sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Centro comercial do Alecrim terá monitoramento por câmeras


São registrados por mês, em média, 300 ocorrências no bairro - índice que o coloca entre os dez mais violentos da cidade.

Por Melina França

Foto: Elpídio Júnior

Equipamento para vigilância deve ser entregue em meados de dezembro.
O Alecrim vai ganhar sistema de monitoramento por câmeras, com incremento de 25 aparelhos distribuídos por pontos considerados críticos. De acordo com o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do município, Sérgio Leocádio, o equipamento deve ser entregue em meados de dezembro.

Os detalhes da operação foram apresentados hoje (23) pela manhã à imprensa, na sede da SEMDES. Na ocasião, Leocádio explicou que o Alecrim foi escolhido depois de mapeamento da segurança no local. São registradas, em média, 300 ocorrências mensais no bairro – índice que o coloca entre um dos dez mais violentos da cidade.

Os registros são, em sua maioria, pequenos furtos realizados nas paradas de ônibus. Em grande parte, isso se deve ao elevado fluxo de pessoas que trafegam pelo local. Diariamente, cerca de 100 mil pessoas passam pelas ruas do Alecrim, especialmente na área do camelódromo. O bairro também é abastecido por 40 linhas de ônibus e serve de locação a 6 mil pontos de comércio. Além disso, estima-se que receba ainda, por dia, 45 mil empregados e empregadores.

Foto: Melina França
Comandante Edivan Costa, da Guarda Municipal.
“Escolhemos alguns dos pontos para serem monitorados, como o cruzamento entre a Coronel Estevão com a (avenida) Presidente Bandeira, algumas paradas e a praça Gentil Ferreira, que serve de ponto de uso de drogas e prostituição”, explica o comandante Edivan Costa, da Guarda Municipal.

Além destes, o secretário Sérgio Leocádio afirma que outros locais serão discutidos com a própria população. “Também estamos estudante a possibilidade de monitoramento da avenida Rio Branco e aquela área onde está o Palácio Felipe Camarão. Apesar disso, acreditamos que o contato com a população e comerciantes é fundamental. Quem conhece o problema da violência é quem está na base, quem vivencia a dinâmica do bairro”.

Para dar conta de outros locais estratégicos, três das câmeras serão passíveis de remoção e re-locação, caso seja necessário. Cada um dos aparelhos tem capacidade de armazenamento por até 120 dias. Segundo o chefe do setor de tecnologia e inteligência da secretária, Cláudio Carvalho, com o equipamento, será possível reconhecer o rosto de uma pessoa dentro de raio de até 1km.

Com uso de software específico de gerenciamento, que ainda não foi contratado, haverá ainda a possibilidade de identificar números de placas automotivas e até mesmo interditar ruas pelo próprio sistema eletrônico. As filmagens serão monitoradas pela Guarda Municipal, mas também deve ser firmado vínculo junto aos órgãos de trânsito da cidade e do estado.

A expectativa para o próximo ano é expandir o programa de vigilância para trechos da Afonso Pena que contemplem os bairros de Tirol e Petrópolis, e para dois bairros da Zona Norte de Natal, a definir. A escolha, de acordo com Leocádio, será feita em função dos índices de criminalidade.
Foto: Melina França
Ao todo, o sistema inicial vai custar R$ 889 mil.

Ao todo, o sistema inicial vai custar R$ 889 mil, sendo todos eles provenientes do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania). O Governo Federal provêm incentivo financeiro, através da compra de câmeras de monitoramento, para os municípios que implementarem um Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM).

Com a criação de um GGIM em Natal, a cidade será beneficiada com a vigilância eletrônica. O Gabinete implica também em reuniões mensais de todo o colegiado para discutir acerca dos problemas de segurança pública constatados.

Monitoramento já dá resultados
Monitoramento semelhante já é feito em Natal no corredor turístico da cidade, com ênfase à área da orla. Nestes locais, foi constatado decréscimo nos índices de criminalidade depois da implantação do sistema de vigilância computadorizada.

A Secretaria Estadual de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), através do núcleo de análise e estatística, divulgou em julho dado comparativo de abril a junho de 2010 com o mesmo período do ano passado, quando a operação ainda não tinha sido iniciada.

Na Av. Erivan França, foram registrados 95 atendimentos no ano passado contra 78 desde ano (-17,9%). Outro dado é que desde a implantação das câmeras 14 tentativas de suicídio foram frustradas. Na Av. Presidente Café Filho (praia do Meio), 232 ocorrências foram identificadas em 2009 contra 199 em 2010 (-14,2%).

Na Av. Engenheiro Roberto Freire, o número caiu de 327 para 277 (-15,3) e na Ponte Newton Navarro, o número reduziu de 74 para 66 (-10,8%). Porém, foi na Francisco Ivo, na Redinha, que o dados apresentaram a maior redução. As ocorrências caíram de 105 para 47, uma diminuição de 55,2%.

Por dia, o Ciosp registra 8.500 ligações de solicitação de serviço de Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Civil e Itep. O coordenador do Centro Integrado, Major Macedo, explicou que todas as chamadas direcionas para o 190, 193, 198, 197, 911 e 912 convergem para uma central de atendimento (call center) e depois são encaminhadas para a central de despacho.

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