sábado, 30 de janeiro de 2010

“Realidade sobre os Coletes usados pela PM”


“Realidade sobre os Coletes usados pela PM”
Não sou técnica na área policial, muito menos militar, mas não preciso ser nem uma coisa nem outra para ter uma opinião sobre assuntos inerentes à polícia, ou ao militarismo, ou especificamente à Polícia Militar. Assim sendo, tenho visto com muita preocupação as situações inerentes aos Coletes Balísticos usados pela PM. Todos sabem que num confronto à bala, ou seja, onde houver troca de tiros, a possibilidade de o policial sair gravemente ferido é reduzida. Isso porque a parte mais protegida é exatamente a região do tórax. Bem, mas isso todo mundo já sabe... Contudo, o que eu gostaria de saber é: na Polícia Militar existe algum tipo de POLÍTICA de SEGURANÇA (algo tipo EPIs Mínimos Necessários, Política de CIPA, etc.), para salvaguardar a integridade da vida dos policiais?
Em qualquer lugar, se não dizer em todas as polícias, é comum o uso de Coletes Balísticos; em outros termos, o uso do Colete Balístico já é um hábito das polícias desde há muito tempo. Mas eu desconheço qualquer norma que regulamente o uso de tal material por parte dos Agentes da Área da Segurança Pública.
O que se sabe, e disso ninguém pode duvidar, é que a tropa que executa o policiamento à pé [o que se chama de PO] e fica muito tempo em pé usando o colete, é a que mais frequentemente se queixa de dores na região lombar.
Pior: inventaram um tal colete tático no qual se coloca todo o equipamento que usualmente estaria no cinto e em seu interior a placa balística. Dessa forma se evita as dores na região lombar e se transfere a dor para os ombros após longos períodos de pé, pois todo o peso do colete, armamento e equipamento é suportado pelos ombros.
Outro problema é que, como não se tem coletes suficientes para pagar, mediante cautela para toda a tropa, usa-se cada dia um colete diferente.
Assim sendo, são bastante comuns reações alérgicas, micoses e coisas do tipo. O tal colete tático evita isso, já que cada policial compra o seu e simplesmente insere a placa balística nele.
Porém, claro que existem certos tipos de coletes, os quais protegem somente tronco e costas, os quais causam menos problemas, pois são mais leves, ao passo que há outros maiores, que chegam a cobrir os ombros e a lateral do tronco (a tropa, ou melhor, os praças, os chama de tartarugas ninja), que, por serem muito pesados, se tornam um tanto quanto incômodos.
Quem serve em unidades onde há grandes eventos, ou quem corriqueiramente tira muitos serviços extras, em que se fica de pé mais de seis, ou até mesmo mais de oito horas seguidas (situações estas que são bem comuns – no Estado em forma de calcinha), sabem bem o que eu estou falando.
Portanto, para diminuir a dor nas costas, lembrem-se que eu não sou técnica, mas posso dizer isso com a convicção de quem vê essa realidade, bem como tem o testemunho de quem já está “maceteado”, a cada três ou quatro horas em pé, se puder se sentar por quinze minutos, o faça (CF: art. 1º: III); essa estratégia o ajudará bastante a reduzir os efeitos do peso carregado, bem como poderá prevenir futuras varizes. Isso, claro, é para as pessoas mais novas. Para os mais antigões, mais castigados pela vida policial militar, esse tempo de intervalo deve ser diminuído e o tempo de repouso deve ser maior.
Andressa Dörliuve
Fonte: Velamas

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