Polícias brasileira e americana realizam treinamentos conjuntos em SP
Duas das polícias mais famosas das Américas, a SWAT americana e o Bope do Rio, começaram hoje treinos conjuntos na cidade de Avaré.
A precisão é cirúrgica. Cada arma dispara apenas um tiro. O exercício dura menos de dez segundos. O objetivo é resgatar reféns que estão dentro do ônibus. O erro aqui é pago com flexões.
Duzentos agentes de segurança de unidades de policiamento de diversos países, como Portugal, Bolívia e Brasil, estão reunidos durante esta semana em Avaré, no interior de São Paulo, para o maior curso de treinamento tático da América Latina.
"Eles estão se preparando para isso, para serem multiplicadores em suas regiões, em seus estados, seus países. Essa técnica não ter que estar só com eles, eles precisam repassar, também por uma questão de sobrevivência deles e também para a melhora da segurança pública no país", diz o organizador Marcos do Val.
Entre os instrutores, estão agentes do Bope, batalhão de operações especiais da PM do Rio de Janeiro, e também da SWAT, a tropa de elite da polícia dos Estados Unidos. O americano Jason Perez viaja o mundo ensinando táticas de combate. Acostumado a situações de risco, o instrutor não enxerga a violência no Brasil como diferente dos outros países. Para ele, é um problema global.
Para tornar o treinamento mais real, os instrutores reproduziram uma favela. É nessa situação, típica das grandes cidades do Brasil, que o risco acaba sendo maior. "Existem muitos becos, vielas, caminhos enfiados, onde o policial, passando por aquele local, o cidadão infrator pode efetuar um disparo, culminando até na morte desse policial", diz o policial militar Paulo Henrique dos Santos.
No treinamento, habilidade e força são inseparáveis. Um dos objetivos é formar no Brasil policiais que atuem na linha de frente e também saibam socorrer civis e companheiros feridos. "Quanto maior o suor derramado em treinamento, menos sangue é derramado em batalha", completa Marcos.
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