Com a localização, a catadora foi até o posto de polícia do bairro para pedir ajuda, por volta das 17h da terça. Duas viaturas da PM foram até o local, nas proximidades da BR-226, e os policiais foram recebidos a tiros e revidaram. "Eles notaram quando a polícia chegou e passaram a atirar lá de cima", conta Maria José. Gildean diz que, ao começar o tiroteio, apenas se abaixou. "Fiquei no chão enquanto as balas passavam por cima de mim".
Em meio ao tiroteio, "Igor" e "Coloral" conseguiram escapar pela mata existente no morro. César Costa, que tem deficiência física, acabou detido. Ele estava com uma espingarda calibre 12. O acusado foi encaminhado para a 14ª delegacia de Felipe Camarão, onde foi autuado em flagrante pelos crimes de porte ilegal de armas e cárcere privado agravado por tortura.
O delegado Graciliano Lordão, titular da 14ª DP, conta que já vinha investigando a atuação de César Costa na região. Para ele, dos acusados, o mais perigoso é o "Igor". "Esse é acusado de tráfico, homicídio e vários assaltos". O delegado trabalha para identificar e localizar os dois foragidos. "Acreditamos que eles possam estar escondidos ainda naqueles morros dos Guarapes. Estão apenas esperando baixar a poeira".
Gratidão e promessa
Maria José agradece o trabalho da polícia em resgatar o filho. "Se não fossem eles e Deus, certamente não iria vê-lo jamais, pois estaria morto a uma hora dessas". Depois do susto, Gildean Batista se diz disposto a largar o vício das drogas. "Deus me livre de voltar a usar isso de novo. Quero mudar a minha vida e voltar a estudar". Viciado desde os 14 anos, o catador estudou somente até o quinto ano.
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