Policiais liberam motorista que atropelou o filho da atriz Cissa Guimarães em troca de R$ 10 mil; Corregedoria da PM solicitou prisão preventiva dos envolvidos.
Foi negado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, na madrugada deste sábado (24), o pedido de prisão preventiva dos policiais militares Marcelo Bigon e Marcelo Leal de Souza Martins, cabo e sargento do 23º Batalhão (Leblon). O juiz Alberto Fraga foi contra a solicitação feita pela Corregedoria da Polícia Militar.
O comandante-geral da PM do Rio, coronel Mário Sérgio Duarte, determinou na noite desta sexta-feira (23) a prisão administrativa dos dois policiais após Roberto Bussamra, pai de Rafael Bussamra --que confessou ter atropelado na terça (20) Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães-- prestar depoimento. Duarte também determinou que a Corregedoria fizesse o pedido da prisão preventiva.
De acordo com a assessoria da PM, os dois militares ainda não foram presos administrativamente. Eles já fizeram contatos e devem se apresentar ainda hoje.
O Tribunal de Justiça não informou a justificativa do juiz para a negativa do pedido de prisão preventiva. A PM ainda não se manifestou sobre o assunto.
Bussamra disse ontem que os policiais que liberaram o Siena de seu filho pediram R$ 10 mil de propina e combinaram de receber o dinheiro depois, na praça Mauá, centro do Rio. O empresário acompanhou o filho no momento do pagamento, já pela manhã de quarta-feira (21), mas recebeu uma ligação da mulher informando que a vítima era filho da atriz e estava morto. Segundo o depoimento, ele passou mal com a notícia e os policiais deixaram o local com R$ 1.000.
No depoimento na 15ª DP (Gávea), o empresário Roberto Bussamra disse que os policiais que liberaram o Siena de seu filho pediram R$ 10 mil de propina e combinaram de receber o dinheiro depois, na praça Mauá, centro do Rio. O empresário acompanhou o filho no momento do pagamento, já pela manhã, mas recebeu uma ligação da mulher informando que a vítima era filho da atriz e estava morto. Segundo o depoimento, ele passou mal com a notícia e os policiais deixaram o local com R$ 1.000.
A Corregedoria da PM informou que o cabo Bigon e o sargento Leal serão buscados em suas casas e mantidos presos no batalhão até que a Justiça decrete sua prisão preventiva. "Será aberto inquérito policial-militar e os dois passarão por um conselho de disciplina. Os dois policiais deverão ser expulsos da corporação", informa a nota.
O comandante-geral já havia reconhecido ontem o erro da polícia. "Havia indícios claros de problemas com o veículo. A abordagem não foi feita de acordo com os protocolos da PM", disse.
http://www.nominuto.com/noticias/brasil/juiz-nega-prisao-preventiva-a-pms-que-pediram-propina-a-atropelador/57196/
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