Enquanto algumas instituições lamentam a situação administrativa e operacional na qual se encontram, a Policia Militar do Estado do Rio Grande do Norte parece ser um órgão estatal que está preparado para receber não somente uma Copa do Mundo como quaisquer eventos de grande porte que por ventura venham dá o ar de sua graça nos rincões potiguares.
Muitas das vezes a PM-RN foi utilizada como braço armado das elites dominantes. Exemplo disso frisou Homero Homem na sua inolvidável obra Cabra das Rocas. Este livro retratou ficticiamente o papel da policia em épocas remotas. Nestes idos parecia que o corpo policial estava a serviço das classes mais abastadas. Foi assim que narrou o fato de um cavalariano policial descer espadagão contra os canguleiros, moradores das Rocas da frente, em obediência e vingança ordenada dos xarias, gente da elite, moradores da Cidade Alta, que vez por outra, se diziam importunados pelos habitantes dos arredores do bairro das Rocas.
Todavia, este tempo já foi embora e o que restou fora uma literatura que nos enriquece e nos mostra como prosseguir na nossa lide policial diária. Respeito e zelo com o patrimônio e a segurança pessoal do próximo, não importa de que categoria social pertença, desde que agindo dentro das normas do ordenamento jurídico estaremos sempre a proteger.
É por isso que a moderna PM-RN, hoje com mais de dez mil pessoas, entre homens e mulheres, mesmo em meio a algumas dificuldades operativas como a escassez de verbas para custeio e investimentos, ainda não foi aos meios de comunicação para tentar comover a opinião pública dizendo que falta isso e falta aquilo; que tem gente demais presa; que isso atrapalha o trabalho; que vai fazer greve. Não, isso não, até porque a greve em nosso país é injustamente proibida na Constituição Federal para o militar. Essa proibição se dá tanto a nível federal quanto estadual, todavia, mesmo diante de problemas administrativos, salários menores na atualidade do que as demais categorias da segurança pública, a PM-RN, está sempre presente, em viaturas, a pé, nas escolas, nas rondas ostensivas, em palestras, atendendo à saúde do povo a PM-RN estando apta para defender a sociedade.
Erros, toda a instituição tem. Melhor, as pessoas que fazem a instituição é que tem. São algumas pessoas que cometem atitudes incompatíveis com o serviço policial e assim, toda corporação paga pelos atos errôneos de seus prepostos. Todavia, com a líquida e certa correção, coíbem-se as práticas que se desviam das condutas esperadas pelo policial e logo o mau PM vai restando preso e depois excluído do seio da corporação pois não há lugar na PM-RN para este tipo de profissional.
A história da PM-RN fala por si, basta vermos e compararmos os serviços que ela prestou ao longo dos seus 176 anos de existência. Retirem-se os erros e os acertos sobressairão de forma avassaladora em prol da sociedade.
Que venha a Copa de 2014; que venham também eventos grandiosos depois desta esperada competição que todos nós iremos sempre contar com mulheres e homens policiais militares prontos, aptos a sacrificarem sua própria vida benefício da coletividade. E não veremos, ao longo deste quatro anos restantes, ouvir dizer que a PM-RN lamenta, que não está preparada para defender o povo potiguar porque, nosso lema é ser “vigilantis semper” e ainda se ouvirmos, duvidemos, pois pode haver outras conotações por trás disto. Que venham as exigências da famigerada FIFA e sua ganância por dividendos. Faremos a melhor copa, em termos de segurança que o mundo já teve.
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