O comandante da PM, Coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, afirmar ter completo interesse na entrada de mulheres na tropa e espera a inclusão delas no próximo concurso público. Ele confirmou que o último processo seletivo para soldado não abriu vagas para mulheres, mas não soube justificar o motivo. Araújo assumiu o comando da Polícia Militar em abril deste ano e explica que não há nenhum regimento interno que estipule número de mulheres na corporação.
Já o estado do Ceará determina que a Polícia Militar deve ter no máximo 5% de mulheres no seu efetivo e nem esse percentual foi atingido ainda. "A lei estabelece uma quantidade de vagas para mulheres", disse o comandante Araújo. Segundo o coronel, as meninas que decidirem entrar na PM podem exercer todas as funções administrativas e operacionais. "Estamos precisando principalmente na área operacional", apontou. Não há PMs do sexo feminino na Cavalaria nem na Rocam ( Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas).
Em unidades de elite como o Bope e o BPChoque, são respectivamente 1 e 3 mulheres, mas apenas uma no serviço de rua, a soldado Cláudia. A Companhia Feminina tem um efetivo total de 70, sendo 50 no trabalho ostensivo e o restante burocrático. Em conversas informais com o comandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Carlos Kleber Lopes Barbosa, já tinha informado sobre sua vontade de abrir concurso com participação de mulheres no próximo ano. Porém, como a reportagem não conseguiu localizar o Coronel até o fechamento desta edição, não pode publicar um palavra oficial dele.
Comparativo
Bombeiros PE:
2.360 homens
140 mulheres
Bombeiros RN:
663 homens
4 mulheres
Polícia Militar CE:
14.400 homens
600 mulheres
Polícia Militar PB:
8.688 homens
652 mulheres
Polícia Militar RN:
10.387 homens
213 mulheres
História
A primeira turma de PMs mulheres foi formada no RN em 1990 sob o comando da tenente-coronel Angélica Fernandes Azevedo, 42, que veio de Pernambuco após três anos do curso de Formação de Oficiais. Ela é a primeira potiguar a alcançar o posto de tenente-coronel. Apesar dos avanços na participação da mulher em instituições militares potiguares, um estado pequeno do Norte deu exemplo contra o preconceito em relação ao sexo feminino. Em Rondônia, no ano de 2003, a coronel Angelina dos Santos Correia Ramires, 43 anos, assumiu o comando geral da PM e está no cargo até hoje. Ela é a única mulher do Brasil no cargo. Foi alvo de preconceito ao ser nomeada para a função pelo governador Ivo Cassol. No dia da posse, alguns não a cumprimentaram e foi necessária uma intimação do governador para que o fizessem.
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