Tribuna do Norte: Publicação: 11 de Abril de 2010 às 00:00
Alex RégisO presidente da CBF, Ricardo Teixeira demonstrou preocupação com a lentidão nas cidades-sedes
Rio de Janeiro (RJ) - O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, revelou temer que a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, sofra “sérios problemas” se as obras para construção dos estádios e de infraestrutura não começarem nas próximas semanas.
“Se elas não começarem até o começo de maio, passaremos por sérios problemas”, disse o mandatário do futebol nacional. Quando questionado se os atrasos nas obras da Copa do Mundo poderiam reduzir o número de cidades-sedes de doze para dez, Teixeira foi enfático e disse que não tratará do assunto antes do decisivo dia 3 de maio.
“Não falo sobre hipóteses. Vou aguardar o dia 3”, disse o presidente da CBF, que também culpou a crise política vivida por Brasília pelo atraso nas obras do Distrito Federal. O governador José Roberto Arruda havia prometido construir o estádio mais caro da Copa, mas foi afastado do cargo.
Rio de Janeiro
As fortes enchentes que assolaram o Rio de Janeiro, as quais vitimaram mais de 100 pessoas no estado, colocaram em dúvida a estrutura da cidade para receber a Copa do Mundo de 2014 e, principalmente, as Olimpíadas de 2016.
No entanto, Ricardo Teixeira, afirmou que a reforma no estádio do Maracanã, palco da decisão do Mundial, que acabou extremamente atingido pelas tempestades, evitará qualquer entrevero que prejudique o evento no Brasil. “O projeto do Maracanã irá baixar o lençol (freático) e resolverá alguns problemas do estádio”, enfatizou o mandatário, antes de comparar a tragédia no Rio de Janeiro com outra de proporções maiores, que ocorreram às vésperas da Copa do Mundo de 1986.
“A catástrofe no Rio de Janeiro e em Niterói não será um problema para o Mundial. Isso aconteceu no México, seis meses antes da Copa, com um terremoto que arrasou a Cidade do México e eles sediaram o torneio mesmo assim”, exemplificou Ricardo Teixeira.
Além de defender o Maracanã durante o evento, Ricardo Teixeira alfinetou o comitê organizador do Morumbi na briga do estádio são-paulino com a Fifa (Federação Internacional de Futebol e Associados). Segundo a entidade máxima do futebol, o projeto de reforma do Cícero Pompeu de Toledo não atende às necessidades do Mundial de 2014. “A situação do Morumbi é das mais simples e quero definitivamente encerrar logo esse assunto. O Morumbi não mandou as respostas que a Fifa pediu. E, simplesmente, quero que o Morumbi cumpra as determinações da Fifa. E aí ele será, se estiver enquadrado, o estádio da abertura, o estádio de jogos de oitavas, o estádio de jogos das semifinais”, garantiu Teixeira.
FIFA não teme terrorismo este ano
A divulgação de um possível ataque terrorista na Copa do Mundo, que estaria sendo tramado pela Al-Qaeda, conforme publicou uma revista islâmica (Mushtaqun Lel Jannah), não abalou a confiança da Fifa na segurança da competição que acontecerá entre junho e julho na África Sul. A entidade admitiu saber da ameaça, mas garantiu não temer a ocorrência de algum atentado.
Segundo o artigo publicado na revista islâmica, o principal alvo do possível atentado seria o jogo entre Estados Unidos e Inglaterra, no dia 12 de junho, em Rustemburgo. “Seria incrível se, durante a transmissão ao vivo da partida, para todo o mundo, e com muitos torcedores no estádio, seja ouvido o som de uma explosão nas arquibancadas, o estádio indo abaixo e um grande número de corpos”, diz o texto atribuído à rede terrorista Al-Qaeda.
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