Um flagrante de desrespeito ao meio ambiente já dura anos e não tem previsão para acabar. Trata-se da fossa estourada que jorra de dentro da Penitenciária de Parnamirim, passa pela pista e contamina a vegetação local, desaguando no rio Pitimbu.
fotos: adriano abreuEsgoto acaba sendo despejado no rio Pitimbu, poluindo tudo
“É um desrespeito, um exemplo da desorganização. Essa fossa estourada não é de hoje, já faz muito tempo que está assim e ninguém resolve. O pior é que não é só ruim para as pessoas que visitam os detentos, é ruim para todo mundo e quem sofre mais é o rio, que acaba por receber toda essa sujeira”, afirmou uma das mulheres (nome preservado), que foi ontem até à penitenciária visitar o companheiro – quarta-feira é dia de visita íntima na unidade prisional. “Realmente, está que ninguém suporta”, concordou um dos policiais militares que trabalha na guarda externa da penitenciária.
O cano da fossa que sai do presídio está quebrado e deixa a água se misturar com o lixo jogado a céu aberto e com o matagal que cresce às margens da pista. “Sem contar com o mau cheiro. Fede muito. Imagine o quanto de doença não deve provocar isso sem tratamento algum desaguando no rio?” afirmou a mulher.
Segundo a comerciante Edna Maria de Oliveira, que tem um comércio em frente à penitenciária, o problema dura há vários anos. “Desde que montei esse negócio, há mais de sete anos, essa fossa já estava desse jeito. O pior é que só me causa prejuízos. Tenho que pagar uma pessoa para, vez ou outra, cortar o matagal que cresce e, se não corto, toma conta de tudo. ? um absurdo e ninguém se preocupa em resolver. Colocaram uns canos para que a fossa saísse da frente da penitenciária e fosse direto para o matagal, na tentativa de esconder. No entanto, agora, o cano está todo partido e o problema está ainda pior”, reclamou Edna.
Segundo a comerciante, também, em dias de chuva a situação fica insustentável, porque a quantidade de água aumenta e não há como entrar no presídio sem passar pela fossa. “Fica tudo muito sujo. Recentemente, inclusive, estão soltando alguns animais pela área, que tem agravado ainda mais a situação de sujeira. Eles defecam e espalham os sacos de lixo pela área, deixando tudo poluído”, contou Edna Maria.
Os animais na pista citados pela comerciante são vacas e bois que são soltos pelos pequenos proprietários rurais da região. Eles, além da sujeira, agravam uma situação de insegurança para quem transita pela área da penitenciária. Isso, porque a pista de barro que dá acesso ao presídio não tem sinalização, nem iluminação à noite. “Não há transporte também. Dependemos dos carros de amigos ou do táxi para chegar à penitenciária”, contou a mulher.
A equipe de reportagem da Tribuna do Norte conversou com o setor de fiscalização do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema/RN) e foi informada que o órgão já recebeu várias denúncias da contaminação do rio Pitimbu provocadas pela fossa da penitenciária de Parnamirim. A unidade prisional, por sinal, já teria sido até autuada. O Ministério Público, também, já estaria ciente do problema, segundo o Idema.
governo - Sejuc busca uma solução
Segundo o secretário de Estado de Justiça e Cidadania (Sejuc), Leonardo Arruda, o problema já é conhecido e vem sendo controlado, na medida do possível. Segundo ele, a fossa da penitenciária era subdimensionada e foram construídos cinco sumidouros para evitar que ela transbordasse. “Temos um contrato com uma empresa para que fosse feito o esvaziamento desses sumidouros regularmente. “Porém, as vezes esse problema ocorre”, afirmou o secretário, que completou: “para acabar com ele, só construindo uma estação de tratamento de esgoto no local, visto que aquela região não é saneada. Já até conversamos com a Caern para ver essa possibilidade, mas a companhia informou, na época, que não tinha verba para isso”. Segundo o secretário, para evitar mais problemas desse tipo, estão sendo construídas, junto com as novas penitenciárias, estações de tratamento de esgoto.
O cano da fossa que sai do presídio está quebrado e deixa a água se misturar com o lixo jogado a céu aberto e com o matagal que cresce às margens da pista. “Sem contar com o mau cheiro. Fede muito. Imagine o quanto de doença não deve provocar isso sem tratamento algum desaguando no rio?” afirmou a mulher.
Segundo a comerciante Edna Maria de Oliveira, que tem um comércio em frente à penitenciária, o problema dura há vários anos. “Desde que montei esse negócio, há mais de sete anos, essa fossa já estava desse jeito. O pior é que só me causa prejuízos. Tenho que pagar uma pessoa para, vez ou outra, cortar o matagal que cresce e, se não corto, toma conta de tudo. ? um absurdo e ninguém se preocupa em resolver. Colocaram uns canos para que a fossa saísse da frente da penitenciária e fosse direto para o matagal, na tentativa de esconder. No entanto, agora, o cano está todo partido e o problema está ainda pior”, reclamou Edna.
Segundo a comerciante, também, em dias de chuva a situação fica insustentável, porque a quantidade de água aumenta e não há como entrar no presídio sem passar pela fossa. “Fica tudo muito sujo. Recentemente, inclusive, estão soltando alguns animais pela área, que tem agravado ainda mais a situação de sujeira. Eles defecam e espalham os sacos de lixo pela área, deixando tudo poluído”, contou Edna Maria.
Os animais na pista citados pela comerciante são vacas e bois que são soltos pelos pequenos proprietários rurais da região. Eles, além da sujeira, agravam uma situação de insegurança para quem transita pela área da penitenciária. Isso, porque a pista de barro que dá acesso ao presídio não tem sinalização, nem iluminação à noite. “Não há transporte também. Dependemos dos carros de amigos ou do táxi para chegar à penitenciária”, contou a mulher.
A equipe de reportagem da Tribuna do Norte conversou com o setor de fiscalização do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema/RN) e foi informada que o órgão já recebeu várias denúncias da contaminação do rio Pitimbu provocadas pela fossa da penitenciária de Parnamirim. A unidade prisional, por sinal, já teria sido até autuada. O Ministério Público, também, já estaria ciente do problema, segundo o Idema.
governo - Sejuc busca uma solução
Segundo o secretário de Estado de Justiça e Cidadania (Sejuc), Leonardo Arruda, o problema já é conhecido e vem sendo controlado, na medida do possível. Segundo ele, a fossa da penitenciária era subdimensionada e foram construídos cinco sumidouros para evitar que ela transbordasse. “Temos um contrato com uma empresa para que fosse feito o esvaziamento desses sumidouros regularmente. “Porém, as vezes esse problema ocorre”, afirmou o secretário, que completou: “para acabar com ele, só construindo uma estação de tratamento de esgoto no local, visto que aquela região não é saneada. Já até conversamos com a Caern para ver essa possibilidade, mas a companhia informou, na época, que não tinha verba para isso”. Segundo o secretário, para evitar mais problemas desse tipo, estão sendo construídas, junto com as novas penitenciárias, estações de tratamento de esgoto.
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/fossa-polui-rio-e-causa-serios-transtornos-aos-moradores/168270
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