velocidade. O médico Jedy Vieira há quarenta anos veraneia na praia. Ele afirma que não existe fiscalização, o que, segundo ele, facilita a desordem na orla. “Hoje mesmo já vi quadriciclo, motos e carros passando por aqui. É um absurdo. Quando venho com os filhos, tenho que fazer uma espécie de barreira com pedras em volta das crianças para ter alguma proteção”, reclama.

Na praia de Muriú, o problema se repetia. Lá, a quantidade de carros “off road” passeando na beira da praia impressionava. Além dos carros, motos e quadriciclos atrapalhavam a vida dos banhistas. A TRIBUNA DO NORTE flagrou, inclusive, uma criança pilotando um quadriciclo.

O casal Fábio Morais e Niedja da Silva passeava com o filho pequeno. Ao ver a quantidade de veículos na orla, a contadora se assustou. “Fiquei impressionada com isso. É a primeira vez que venho aqui e não sabia que era assim. É preciso ter cuidado, especialmente com as crianças”, disse. “O pior é que esses motoristas, além de estarem fazendo algo errado, ainda dirigem em alta velocidade. Cadê a fiscalização?”, questionou Fábio.

A cena de desrespeito às leis se repetiu em Jacumã. Na praia, também há uma placa de advertência sobre a proibição do tráfego de veículos na orla. Assim como em Barra de Maxaranguape, em Jacumã o aviso não é levado a sério. Muitos carros, de diversos modelos, trafegavam na orla. “É sempre assim. Os carros passam rápido. Não sei como ainda não teve um acidente grave”, disse a empresária Patrícia Galvão. A empresária reclama também da falta de policiais na praia. “Esse ano está um caos. Não tem policiamento. Fui assaltado no início do mês, levaram meu carro. Não apareceu nenhum policial”.

A TRIBUNA DO NORTE ainda visitou as praias de Caraúbas e Pitangui. Nessas, durante o tempo que permaneceu nas mesmas, a equipe não flagrou nenhuma irregularidade. Em todas as praias, a equipe também não viu nenhum policial, seja da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros ou fiscais da Capitania dos Portos.

Movimento fraco na Lagoa da Cotia após acidente

Uma semana após o acidente envolvendo um jet ski que vitimou a turista Maria Marques Cordeiro, de 47 anos, o clima na manhã do último domingo, na Lagoa da Cotia, em Rio do Fogo – local do desastre –, era de tranquilidade. Comparando com outros domingos, o movimento foi considerado fraco. “As pessoas ficam com medo de voltar. Desde o dia do ocorrido, o número de visitantes caiu bastante”, disse Jebson Fernandes, proprietário de um bar localizado às margens da lagoa.

 Segundo ele, a Capitania dos Portos esteve na lagoa na semana após o acidente. “Deixaram um número de telefone comigo e disseram que, se aparecesse alguém de jet-ski ou lancha, era para avisar a eles”, relata.

Os poucos banhistas, a maioria crianças, que aproveitavam as águas calmas da lagoa não mostravam preocupação com o acidente. “Sempre venho aqui e é tranquilo. Mas acho que falta uma fiscalização maior”, disse a estudante Aline Dantas.

Piloto do jet-ski conta sua versão em depoimento

O delegado Getúlio Torres, titular da DP de Ceará-Mirim e que preside o inquérito que investiga o acidente fatal de uma turista na Lagoa da Cotia, em Rio do Fogo, está próximo de finalizar a investigação. Ontem o delegado ouviu testemunhas e o próprio Wagner Miguel de Araújo Galvão, que é apontado como responsável pelo acidente do dia 15 deste mês que matou Maria Marques Cordeiro, 47 anos. A expectativa do delegado é enviar o inquérito para a Justiça já nos primeiros dias da próxima semana.

Wagner Miguel afirmou que sabia da distância mínima para os banhistas, recomendada pela Capitania dos Portos, mas que estava guiando o jet-ski abaixo dos 200 metros recomendados. Além disso, o empresário manteve a versão de que a corda que carregava a boia desamarrou do jet-ski. Wagner Miguel pode ser denunciado por homicídio doloso, por ter assumido o risco pilotando a máquina tão próximo aos banhistas.

http://br.answers.yahoo.com/question/index;_ylc=X3oDMTB1a2x0anY5BF9TAzIxMTU1MDA0NDMEc2VjA3BlZXBfZQRzbGsDcQ--?qid=20110125113602AA7svOS

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