* Pâmela Reis
Blog Universo Policial
O coronel André Vianna da reserva da Polícia Militar de São Paulo defende a controvertida prática d0 Bico - atividade fora do horário de serviço - entre policiais militares da ativa. Segundo Vianna, o problema não está no serviço em si, mas na falta de regulamentação da atividade. “O bico prejudicial é aquele que está ligado à área de segurança e coloca em risco a vida do policial e das pessoas que ele está protegendo”, afirma o coronel. “Por exemplo: aquele policial que trabalha sozinho, armado, sem colete e sem rádio na porta de um estabelecimento comercial, que pode ser assaltado. Muitos policiais morrem justamente no bico”. Ele sugere que a prática seja regulamentada, controlada e exercida “dentro de determinados parâmetros”. Vianna cita o exemplo de Miami Beach, cidade americana onde a própria corporação administra os bicos: a polícia recebe pedidos de serviço extra da comunidade e os distribui entre os profissionais que se candidatam. Do valor pago, 70% vai para o bolso do policial e 30% ficam com a instituição e são investidos em policiamento, munições etc. “O interessante é que isso aumenta o espectro policial. O contrato [do serviço extra] estabelece que diante de um delito que atinja a comunidade, aquele policial pode ser acionado”, comenta Vianna. O coronel conta que a prefeitura de São Paulo firmou acordo recente com o Governo do Estado para que policiais militares trabalhem fora do turno regular, fazendo policiamento, custeados pela própria prefeitura. “Isso não deixa de ser um bico pago por outro patrão, que é a prefeitura”, comenta. Para André Vianna, é preciso dar atenção especial também às jornadas de trabalho desses profissionais. “O policial precisa procurar descansar, e isso não impede que ele venha a fazer qualquer outra atividade”, observa. Atualmente o policial tem o dever de estar 24 horas à disposição da comunidade, mesmo fora de seu turno. Na prática, cada polícia estabelece seu regime de trabalho. O coronel acredita que, respeitados os períodos de descanso mínimos, não há empecilhos à prestação de serviços extras. * Pâmela Reis é estudante de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Concluiu recentemente um curso sobre jornalismo em situações de conflito armado ou outras situações de violência. Maiores informações sobre o curso podem ser obtidas no link abaixo:
O coronel André Vianna da reserva da Polícia Militar de São Paulo defende a controvertida prática d0 Bico - atividade fora do horário de serviço - entre policiais militares da ativa. Segundo Vianna, o problema não está no serviço em si, mas na falta de regulamentação da atividade.
“O bico prejudicial é aquele que está ligado à área de segurança e coloca em risco a vida do policial e das pessoas que ele está protegendo”, afirma o coronel. “Por exemplo: aquele policial que trabalha sozinho, armado, sem colete e sem rádio na porta de um estabelecimento comercial, que pode ser assaltado. Muitos policiais morrem justamente no bico”. Ele sugere que a prática seja regulamentada, controlada e exercida “dentro de determinados parâmetros”.
Vianna cita o exemplo de Miami Beach, cidade americana onde a própria corporação administra os bicos: a polícia recebe pedidos de serviço extra da comunidade e os distribui entre os profissionais que se candidatam. Do valor pago, 70% vai para o bolso do policial e 30% ficam com a instituição e são investidos em policiamento, munições etc. “O interessante é que isso aumenta o espectro policial. O contrato [do serviço extra] estabelece que diante de um delito que atinja a comunidade, aquele policial pode ser acionado”, comenta Vianna.
O coronel conta que a prefeitura de São Paulo firmou acordo recente com o Governo do Estado para que policiais militares trabalhem fora do turno regular, fazendo policiamento, custeados pela própria prefeitura. “Isso não deixa de ser um bico pago por outro patrão, que é a prefeitura”, comenta.
Para André Vianna, é preciso dar atenção especial também às jornadas de trabalho desses profissionais. “O policial precisa procurar descansar, e isso não impede que ele venha a fazer qualquer outra atividade”, observa. Atualmente o policial tem o dever de estar 24 horas à disposição da comunidade, mesmo fora de seu turno. Na prática, cada polícia estabelece seu regime de trabalho. O coronel acredita que, respeitados os períodos de descanso mínimos, não há empecilhos à prestação de serviços extras.
* Pâmela Reis é estudante de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Concluiu recentemente um curso sobre jornalismo em situações de conflito armado ou outras situações de violência. Maiores informações sobre o curso podem ser obtidas no link abaixo:
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