CPI da Pedofilia ouviu 26 pessoas em três dias de depoimentos.
Juiz mandou prender para evitar possível fuga.
Um padre foi preso e dois religiosos católicos foram proibidos de sair de Arapiraca (AL). Eles são suspeitos de abusar dos coroinhas e usar dinheiro arrecadado dos fiéis para atrair adolescentes.
O padre preso, de 84 anos, passou a noite do Batalhão da Polícia Militar. Ele negou envolvimento no caso. "Não sou pedófilo", disse.
Durante audiência da CPI da Pedofilia na cidade, foi exibido um vídeo do padre mantendo relações com um adolescente. As imagens provocaram um grande constrangimento. A plateia lotada e o clero assistiram à gravação em silêncio. No final, o religioso pediu desculpas, mas negou o crime.
O juiz Rômulo Vasconcelos disse que mandou prender o padre porque temia que ele fugisse. De acordo com ele, a Polícia Federal encontrou um passaporte. A secretária e o motorista desse religioso também foram detidos.
Durante os três dias de depoimento em Arapiraca, a CPI ouviu 26 pessoas, incluindo cinco coroinhas menores. Dois religiosos foram proibidos de sair da cidade.
Três coroinhas que são maiores confirmaram que tiveram relações sexuais com um dos religiosos. "O padre pagava para eles, pegava o dinheiro da oferenda e abusava dos meninos na sacristia e até no altar", afirmou um deles. O padre citado não foi preso porque fez um acordo com a CPI. Ele confirmou todas as denúncias, inclusive a prática de usar dinheiro arrecadado dos fiéis para conquistar os rapazes.
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