Por Marcos Duarte |
Quando o conjunto de dados consiste de um grande número de dados, indica-se alocá-los numa tabela de distribuição de freqüência ou tabela de freqüência. Os dados nessa tabela são divididos em classes pré-estabelecidas, anotando-se a freqüência de cada classe. Então uma tabela de freqüência é um arranjo tabular dos dados com a freqüência correspondente. As tabelas de freqüência servem de base para as representações gráficas.
Quando tratar-se de variáveis contínuas as classes deverão ser escolhidas de um modo ao acaso. A escolha depende do número total de observações, amplitude da variação e a precisão requerida nos cálculos.
Deve ser observado que quanto maior o nº de classes, maior poderá ser o erro na análise estatística. Pode então fazer classes de pequenas amplitudes, porém pode-se aumentar excessivamente o nº de classes (de 10 a 20 classes é um número aceitável).
O centro da classe é a média dos limites da classe. Os centros de classe e as respectivas freqüências são usados nos cálculos das estatísticas descritivas. Fornecem também os elementos para a organização dos gráficos como o histograma, o polígono de freqüência e a ogiva.
Frequência e Tabela de frequências
A frequência absoluta, ou apenas frequência, de um valor é o número de vezes que uma determinada variável assume esse valor. Ao conjunto das frequências dos diferentes valores da variável dá-se o nome de distribuição da frequência (ou apenas distribuição).
A frequência relativa, é a percentagem relativa à frequência.
A frequência acumulada de um valor, é o numero de vezes que uma variável assume um valor inferior ou igual a esse valor.
A frequência relativa acumulada, é a percentagem relativa à frequência acumulada.
A tabela de frequências é uma forma de representação da frequência de cada valor distinto da variável. Juntamente com as frequências, esta poderá incluir frequências relativas, frequências acumuladas e frequências relativas acumuladas.
De uma forma geral, a tabela de frequências é usada para variáveis categóricas, uma vez que no caso de uma variável contínua a maior parte dos valores terá frequência 1, o que não resolve o problema inicial de se resumir a informação. Neste caso, pode-se agrupar os valores da variável contínua em intervalos, transformado-a numa variável categórica e assim ter mais sentido a tabela de frequências respectiva.
Exemplo: Consideremos a seguinte tabela
Nome | Sexo | ||
Paula | F | Gonçalo | M |
Manuel | M | Pedro | M |
Carla | F | Cristina | F |
Maria | F | Sofia | F |
João | M | Susana | F |
Temos,
Sexo Masculino:
Frequência absoluta : 4
Frequência relativa: 4 em 10 = 40%
Sexo Feminino:
Frequência absoluta : 6
Frequência relativa: 6 em 10 = 60%
Neste exemplo, a frequência acumulada não tem muita utilidade pois o Sexo é uma variável nominal, não havendo desta forma, "categorias anteriores".
Assim a tabela de frequências da variável Sexo será:
variável
|
freq. absoluta (n)
|
freq. relativa (%)
|
Sexo | ||
M | 4 | 40% |
F | 6 | 60% |
Total | 10 | 100% |
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