Tribuna do Norte: Publicação: 14 de Abril de 2010 às 00:00
Júnior SantosLivros doados para escola são abandonados
Lotes lacrados de livros didáticos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), do MEC, referentes ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2007, mofam numa pequena sala do Conselho Comunitário de Pajuçara 1, na Zona Norte de Natal.
De 1ª a 7ª séries do Ensino Fundamental, totalizando cerca de 1.800 volumes, os lotes expedidos por várias editoras como Positivo, Moderna, Ática e Nova Geração cobrem disciplinas como História, Ciências, Português, Matemática e Geografia.
Em meio a ninho de gatos e expostos à poeira, os livros foram doados no final do ano passado pela Escola Municipal Francisca Oliveira para servirem de base ao acervo de uma biblioteca da comunidade que seria inaugurada no Centro Comunitário de Pajuçara 1 no início deste ano.
Passados mais de seis meses da doação, não só a biblioteca não foi inaugurada como todo o Centro Comunitário, com cerca de 300 metros de área construída, está totalmente abandonado. Apenas uma sala para aulas de lutas marciais estava sendo limpa ontem para receber os alunos.
Com vazamento de água visível na entrada, fios de luz expostos, restos de carteiras de aula jogados pelos cantos, muita sujeira e mau cheiro, todo o resto das instalações estão no limite da insalubridade. Um dos livros doados apodrecia ontem no vaso sanitário de um dos banheiros.
Na sala onde os livros foram empilhados, a única providência positiva foi retirá-los do chão e colocá-los sobre mesas para que não apodrecessem de uma vez.
A sala em que os livros foram jogados exibia nas paredes a logomarca de uma rádio (88,3 FM Rádio União) cujos transmissores funcionaram ali por um mês, há pouco menos de dois anos, antes de serem lacrados pela Anatel.
Desculpa
O presidente do Conselho Comunitário de Pajuçara 1, Sebastião Neto Araújo, confirmou que enviou um ofício para a Escola Municipal Francisca Oliveira solicitando a doação dos livros para a biblioteca que ele pretendia inaugurar este ano para servir à comunidade. Mas que a falta de apoio financeiro tornou o projeto inviável.
“Essa denúncia dos livros é coisa de gente desocupada e que, ao invés de ajudar o bairro, cria confusão por conta da política”, reagiu Sebastião, dono de uma lan house em Pajuçara 1.
Contatada pela reportagem, a diretora da Escola Municipal Francisca Oliveira, Maria Zilda da Silva, ficou perplexa ao saber das condições dos livros doados. Ela explicou que a escola saiu de 150 alunos, em 2006, para quase 800 depois de passar por uma grande ampliação. “Foi quando fizemos uma campanha junto à Secretaria Municipal de Educação e as demais escolas da rede para angariar livros que faltavam para atender o alunado”, acrescentou.
Segundo ela, o resultado da campanha produziu sobras de muitos pequenos lotes de livros didáticos, insuficientes para a distribuição interna. Nessa ocasião, lembra, uma funcionária da própria escola mencionou o plano do presidente do Conselho Comunitário do Pajuçara 1 de abrir uma biblioteca para a comunidade. “Ele nos enviou um ofício e fretou um transporte para apanhar os volumes”, lembra a diretora.
Ontem, Maria Zilda da Silva, disse que sua primeira providência será resgatar os livros doados de volta para a escola.
Ouvida pela TRIBUNA, a promotora de Educação do Ministério Público Estadual, Zenilde Alves, preferiu não qualificar a atitude da diretora ao doar livros de lotes do Ministério da Educação. “Trata-se de um caso que não se pode julgar sem conhecer a realidade dos lotes e se existiam uma melhor destinação para eles”.
De 1ª a 7ª séries do Ensino Fundamental, totalizando cerca de 1.800 volumes, os lotes expedidos por várias editoras como Positivo, Moderna, Ática e Nova Geração cobrem disciplinas como História, Ciências, Português, Matemática e Geografia.
Em meio a ninho de gatos e expostos à poeira, os livros foram doados no final do ano passado pela Escola Municipal Francisca Oliveira para servirem de base ao acervo de uma biblioteca da comunidade que seria inaugurada no Centro Comunitário de Pajuçara 1 no início deste ano.
Passados mais de seis meses da doação, não só a biblioteca não foi inaugurada como todo o Centro Comunitário, com cerca de 300 metros de área construída, está totalmente abandonado. Apenas uma sala para aulas de lutas marciais estava sendo limpa ontem para receber os alunos.
Com vazamento de água visível na entrada, fios de luz expostos, restos de carteiras de aula jogados pelos cantos, muita sujeira e mau cheiro, todo o resto das instalações estão no limite da insalubridade. Um dos livros doados apodrecia ontem no vaso sanitário de um dos banheiros.
Na sala onde os livros foram empilhados, a única providência positiva foi retirá-los do chão e colocá-los sobre mesas para que não apodrecessem de uma vez.
A sala em que os livros foram jogados exibia nas paredes a logomarca de uma rádio (88,3 FM Rádio União) cujos transmissores funcionaram ali por um mês, há pouco menos de dois anos, antes de serem lacrados pela Anatel.
Desculpa
O presidente do Conselho Comunitário de Pajuçara 1, Sebastião Neto Araújo, confirmou que enviou um ofício para a Escola Municipal Francisca Oliveira solicitando a doação dos livros para a biblioteca que ele pretendia inaugurar este ano para servir à comunidade. Mas que a falta de apoio financeiro tornou o projeto inviável.
“Essa denúncia dos livros é coisa de gente desocupada e que, ao invés de ajudar o bairro, cria confusão por conta da política”, reagiu Sebastião, dono de uma lan house em Pajuçara 1.
Contatada pela reportagem, a diretora da Escola Municipal Francisca Oliveira, Maria Zilda da Silva, ficou perplexa ao saber das condições dos livros doados. Ela explicou que a escola saiu de 150 alunos, em 2006, para quase 800 depois de passar por uma grande ampliação. “Foi quando fizemos uma campanha junto à Secretaria Municipal de Educação e as demais escolas da rede para angariar livros que faltavam para atender o alunado”, acrescentou.
Segundo ela, o resultado da campanha produziu sobras de muitos pequenos lotes de livros didáticos, insuficientes para a distribuição interna. Nessa ocasião, lembra, uma funcionária da própria escola mencionou o plano do presidente do Conselho Comunitário do Pajuçara 1 de abrir uma biblioteca para a comunidade. “Ele nos enviou um ofício e fretou um transporte para apanhar os volumes”, lembra a diretora.
Ontem, Maria Zilda da Silva, disse que sua primeira providência será resgatar os livros doados de volta para a escola.
Ouvida pela TRIBUNA, a promotora de Educação do Ministério Público Estadual, Zenilde Alves, preferiu não qualificar a atitude da diretora ao doar livros de lotes do Ministério da Educação. “Trata-se de um caso que não se pode julgar sem conhecer a realidade dos lotes e se existiam uma melhor destinação para eles”.
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