terça-feira, 17 de agosto de 2010

Jogue fora o controle remoto
O game do futuro obedece aos movimentos do seu corpo. E esse futuro já está aí
REDAÇÃO ÉPOCA
  Divulgação
GINGA
Modelos mostram o funcionamento de um protótipo do Xbox com Kinect. Os personagens do jogo respondem ao movimento do corpo


































A Microsoft (X-BOX)e a Sony (PLAYSTATION) vão lançar no Brasil dois produtos que prometem alterar a forma como vemos os games. O Kinect, da Microsoft, funciona com o console Xbox 360. O Move, da Sony, se liga ao PlayStation 3. São aparelhos com câmeras instaladas no alto da TV, ligados aos consoles de games. Os dois usam uma tecnologia que reconhece movimentos do corpo dos jogadores.
É a realidade aumentada. Com ela, seu corpo substitui o controle (ou joysticks) que acompanha os consoles desde os tempos do Atari, lançado no Brasil no início dos anos 80. Câmeras instaladas sobre a TV acompanham seus gestos e sua movimentação no tapete da sala e movimentam os personagens dos jogos na tela. Essa realidade aumentada poderá ser combinada com outra tecnologia, que também está sendo lançada agora: a terceira dimensão nos jogos.
A combinação gera um envolvimento total de quem joga. A sensação é de estar dentro do universo fantástico do game. Pode ser a luta com um monstro em que você usa a mão como se tivesse segurando uma espada. Num jogo de futebol, uma bola que parece sair pela tela de seu televisor e você defende, com os movimentos reais do corpo. As possibilidades são empolgantes. O único jogo que já foi apresentado, e ainda em versão demonstrativa, é o EyePet, da Sony. Ele funciona com o PlayStation Eye, uma câmera que reconhece o movimento do corpo. O personagem principal do jogo é um macaquinho virtual que circula pela sua casa e responde a seus movimentos como se estivesse deitado no colo. Quando você coloca os óculos 3-D, o macaquinho parece sair da tela e ganha ares ainda mais reais. Por enquanto, o que se vê são apenas algumas demonstrações em demos como essa, realizadas em feiras de games. Mas não vai demorar para que as produtoras criem seus primeiros jogos com as duas tecnologias.
A Sony está na frente. Seu console atual, o PlayStation 3, já pode ler gráficos em 3-D – a empresa soltou uma atualização do software do aparelho que permite isso. Ao baixá-la, o jogador já tem um videogame apto a rodar qualquer jogo 3-D. Também pode tocar filmes 3-D em Blu-ray, de alta definição. Na semana passada, a Sony anunciou que começará a vender oficialmente o PlayStation 3, de 120 GB, no Brasil. O console chega por R$ 1.999, valor bem acima do praticado hoje pelo varejo, que até agora trazia o PS3 importado, de R$ 1.299. Segundo Anderson Gracias, gerente-geral da divisão PlayStation no Brasil, são os custos de impostos e da atualização de cabos, caixas e manuais para o português. Ele diz que o preço real para o mercado brasileiro seria de R$ 2.500, mas a Sony vai subsidiar o valor do console e ganhar na venda de games. O Move chegará em setembro. “O Move é um divisor de águas em relação ao público-alvo da Sony”, diz Gracias. “Não vamos mais ser conhecidos apenas por criar um aparelho voltado a entusiastas.” Os usuários do Xbox, da Microsoft, poderão ligar o Kinect, que chegará ao Brasil antes do Natal. Mas, para jogar em 3-D, só quando a empresa lançar a nova versão, mais potente, do console. O esperado Xbox 720 deve ser lançado entre 2011 e 2012.
Num dos games, de corrida em 3-D, tomei um susto e desviei o corpo do estilhaço virtual
A diversão também tem versão portátil. A japonesa Nintendo (Wii) anunciou que até março de 2011 lançará o Nintendo 3-DS, seu novo console de bolso. É parecido com o atual Dsi, mas as duas telas poderão mostrar imagens em três dimensões, sem a necessidade de óculos especiais. Isso é possível por meio de um software que altera a posição das sombras dos desenhos para simular o efeito 3-D.
Os novos consoles e jogos prometem uma experiência sem igual para os consumidores. Quem testou se empolgou. “O Kinect Adventures pareceu tão bobo na conferência da Microsoft há apenas dois dias”, disse Mark Wilson, editor do blog de tecnologia Gizmodo, sobre o demo do Xbox 360, da Microsoft. “Mas agora estou aqui pulando e me mexendo como uma minhoca epiléptica para vencer. É divertido demais.” Um dos principais roteiristas de games do mundo, o americano Matt Costello, disse que, com mais de 20 anos de carreira dedicada a games, era difícil que alguma nova tecnologia conseguisse realmente surpreendê-lo, mas o 3-D fez seus olhos brilhar na primeira vez que jogou. “As duas tecnologias casadas terão um impacto tremendo. Você vai pirar com esses jogos”, disse Costello a EPOCA. “Vai além da experiência que James Cameron mostrou em Avatar.”
Na semana passada, experimentei alguns jogos 3-D no PlayStation 3. Você presta muito mais atenção aos detalhes. Num dos games, de corrida, pedaços do carro voaram “em cima” de mim quando bati de frente em uma mureta. Tomei um susto e, intuitivamentre, desviei o corpo do estilhaço virtual. O 3-D também melhora a perspectiva do jogo, pois você vê em primeiro plano os elementos mais importan-tes, como seu carro ou o que vem bater em você. É melhor que um filme em 3-D porque você tem controle dos movimentos.
É possível que a junção de realidade aumentada com 3-D tenha um impacto maior que a chegada dos movimentos com o Wii, da Nintendo. O Wii, lançado em 2006, foi o primeiro videogame que respondia aos movimentos do jogador, feitos por meio de um controle e captados por meio de um sensor sem fio. O lançamento significou uma ruptura tecnológica e de mercado. O Wii colocou a Nintendo novamente na liderança dos games e transformou em consumidores fiéis gente que tinha preconceito contra games em geral. Famílias inteiras começaram a se interessar por jogos que variavam entre o lúdico, o casual e de apelo para a saúde – como o Wii Fit. Quatro anos depois, os fãs de games (que deixaram de ser uma maioria de adolescentes sedentários e passaram a crianças, jovens e adultos ligados ao entretenimento eletrônico) estão novamente ávidos por uma grande novidade.
A nova forma de interação trazida pela realidade aumentada pode ir além dos jogos. Os consoles já têm outras funções, como guardar vídeos, fotos e músicas. Já se especula que os movimentos do corpo serão usados para manipular esses arquivos. Você vai poder mexer nas fotos movimentando as mãos, como se as agarrasse no ar. Ou dar pausa num vídeo com um movimento do braço (lembra de Tom Cruise no filme Minority report?). Também se especula que a Microsoft pode adaptar os comandos de movimento do corpo do Kinect para o sistema Windows. Como nos games, a brincadeira só está começando.
  Divulgação
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