Declaração de Anderson Miguel foi feita durante depoimento à Justiça Federal, nesta quinta-feira (25). Dinheiro seria para Lauro Maia.
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De acordo com o réu, durante três anos, sua empresa A&G teve que fazer pagamentos para poder para poder receber valores de um contrato com a Secretaria Estadual de Saúde. Anderson Miguel afirmou que o procedimento é comum em vários setores e com várias empresas.
“Foram valores pagos a servidores ou não servidores com destino a Lauro Maia. O contrato feito era de quatro anos e em três anos eu paguei entre R$ 2 e R$ 3 milhões”, declarou o empresário.
Anderson Miguel informou ao juiz Mario Jambo, da 2ª Vara Criminal, que outras empresas mantinham a mesma prática. “A Emvipol, por exemplo, pagava uma base de R$ 100 mil por mês. O Mauro Bezerra, da Líder, pagava de 5% a 10% do contrato, tudo para o mesmo destinatário”.
O empresário falou também das dificuldades impostas por alguns setores da Secretaria para fazer com que a empresa liberasse dinheiro. “Se você tem um processo e não tiver quem faça ele andar, vai ficar dormindo dentro de uma gaveta”.
Anderson Miguel comentou ainda: “a gente acaba sendo acuado a se submeter a certas situações, se não a empresa quebra”. De acordo com o réu, havia inclusive briga de poder entre servidores do alto escalão com o Lauro Maia. Ele contou ainda que a ex-governadora Wilma de Faria sabia que o filho recebia propina.
Por outro lado, o empresário livrou o Partido dos Trabalhadores de envolvimento no esquema. “O PT comandava a Secretaria de Saúde, mas não tinha nenhuma vantagem, porque o dinheiro estava compromissado com que estava em cima”, revela.
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