Renata Mariz - Correio Braziliense
Vinícius Sassine -
Publicação: 03/08/2010 06:39
Vinícius Sassine -
Publicação: 03/08/2010 06:39
Brasília – O porte de armas assegurado por lei e a fúria num trânsito caótico fazem de policiais militares e civis potenciais agressores em brigas de trânsito que terminam em morte. Dos 32 casos levantados pelo Estado de Minas em todo o país, pelo menos sete — ou seja, 21,8% — tiveram o envolvimento de policiais. Caso recente, uma briga de trânsito envolvendo um policial militar e um juiz em Salvador (BA), em 10 de julho, acabou em morte. O magistrado Carlos Alessandro Pitágoras Ribeiro, de 38 anos, foi assassinado com um tiro à queima-roupa pelo policial Daniel dos Santos Soares, conforme declaração do próprio militar. O policial deu uma fechada no juiz, que já teria descido do carro com uma pistola 9mm. Depois, o militar disparou no juiz.
No Rio de Janeiro, em 2006, um PM e um policial federal trocaram tiros depois de uma colisão no trânsito. Em Goiânia (GO), no mesmo ano, um promotor de Justiça e o filho, um soldado da Polícia Militar, se uniram para agredir e tentar matar um motociclista envolvido numa briga ao volante, segundo a denúncia do Ministério Público (MP) de Goiás. O caso, que provocou diversas ações na Justiça e ameaças dos dois lados, está longe do fim.
Mesmo algemado, Marcos Antônio tentou fugir. Leonardo o perseguiu e disparou duas vezes contra o motociclista. As balas atingiram as pernas de Marcos Antônio. A 100m dali, um parente do motociclista de nome José (nome fictício) percebeu os disparos contra o rapaz. Marcos Antônio mudou-se de Goiânia logo após a tentativa de assassinato. Não voltou à cidade desde então. “Ele tem dois irmãos da polícia, que tiraram ele daqui de avião. Não quer nem saber de voltar, foi um trauma”, conta José.
Tiros
Há 21 anos, um policial civil do Distrito Federal, armado, mesmo em horário de folga, atirou contra um motorista de ônibus em Ceilândia. O motivo, segundo a sentença que o condenou a 15 anos e seis meses de prisão, foi um “desentendimento relativo a um simples acidente de trânsito”. O agressor, Francisco Marconi Cordeiro, conseguiu anular o primeiro julgamento e, no segundo, foi condenado, mas recorreu da sentença. A reportagem tentou falar com Francisco Marconi, mas ele não atendeu os telefonemas. Seu advogado, Jason Barbosa de Faria, alega a tese da legítima defesa. Ele diz que o policial não foi expulso da corporação, mas se aposentou antes mesmo de o processo ser julgado.
No Rio de Janeiro, em 2006, um PM e um policial federal trocaram tiros depois de uma colisão no trânsito. Em Goiânia (GO), no mesmo ano, um promotor de Justiça e o filho, um soldado da Polícia Militar, se uniram para agredir e tentar matar um motociclista envolvido numa briga ao volante, segundo a denúncia do Ministério Público (MP) de Goiás. O caso, que provocou diversas ações na Justiça e ameaças dos dois lados, está longe do fim.
Saiba mais...
O primeiro lance da briga ocorreu entre o promotor Rodaney Ferreira Gandra e o motociclista Marcos Antônio Maciel Lemos, em 18 de junho de 2006. Os dois se envolveram num pequeno acidente de trânsito, e Marcos Antônio teria se ferido numa briga com o promotor. Rodaney decidiu ligar para o filho, o soldado Leonardo Bezerra de Lima Gandra, que compareceu ao local da briga como policial militar. A ocorrência já havia sido registrada pela polícia, mas Leonardo esteve na Marginal Botafogo — a via expressa mais movimentada de Goiânia — e algemou Marcos Antônio. Antes, o policial retirou o pai da cena do crime, no próprio carro da Polícia Militar (PM).Mesmo algemado, Marcos Antônio tentou fugir. Leonardo o perseguiu e disparou duas vezes contra o motociclista. As balas atingiram as pernas de Marcos Antônio. A 100m dali, um parente do motociclista de nome José (nome fictício) percebeu os disparos contra o rapaz. Marcos Antônio mudou-se de Goiânia logo após a tentativa de assassinato. Não voltou à cidade desde então. “Ele tem dois irmãos da polícia, que tiraram ele daqui de avião. Não quer nem saber de voltar, foi um trauma”, conta José.
Tiros
Há 21 anos, um policial civil do Distrito Federal, armado, mesmo em horário de folga, atirou contra um motorista de ônibus em Ceilândia. O motivo, segundo a sentença que o condenou a 15 anos e seis meses de prisão, foi um “desentendimento relativo a um simples acidente de trânsito”. O agressor, Francisco Marconi Cordeiro, conseguiu anular o primeiro julgamento e, no segundo, foi condenado, mas recorreu da sentença. A reportagem tentou falar com Francisco Marconi, mas ele não atendeu os telefonemas. Seu advogado, Jason Barbosa de Faria, alega a tese da legítima defesa. Ele diz que o policial não foi expulso da corporação, mas se aposentou antes mesmo de o processo ser julgado.
http://www.uai.com.br/htmls/app/noticia173/2010/08/03/noticia_nacional,i=172024/POLICIAIS+ARMADOS+SE+TRANSFORMAM+EM+POTENCIAIS+AGRESSORES+NO+TRANSITO.shtml
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